O duo Mude seus Planos vem com mais uma pedrada, antecedendo o lançamento de seu primeiro EP, o single “Contínuo”.
A faixa trás um lado mais obscuro da vida dos moleque, co um liricismo absurdo. MUD e Plano B, já conhecidos na cena pelos trabalhos pelo Ho Mon Tchain e pelo próprio MUDe seus Planos – além de projetos paralelos do produtor da ZLei, as ideia do som são muito íntimas, com uma carga muito grande de relatos sobre a vida, os dramas e os sonhos de viver e vencer.
“Contínuo” vem pra mostrar mais uma vez a qualidade da dupla, que tá no corre a muito tempo na cena, e que agora, num novo formato, vem mostrando outras ideias e outros caminhos.
O som está disponível no Spotify e Youtube, e fiquem ligados nas redes dos caras, pois ainda em 2018 sai o EP.
2 anos do lançamento de “Bad Neighbor”, a colaboração entre Madlib, Blu e MED.
30 de Outubro de 2015 era lançado o álbum “Bad Neighbor”, uma colaboração entre o produtor Madlib e os MCs MED – parceiro de longa data do produtor e também membro da gravadora Stones Throw, e Blu, outro grande MC com grande um clássico na rua, “Below The Heavens”, que esse ano completou 10 anos.
O trio já havia lançado um trabalho anterior, “The Burgundy EP”, e chegou com uma proposta muito boa nesse disco: rimas sem muito compromisso ou temática específica e uma produção impecável do Beat Konducta. Gosto da forma como Madlib se reinventa a cada trabalho, fazendo o boom bap bater de formas cada vez mais inesperadas.
Para as participações, um time de peso: MFDOOM chega com o bom e velho flow brilhante em “Knock Knock” que soa como uma faixa de Funky músic dos anos 70. Anderson Paak compôs um refrão maravilhoso para a faixa “The Strip”, mesmo eu sendo apaixonado confesso nos versos e a entrega do Blu no som. Em “Burgundy Whip” temos Jimetta Rose com um vocal lindo no refrão e mais uma vez o Blu arregaçando nas rimas. O clipe dessa faixa é outra coisa que vale muito a pena dar uma conferida, parecendo um filme 70′ analógico.
Aloe Blacc (aquele mesmo da “Blue Avenue”, faixa do Jazz Liberatorz e de tantos outros trabalhos bacanas) participa de “Drive In”, que soa como uma música de amor e para amar. Clima esse que também aparece em “The Buzz”, com participação de Mayer Hawthorne. Além desses nomes de peso, temos Hodgy Beats na faixa “Serving”, com um instrumental fudido. Porém, para mim, a cereja do bolo é “Streets”. Nela temos DJ Romes e Oh No, DJ, produtor e irmão de Madlib. Esse instrumental já existia há alguns anos em alguma versão da Medicine Show, e foi adaptado para o disco. Aqui é só mais um exemplo do que Otis Jackson pode fazer com uma SP404 e alguns discos de jazz
Apesar de não ter passado pelos holofotes do mainstrem, “Bad Neighbor” teve avaliação 7.2 no Pitchfork, 81/100 no site Metacritic e uma nota 4/5 nos sites HipHopDX e AllMusic, assim como foi muito bem recebido por várias outras mídias especializadas em música. O grande atrativo dele são os instrumentais impecáveis, as rimas de dois dos grandes MCs da cena underground e o peso das participações, fazendo o “Mau vizinhos” ser lembrado com muito respeito e admiração, 2 anos depois teu lançamento.
Há 18 anos atrás, em 17 de Agosto de 1999 o duo Mobb Deep cuspia fogo com mais um clássico nas ruas. Intitulado “Murda Muzik” era o quarto disco e estúdio do grupo, que daria vida aos hits Ïts Mine” com participação do Nas, “Let A Ho Be A Ho”, “Spread Love” “Whats Ya Poison” e um dos maiores clássicos do grupo, “Quiet Storm”.
O disco foi praticamente todo produzido pelo Havoc, com participação também de The Alchemist, Epitome Shamello Buddah, Jonathan Williams e T-Mix nas batidas. As rimas ficaram por conta também de Havoc, Prodigy (esteja em paz, negão!), participações de Nas, Cormega, Big Noyd, Kool G Rap, Lil Kim e Raekwon.
O disco atingiu #3 nas paradas da Billboard 200, #2 no Top R&B/Hip Hop Albums e #6 no Top Canadian Albums.
É, pra mim, o segundo melhor trabalho do grupo, o que mostra a era de ouro da dupla do Queens na década de 90. Sujo, violento, marca registrada de uma das maiores duplas da história do Hip-Hop.
Quem não conhece, dê um play com atenção aqui em baixo.
Sábado, dia 22 de Julho, a Festa BLKKK, idealizada em 2015, chega a sua 19ª edição, reunindo, mais uma vez, diferentes públicos, gerações e vertentes do Hip Hop numa só pista da Rua Augusta, no Bar do Netão, antigo Caos Augusta.
Vins, Rudeboy e Sobral são os DJs residentes que irão comandar a festa, junto com alguns djs do coletivo MOOC.
O nome BLKKK (pronuncia-se “black“) é uma homenagem a música “BLKKK SKKKN HEAD” do artista Kanye West, que inspira, entre outros artistas, o setlist da festa. Nomes como Diddy, Sango, Kaytranada, Amy Winehouse, Travis $cott e Rihanna são alguns exemplos de que o objetivo é misturar a galera, indo dos love songs até o bate cabeça.
Para quem ainda não conheçe, o coletivo de oito integrantes produz também edições especiais da festa. Em janeiro deste ano o pico escolhido pra celebração de dois anos da BLKKK foi o Telstar Hostels, com direito a mergulho na piscina e participação de convidados no lineup, como as minas do Hot Pente, Outro Planet, Nego E e outros monstros da cena. Já na ultima festa FREE organizada pela BLKKK, que aconteceu durante um domingo a tarde, foi a vez de lotar a House of Blubbles, até o último minuto, junto com convidados do coletivo MOOC.
Também promoveram muitos passinhos no Alberta#3 e em collabs como a da festa Dettona, Nigga High as Shit (RJ), Vibe, o Coletivo Pow Pow Pow e a marca Trapo Clothing no Morfeus Club. O trio de DJs residentes também foi convidado para o primeiro evento do “Word of Dance Brazil”, ano passado, que reuniu várias estrelas da dança de rua nacional e internacional.
Então, se liga e não perde o rolê!
Festa BLKKK
Rua Augusta, 84
Bar do Netão (Antigo Caos Augusta)
Abaixo vocês podem conferir em algumas fotos a vibe da festa.
Selo Carranca Records anuncia arte do seu novo single, “Grime Over”.
O coletivo de RAP Carranca Records anunciou hoje a arte do seu novo trabalho, com sairá em breve nas plataformas digitais do time.
“Grime Over” é o novo single do coletivo, que conta com o MC NGMA e o grupo ATTICA!, ambos do coletivo.
O conceito e direção de arte da capa ficou por conta do Arthur Garbossa, diretor de arte do selo e responsável pelas impecáveis capas e vídeos que compõem os lançamentos do coletivo.
Segundo Arthur, “a ideia da arte já vem do fato de que o som faz um trocadilho com game over e tem muita referência de jogos, foi uma abordagem na qual todos ficaram de acordo em fazer. Principalmente a arte ser em 8 bits. Busquei referências de jogos beat’em up tipo final fight, streets of rage, double dragon… que foram jogos nos quais condiz mais com a levada da música, já que ambos tão bem rua e voa “soco” pra tudo que é lado.”.
O som sai em breve, então fiquem ligados na página dos caras, já ouvi essa parada e vem porrada na cena por aí!
O Candomblé surgiu em meados do século XVI, a partir da junção de elementos de várias religiões existentes no continente Africano.
Os povos do Império Yorubá (África Ocidental), Angola-Bantu (África Sunsariana ) e Jejé (África Ocidental) cultuavam deuses conhecidos como Orixás, Nkisis e Voduns. Da junção destas crenças, nasceu o candomblé brasileiro, como conhecemos. Essa junção ocorreu no Brasil, devido a necessidade dos negros de manterem suas tradições religiosas na terra onde foram escravizados.
Assim como no Brasil, muitos países dá América Latina foram destinos de escravos Africanos. Devido a isso, encontramos em Cuba a Santeria e no Haiti o Voodu Haitiano, outras formas de cultos africanos, além de outros países como EUA, etc.
Um dos símbolos mais conhecidos dessas religiões são os atabaques, ou tambores, dependendo dá localidade de origem. Os atabaques são instrumentos de uso ritualístico/religioso, utilizados para invocar as divindades.
Com o passar dos anos, os negros estabelecidos no Brasil passaram a usar esses instrumentos para criar estilos musicais distintos nas terras onde eram tocados. Podemos observar seu uso no carnaval, nos afoxés, na MPB, samba, entre vários outros estilos. E no Hip-Hop não poderia ser diferente. Com o advento das MPCs, mixers e samplers, muitos produtores se voltaram para a musicalidade africana para desenvolver suas batidas. E, além deles, MCs adeptos ou apenas admiradores das religiões vem retratando em suas rimas suas crenças nas religiões africanas, como forma de resgate de suas origens na Terra Mãe e reafirmando, com orgulho, seu sangue negro.
Emicida
A primeira vez que ouvi “Pra não ter tempo ruim”, da sua primeira mixtape “Pra quem já morreu um cachorro por comida, até que eu cheguei longe”, fiquei em choque com a lírica do Emicida, que na época voava. Num dos trechos do som, o MC versa “ceis vão lembrar que o punho cerrado é mais que o logo da Slum/Negro nagô, trago nos olhos Xangô e Ogum”. No mesmo disco, na faixa “Só isso” temos oa versos “A cota é andar com fé, que não costuma falhar/ Determinação e coragem, a força Ogun é que dá” e “Com os Eparrey Iansã, que a Claras entoava na antiga”. Ogun, na mitologia Iorubá, é o Orixá da guerra, dos metais, das lutas, irmão de Oxóssi é um dos mais cultuados Orixás na África e Brasil.
Xangô é o grande Obà de Oyo, uma das cidades do Império Iorubá. Proc da justiça, dono do fogo, um guerreiro feroz, companheiro de Iansã, Orixá das tempestades, sensual, uma das guerreiras mais destemidas da mitologia, que as transforma num búfalo quando esta em apuros, sendo também, a mãe dos 9 céus, que guia os Eguns.
Além dessas rimas existe uma forte presença de termos religiosos e diversos do idioma africano em seu trabalho. Também é corriqueiro ver fotos do MC sempre com sua guia de Xangô no pescoço, ou com as vestimentas de santo.
Criolo
Criolo é um cara que valoriza a cultura nacional em todas as suas nuances. E sempre incluindo em seu repertório a musicalidade negra.
A faixa mais conhecida do MC, que chegou ao maimstream com uma mensagem de respeito e louvação aos Orixás africanos foi “Mario”. No refrão “Ogum adjo, ê mariô (Okunlakaiê)”, Criolo faz referência a uma linda cantiga da Nação Ketu ao Orixá Ogun, que diz “Ogun a jo e Mariwo (Ogun se manifeste com o seu mariwo), Akóró a jo e Mariwo (Akóró, se manifeste com o seu mariwo), Ogunpà lè pà lona (Ogun mata, tem poder de matar no caminho) Oguna jo e Mariwo, E ma tù Ye ye (Vós sempre anima a nossa vida) (animar = reviver).
O Mario é a folha extraída do denzezeiro, item, indispensável no culto a esse Orixá, que usa a folha como forma de proteção a seus filhos e a si mesmo.
Outra faixa conhecida é a que ilustra essa matéria, “Fio de Prumo” que é uma grande homenagem ao Orixá Exú, ja citado nessa matéria.
Orishas
Orishas é um exemplo engraçado. Escuto os caras desde meados de 2009, mas nessa época eu não era adepto das religiões de matriz africana. Jamais tinha reparado no nome é nas letras. Anos depois tudo fez sentido, hehehe.
O nome deriva da expressão “Orisà”, que significa “Força a cabeça”, e nada mais é do que o nome das divindades/semi-deuses cultuados no Reino Iorubá, Nigéria. O grupo cubano tem uma musicalidade incrível, com elementos da cultura latina entrelaçados com os elementos do Hip-Hip nascido nos EUA. Também usam como uma forma de professar a sua fé, como nas músicas “Shango” e “Canto para Elegua”. Shango é Xangô, como explicado nas linhas do Emicida. Já Elegua é mais complexo.
Mais conhecido por Esù (ou Exu, para os mais medrosos), este Orixá tem muitos nomes pelo qual é conhecido e reverenciado. Nos países da América central foi adotado o nome Elegua, que significa “O príncipe mensageiro”, é um dos – senão o mais importante Orixá do panteão, mensageiro e responsável por transportar o Asè.
Oshun
O duo de Nova Iorque vem pra mostrar que o Asè também corre na terra do racista laranja.
As minas, mais do que nas rimas, e nas batidas de jazz, adotaram a cultura das religiões africanas em suas vestimentas, adereços, clipes, fazendo do trabalho uma vivência na África.
O nome deriva de “Osùn”, sendo escrito dessa forma por causa da Santeria Cubana, que se fincou nos EUA devido também a imigração de cubanos para o país. A presença massiva da cor dourada, águas doces, maquiagens e forte apelo a beleza trazem toda a influência do Orixá na estética da dupla. Osùn é o Orixá das águas doces, da fecundidade, gestação, do amor, das relações, a mais bela Iyabà de Olodumarè.
Sua cor é o dourado, gosta de jóias, de de embelezar e encantar os homens da Terra. Assistam aos clipes das meninas que vocês vão se ligar na forte influência.
Ibeji
Ibeji é uma dupla de gêmeas cubanas, que fazem um som bem parecido com Oshun. O nome vem do Orixá de nome Ibeji, que, assim como as garotas, são gêmeos, segundo a Mitologia Ioruba.
Ibeji é o Orixá-Criança, em realidade, duas divindades gémeas infantis, ligadas a todos os orixás e seres humanos.
Por serem gémeos, são associados ao princípio da dualidade; por serem crianças, são ligados a tudo que se inicia e nasce: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas.
3030
O 3030 é um grupo de rap que utiliza elementos de música brasileira, visto como um dos nomes mais promissores da nova geração. A mistura Rap/Mpb se deu depois que os Mcs Lk e Rod se juntaram ao cantor Bruno Chelles, na intenção de inovar no cenário musical nacional, o que acabou culmimando na fundação do 3030, mais tarde fortalecido pela entrada do DJ Rafik, veterano produtor e DJ carioca.
Em uma de suas passagens, gravaram o som Ogum, saudando o Grande Orixã das lutas.
Opanijé
Criado em 2005, o grupo Opanijé (Organização Popular Africana Negros Invertendo o Jogo Excludente) é Formado pelo trio Lázaro Erê, Rone Dum-Dum e Dj Chiba D , diretamente de Salvador, Bahia.
Ao contrario do que o nome do grupo diz, Opanijé é uma palavra Iorubá que designa um toque sagrado, entoado para o Orixá Obaluaye, Omolu e Sakpata geralmente tocado para a divisão de um conjunto de comida ritual chamada Olubajé, quando todos em silencio recebem sua porção, e os crentes aproveitam este momento para pedir saúde e longevidade. O orixa dança numa representação simbólica, mostrando sua ligação com os mortos Iku e o seu domínio sobre a terra.
Atotô!
Essas são só alguns exemplos da ligação entre as religiões de Matriz Africana e o Hip-Hop. Mais do que mostrar nossas devoção ou louvar nossas crenças, é lindo podem usar de nossas raízes religiosas oriundas da Terra-Mãe e cultuadas a milhares de anos, para construir uma musicalidade original e homenagear nossos antepassados, tão marginalizados e expostos aos diversos tipos de maus tratos que o branco nos causa a anos. Obrigado a todos os que mantém nossa cultura viva, obrigado,
Ontem, dia 10/06/2017 rolou a primeira edição da festa Banned In SP, no Zapata, região central de São Paulo. A festa foi organizada pelo coletivo Carranca Records, do qual faço parte como fotógrafo, cachaceiro e piadista de primeira.
O intuito da festa foi a celebração da contra-cultura e cultura de rua, levando para o palco o Reggae, RAP e Punk, tudo junto contra o fascismo e celebrando o amor, a rua e uma sociedade livre do preconceito.
Tivemos também nossa amada Larissa, que caiu no bate-cabeça. saiu com a cabeça sangrando, foi lá fora, colocou m gelinho e VOLTOU PRA RODA DAQUELE JEITO!
Confira abaixo as fotos de mais uma cobertura maravilhosa do Rap Em Movimento, nos sigam no facebook e instagram.
Domingo, 28 de Maio rolou a quinta edição da FESTA PUNGA – sendo também a quinta edição que o Rap Em Movimento chega fazendo barulho.
Já era a segunda vez em menos de 24 horas que eu estava na Casa da Luz (sábado rolou a festa Detonna, que recomendo pra quem curte um RAP, com show do HFF, grupo do meu mano Card). Dessa vez, o enredo era outro: Festa underground, com grupos que estão emergindo na cena, a proposta que a festa prega desde sua primeira edição. Mas tínhamos uma surpresa: DJ KL JAY (leia com a voz do Edi Rock na introdução do “Rotação 33”), dando aula de RAP, humildade, estilo e amor ao movimento. Aos 47 anos, como ele mesmo disse, depois de receber uma chuva de aplausos, tocando para a juventude, cada dia mais em forma, indo do Funky, passando pelos anos 70, boombap Golden era, chegando no TRAP (e vocês aí brigando por TRAP x “RAP de verdade”).
Quem abriu foi, com louvor, meu time Carranca Records. Não pude, dessa vez, dar o ar do meu talento como MC (pausa para rir), mas na próxima tô lá com meus irmãos bagunçando mais do que devo. Salve NGMA!
Tivemos apresentações também do mano L-B.M.C.K.M, Helibrown, Fleezus (Recayd Mob), Alt Niss e os meninos prodígio do Mob79. DJ Minizu tava na casa, comemorando aniversário (Salve, O DJ!), meu irmão Beans tava na casa também. Infelizmente não pude ver o set dos moleques, que sempre vem tijolada, mas o importante disso tudo foi ver o movimento acontecer mais uma vez, com união, espaço e muito talento de todos os envolvidos.
Agradecimento especial aos irmãos do Zebra Filmes que fortaleceram no flash, e tavam lá fazendo um lindo trabalho de registro da festa.
Pra saber mais como foi o rolê, viajem nas fotos em nossa página no Facebook, e aqui embaixo, onde fizemos uma seleção do melhor que aconteceu.
” 60 por cento dos jovens de periferia sem antecedentes criminais á sofreram violência policial. A cada quatro pessoas mortas pela policia, três são negras.
Nas universidades brasileiras apenas 2 por cento dos alunos são negros. A cada quatro horas, um jovem negro morre violentamente em São Paulo
Aqui quem fala é Primo Preto, mais um sobrevivente”
No final de 1997, era lançado o que, pra mim, é o maior álbum da história do RAP Nacional – e que talvez nada o supere em questão de importância ou qualidade, numa época em que ninguém dava atenção ao som que vinha das favelas do Brasil.
“Sobrevivendo no Inferno” foi o quinto álbum de estúdio lançado pelos Racionais MC’s. Antes disso, o grupo já tinha uma reputação de 10 anos na cena underground, onde o RAP, em quase sua totalidade, existia. O disco foi o maior divisor de águas dentro da cena e o primeiro a romper as barreiras do “subterrâneo”, e a atingir um conhecimento dentro da cena mainstream da música, chegando até a MTV e outros canais, passando da marca de 1,5 milhões de cópias vendidas na época do lançamento. Tudo isso de forma totalmente independente.
Mas, antes de falar sobre o disco de forma técnica, ou fazer uma resenha sob a ótica musical, acho importante dizer o quanto esse disco é importante pra mim, de forma sentimental, ou com relação a minha vida e iniciação ao RAP:
“O ano era 98, 7 anos de idade, meu pai trabalhava em um shopping na Avenida Paulista. Ele tinha um amigo, que tinha um Chevette (eu amo Chevette demais, espero que a fotografia de RAP me de granas pra comprar um, hahahaha), e sempre tocava nesse carro uma fita k7, com uma batida forte e umas letras que, na época, me apavoravam. Sempre que eu ia dar um rolê com meu coroa depois do trabalho, eu estava nesse carro, ouvindo essa mesma fita. Até que, um dia, perguntei ao amigo dele do que se tratava, e ele me mostrou uma capa preta, com uma cruz no meio e letras que eu – ainda, não entendia.
Capa criada pelo artista Marcos Marques.
Chegando em casa, um dia, disse que queria demais essa fita. Enchi o saco dos meus pais, até que eles me deram uma grana – algo em torno de 5 reais, para comprar a fita. Só que havia um porém: Meu primo também amava essa fita, e a única banca do bairro que vendia, tinha apenas uma fita. Decidimos, eu e meu primo, apostarmos corrida até a banca, para decidir quem ficaria com ela. Eu venci, e comprei a fita.
Nunca soube por onde ela se perdeu nesses 20 anos depois do episódio. Mas tenho uma lembrança maravilhosa dessa época, do que vivia, do mundo como era, do prazer que existia em ouvir RAP num toca-fitas e coisas do tipo. Deixo aqui registrado meu agradecimento ao meu pai e ao amigo dele, por me introduzirem, sem saber, ao mundo do RAP.”
Passada minha história ~lindinha~, gostaria de fazer algumas observações sobre o disco e desenrolar a resenha falando um pouco mais do trabalho.
“Sobrevivendo no Inferno” é o álbum mais aclamado dos Racionais por diversos motivos. Além de ter sido o grande boom para o grupo, concretizando o posto deles como o grupo mais importante da história do RAP Nacional, ele trás uma produção impecável do KL Jay. Nomes como Isaac Hayes, The L.A Express, Edwin Starr, Curtis Mayfield, Tim Maia, Bar-Keys, entre vários outros figuram entre as amostras usadas pelo DJ e produtor para compor o disco. As batidas, sempre muito agressivas, assemelhando ao Gangsta RAP americano, contrastam com os samples da velha escola do soul, funky, blues, o que eu acho foda pra caralho.
Difícil para mim, que sempre tive um apreço maior por batidas do que por letras, escolher qual delas eu mais gosto, percebo que todas foram feitas de forma muito estudada e nenhuma delas se parecem nesse disco, apesar da temática uniforme. Mas, andar de Opala ouvindo “Capítulo 4, Versículo 3” é quase um orgasmo auditivo. Outra música importante pra caralho é “Rapaz Comum”, um relato incrível da criminalidade, visto em primeira pessoa pelo Edy Rock, sendo essa, pra mim, a melhor letra do Cocão, de todos os tempos. O boombap tomou novas formas nesse disco, saindo do padrão de batidas de marcações “quadradas” (o que não é uma critica, mas uma forma que algumas batidas eram feitas no Brasil, nessa época, na questão do sequenciamento da bateria), para coisas mais elaboradas, com uma pegada mais quebrada, enfim, o padrão foi quebrado com primazia.
Ou seja, é um álbum para se ouvir do começo ao fim, sem ter a sensação de que as coisas foram feitas todas da mesma forma, Até porque, estamos falando de KL Jay, amigos.
Com relação as rimas, pode ser até algum clichê falar da qualidade e do storytelling que tem os integrantes do grupo, mas devemos frisar que, em 1997, a taxa de homicídio em São Paulo era a terceira maior da América Latina, e um jovem do bairro Capão Redondo tinha 12 vezes mais chances de morrer, segundo dados no site RAP Genius. A crueldade da polícia com a população das favelas era extrema. No mesmo ano do lançamento do álbum houve o caso da chacina na Favela Naval, em Diadema/SP, que ficou conhecido no Brasil todo. Foi um disco que retratou isso, onde a mídia jamais fez questão de entrar é contar a história daquelas pessoas. Foi um disco que escancarou problemas que os negros sofrem no Brasil desde que aqui pisaram pela primeira vez. Não apenas os negros, mas os jovens de toda a periferia, não apenas em São Paulo, até porque “Periferia é periferia, em qualquer lugar a gente morre”. Em 2007 a Revista Rolling Stones elegeu o disco como o 14º melhor álbum da musica brasileira.
Nessa lista, além desse disco, temos também “Nada como um dia após o outro dia”, também dos Racionais. Com isso, podemos ver como era o cenário da época, não só para o RAP, mas para toda a cultura preta e periférica.
Passando por letras que trazem os poucos momentos de alegria, curtição dos negros e favelados da época, retratada em “Qual mentira vou acreditar”, os moleques perdidos na cola em “Magico de Oz”, os amigos que se foram, a vivência nas quebradas e nostalgia em “Formula Mágica da Paz”, entre muitos e muitos clássicos presentes no disco.
“Sobrevivendo no Inferno” é um documento histórico de como viviam, e de como eram mortos os jovens das comunidades carentes – o que o RAP nunca deveria deixar de ser.
Para quem ainda não conhece o disco OUÇAM o quanto antes e peguem o Asè dos Deuses do RAP Nacional.
Essa matéria foi originalmente publicada pelo site complex, e vocês podem conferir na integra aqui http://www.complex.com/music/2011/04/the-making-of-mobb-deep-the-infamous/ ]
Embora agora sejam considerados um grupo lendário, levando ao lançamento de seu segundo álbum, “The Infamous”, estava longe de ser um dado que Albert “Prodigy” Johnson e Kejuan “Havoc” Muchita iriam desfrutar de carreiras tão longa e frutíferas. Seu primeiro álbum, “Juvenile Hell”, tinha sido um fracasso comercial, embora tenha produzido um hit menor, “Hit It From The Back”, e levou a eles sendo deixados cair por seu primeiro selo, 4th & Broadway. Prodigy até mesmo admite em sua autobiografia, “My Infamous Life”, que ele e Havoc realmente não levaram o processo de composição e produção a sério. É compreensível dado que ambos eram adolescentes no momento.
Além disso, se era o impulso para o que estava para vir, então definitivamente era uma coisa boa. Enquanto só produziram três músicas em “Juvenile Hell”, o grupo produziu a maioria das músicas de “The infamous”, esculpindo um som único e inconfundível. Escuro, mal-humorado, sombrio e sinistro, a música era apocalíptica e as letras inflexíveis e destituídas de Havoc e Prodigy pintaram um quadro muito sombrio do que era a vida em Queensbridge (sim, sabemos que Prodigy é de Hempstead, Long Island, mas é Óbvio que ele passou muito tempo em QB). Pode ter sido enervante pensar que uma dupla tão jovem poderia nutrir tais pensamentos de sangue frio, mas dada a resposta esmagadoramente positiva, a realidade parecia ressoar.
O álbum continha enormes singles com “Shook Ones, Pt. II “, e” Survival Of The Fittest “, e divulgou sua linguagem única em todo o mundo. Queríamos falar com aqueles que estavam envolvidos na prdução de “The Infamous”.
“The Start of Your Ending (41st Side)”
Produzido por: Mobb Deep
Prodigy: “Gravaríamos no quarto de Hav em Queensbridge ou em meu quarto em Hempstead, Long Island no porão. Depois que nós levávamos para a cidade para fazer soar bem.
“The Start of Your Ending (41st Side)” foi gravado provavelmente no Platinum Island. Esse foi um dos principais lugares que levamos as músicas depois que terminavamos. Essa foi uma das músicas posteriores do álbum.
“Naquele momento eu e Havoc estávamos fazendo as batidas juntos. Foi produzido por nós dois. Eu provavelmente acrescentaria um pouco de piano ou algo assim, e ele acrescentaria isso. Em apenas uma noite, bebendo 40s, cigarros loucos, erva louca. Isso provavelmente foi feito em uma sessão. Porque naquela época, nós éramos rápidos. Nós fazíamos a música no berço e depois voltamos para o estúdio. ”
Havoc: “Eu tinha 19 ou 20 anos na época. Tínhamos lançado “Juvenile Hell” um ano antes. Quando fizemos “Juvenile Hell”, muitas pessoas estavam ditando quando iamos para o estúdio. Nós não sabíamos melhor, nós estávamos tipo ‘Foda-se, essas pessoas são mais velhas do que nós. Eles sabem o que estão fazendo. Vamos gravá-los. “Eu produzi algumas faixas – talvez uma ou duas – e fiquei feliz. Mas quando saiu, realmente não fez qualquer tipo de ruído. Então agora, nossas costas estavam contra a parede porque sabíamos que esta poderia ser a nossa última chance. Olhando para trás, foi muita pressão.
Tinhamos todos os nossos amigos no estúdio, bebendo, fumando maconha [Risos.] Eu diria que haviam cerca de 20 pessoas no estúdio. Eu não estava quebrando nada pessoalmente, mas os amigos que não estavam acostumados a estar em qualquer lugar vindo dos projetos [estavam fazendo isso. [Risos.]
As pessoas estavam quebrando os rádios de relógio e maçanetas do mixer. Derramando cerveja em algum lugar não deve ser derramado. Era como uma reunião de bairro e todo mundo estava sentindo a energia de todos, então eu fazia as batidas. Eu tinha toda a tripulação dentro do estúdio e eu estava tipo, ‘Foda-se, todo mundo fica atrás do microfone. Apresente-se a si mesmos. “Apenas tente torná-lo tão real quanto possível.
Eu apenas deixei a batida me guiar [quando eu escrevi meu verso]. O que eu senti quando ouvi a batida, é exatamente o que eu escrevi. Com minha equipe em torno de mim, eu os incorporei como, ‘Sim, mantenha real como o meu homem YG.’ YG Era um cara do meu bairro que era apenas notório por roubar as pessoasa. Todo mundo estava com medo dele, mas ele era apenas um indivíduo selvagem, então eu tinha colocado ele na minha rima.
Matty “Matty C” Capoluongo a.k.a. Matt Life (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Schott trabalhou em estreita colaboração com eles sobre como as rimas estavam chegando e eu trabalhei estreitamente com eles sobre como a produção estava chegando. A primeira coisa que eu me lembro é que eles criaram uma aparência do núcleo do primeiro álbum e eu criando uma versão in-house bruta do que o álbum poderia ser e jogando um adesivo na cassete.
Havia umas cinco ou seis canções iniciais em uma fita que era o núcleo do album que teve as versões originais de canções como a” Survival of the Fittest “,” Shook Ones “,” Give Up the Goods,” e “Temperature’s Rising . “Havia um par de outras coisas que não fizeram o álbum. A questão principal foi, naturalmente, as amostras.
Essa fita antiga do Mobb Deep, algumas delas vazaram e muita gente a considerou uma demonstração. Mas não vamos esquecer, Mobb Deep já tinha um grande contrato de gravadora. Eles já tinham lançado um disco. E se houvesse alguma coisa para sair depois disso, seria a primeira música que o Havoc veio a mim com a The Source depois que o negócio passou, o que foi ‘Patty Shop.’ Foi isso que começou a segunda execução do Mobb Deep.
Eu dei ‘Patty Shop’ para Stretch Armstrong, ele tocou no rádio, e Stretch realmente virou Steve Rifkind para ele. Nós queríamos vir com o primeiro, mas nós continuamos indo para trás no estúdio para fazê-lo soar melhor porque foi feito fora de sua casa. Os tambores foram sobre ‘Halftime’ e Redman estava no refrão – acredite ou não – em uma música Mobb Deep. Eles queriam tirar algumas e torná-lo mais de uma faixa. Nunca saiu soando da maneira que eles queriam e acabamos não querendo usá-lo.
Eu era o cara lá dentro que lidou com o estúdio, lidou com o engenheiro, e eu tive que lidar com o orçamento até certo ponto. Meu papel no projeto teve muito a ver com a supervisão do gasto do dinheiro. Inicialmente o orçamento era muito pequeno, mas não estamos gastando nada em produzir música. Honestamente, eu acredito que estava sob seis números. Mas os estúdios decidiriam sobre o orçamento de comida. Especialmente com Mobb Deep, tornou-se esses relacionamentos desagradáveis e opressivos.
Mobb Deep viria em 20, 30 de profundidade e encomendar 800 asas. E nós estaríamos no Chung King e eles ficariam na merda, eles iriam fechá-lo no dia seguinte. Ao mesmo tempo, eu não estou lá tentando regular como P ou Hav quer explodir seu orçamento, porque não deve ser tão caro. ”
Schott “Free” Jacobs (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “O orçamento do Mobb Deep não era muito. Foi definitivamente menos de US $ 70.000 originalmente, então foi provavelmente cerca de US $ 60.000. Mobb Deep disse: ‘Nós encontramos o Q-Tip e o Tip foi como,’ Eu quero ajudar. ‘Antes que eu soubesse, eu acho que Matty tinha feito um telefonema para Chris Lighty e todos nós nos sentamos. Discutimos uma faixa de preço pouco agradável. Foi legal ter a Dica vindo e ser encarregado de mixar o disco. Alguns registros foram descartados completamente.
O álbum foi muito apertado, mas uma vez que Tip vem ao redor ele ouve coisas diferentes. Ele muda pontapés, armadilhas, qualquer coisa. Além disso, você começa a assistir Havoc implementar o que ele já sabia com um cara como Tip e Dica mostrando-lhe tudo o que ele sabia. Mostrando a ele um formato, uma fórmula, e até mesmo como dobrar nos kicks. É apenas um pouco doente, como ele só veio e apenas limpou. Sua influência é principalmente sonora. Jogando qualquer um desses discos no clube, os tambores e tudo é grande. Dica sempre foi um mestre de fazer um disco enorme.”
“Start of Your Ending” que pôde ter sido a última coisa feita. Lembro-me de fazer isso em algum momento ao mesmo tempo em que estávamos fazendo as sátiras. O álbum foi praticamente feito, então sabíamos o que tínhamos, então os caras estavam se sentindo muito confiante nesse ponto. Nos esquetes você pode ouvir isso. P esboçou aquela rima em como um homem de meia hora. Tudo correu bem rápido e orgânico e acabou por começar o álbum “.
“The Infamous Prelude”
Produzido por: Mobb Deep
Prodigy: “Nós estávamos no estúdio a noite toda, escutando. Eu só escrevi um pouco, rapidamente, para tirá-la do meu peito. Eu senti como naquele tempo nós tínhamos que põr para fora “Juvenile Hell”, e não fizemos realmente um som bom porque nós não tentamos duramente com a produção e a letra. Eramos apenas crianças jovens querendo algum dinheiro e um vídeo na TV. Então nós temos o resultado de fazer isso por não vender nenhum registro, e as pessoas não sentem o álbum.
“Quando estávamos fazendo The Infamous, eu fiz essa sátira, porque eu só queria que as pessoas saibam como estamos vivendo e o tipo de pessoas que somos. As pessoas realmente não sabiam, então nós estávamos deixando as pessoas saberem desta vez como, ‘Isso é o que é. É assim que descemos. Foda-se toda essa merda.
“[Keith Murray pensou] era sobre ele. [Risos.] Eu não sei como você acha que eu estava falando sobre você. Essa merda é uma loucura para mim. Havia algumas pessoas que estavam falando naquela época. Eu acho que se o sapato se encaixa, vocêirá usá-lo, então eu acho que estou falando sobre você.
“Mas o que estava em minha mente era apenas deixar os negros saberem que essa era a diferença entre nós e a outra merda de rap que estava lá fora. Este é o nosso estilo de vida, e esse outro estilo não é nada comparado ao que fazemos. Olhe agora para todas as outras merdas que estavam lá fora, e, em seguida, olhem para Mobb Deep. Isso é o que eu estava tentando mostrar às pessoas.”
Havoc: “Nós costumávamos reservar tempo de estúdio e às vezes chegávamos em momentos diferentes. Esse foi um daqueles dias em que P estava lá [por ele mesmo] e ele estava em um de seus modos criativos e ele sentiu vontade de respirar. Ele fez isso e acabou por ser um prelúdio clássico. [Risos.]
“Quando você está no espaço criativo, é como infinitas possibilidades do que você poderia fazer. É como, quem diabos faz isso? Quem está fazendo um álbum onde eles fazem um maldito prelúdio onde eles estão falando apenas como dois, Três minutos? É uma loucura.
Matty C a.k.a. Matt Life (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Lembro-me de ser como, ‘Sim, vamos fazer as sátiras no final.’ Eles não estavam apenas acontecendo na mixagem. Eles soam como se fossem quando você ouve um disco, mas que definitivamente foi uma espécie de uma reflexão tardia no processo. Isso é verdade tanto de “The Infamous Prelude” e “Just Step Prelude”.
“Eu me lembro de ambas as coisas acontecendo no final na mesma sessão, quando estávamos colocando a coisa toda juntas: Seqüenciamento, masterização, somando as últimas sátiras lá dentro. Ambos me parecem momentos semelhantes uns aos outros como que Quando ele teve aqueles últimos momentos eureka. ”
“Survival of the Fittest”
Produzido por: Mobb Deep
Prodigy: “Nós fizemos isso na casa de Hav, em Queensbridge. Nós fazíamos as batidas na casa dele [mas vocais leigos no estúdio]. Ou às vezes, nós faziamos a batidas no quarto, escrevemos a metade da canção lá mesmo, e então iamos ao estúdio e terminavamos. Esse foi um dos que Hav realmente não gostou. Ele estava prestes a apagar aquela merda. Há um monte de outras juntas como essa, onde ele estava prestes a jogar no lixo. Eu estava em algum lugar no bloco de refrigeração, provavelmente, eu vim no quarto, e Hav estava tocando a batida
“Eu estava tipo, ‘Droga. O que diabos é isso? “Ele é tipo,” É uma besteira, estou prestes a arranhar essa merda e fazer outra. “Eu estava tipo ‘Nah, não arranhe aquela, negro, segure. Deixe os negros ouvirem isso “E eu chamei os negros, ‘Yo, escuta essa merda de batida que esse negro acabou de fazer.’ E todo mundo estava tipo, ‘Ei, essa merda é louca’ Então nós dois começamos a escrever rimas para ela E sairam boas. Nós fizemos isso tudo em um dia. Então, eu tive que salvar aquela batida.
“Hav’s pops era um DJ, então Hav tinha um monte de discos dos anos 70 e 80. Nós dois tínhamos uma boa coleção de discos. Hav já estava ouvindo discos antes de conhecê-lo. Ele estava tentando ouvir em um tocador de cassete, bater registro, pausar, gravar, e fazer uma pausa, e fazer as batidas assim. Quando ele me conheceu, nós compramos o equipamento. Foi quando ele começou a realmente fazer batidas. Eu realmente mostrei-lhe como samplear, como fazer isso, e como seqüenciar a merda. Uma vez que ele pegou o jeito, ele só entrou e começou a ficar louco. ”
Havoc: “Eu estava fazendo batidas no meu quarto. Já tínhamos apagado ‘Shook Ones’ e nossa confiança estava acima. Naquela época, eu estava em amostragem um monte de discos de jazz, então eu encontrei este loop. Eu coloquei juntos. Eu tentei fazê-lo soar tão crispy como eu poderia quando nós estávamos no estúdio gravando isto.
“Eu me lembro de meu primo Ferg estar no estúdio. Ele era do Brooklyn, ele estava correndo as ruas, e ele era tinha 16 anos na época, então eu disse: ‘Yo, vá no estande e basta ir ad-lib atrás do refrão.’ E ele era como ‘ Yeah, vida do bandido nós estamos vivendo isto. ‘E esta é a maneira antes de Tupac [começou dizendo’ vida do vândalo ‘] e eu não sei se sentiu como ele veio com esse primeiro. Mas isso é do coração, quando fizemos isso não sabíamos nada sobre nenhum Tupac. Meu primo voltou lá [e fez o gancho] e a merda ficou boa. Ele não era um rapper naquele momento. Eu sei que ele costumava escrever suas pequenas rimas, mas não é por isso que eu o coloquei no estande – eu o coloquei lá para conseguir aquela energia bruta e imparcial.
“[Eu rimai sobre Timbs e ternos certificados do exército porque] que era a nossa coisa. Não foi uma merda de garoto bonito. Era como, ‘Yo, vamos jogar em nossos Timbs.’ Não ficou mais difícil do que isso. Nós não éramos o tipo de filhos da puta que ficava no espelho por uma meia hora. Nós vestiamos as mesmas calças toda a semana.
Matty C a.k.a. Matt Life (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “A versão original de ‘Survival of the Fittest’ teve James Brown com’Gotta get over durante o refrão e que teve que sair. O que os editores queriam para aquela pequena amostra não valia a pena. Essa foi minha primeira vez lidando com essas questões e ajudando o grupo a fazer essas chamadas sobre o que vale a pena manter “.
Schott Free (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Eu me lembro de deixar o escritório e ir ao estúdio com Havoc. Ele estava fumando mil cigarros enquanto cortava algo, e ele tinha os tambores altos por um minuto. Eu lembro que ele pegou aquela peça de piano linda. Toda a tripulação era como “Oooo.” Ele veio com a rima e formato e tudo assim.
“Ele intensifica todo o registro. Se você já ouviu o original, está doente, é sombrio, é rua, mas não é tão grande quanto a Dica fez isso quando ele acabou de trocar a bateria. Ele acabou de implementar isso por cima do laço que Hav tinha e, em seguida, acabou de acrescentar muito em cima dela. ”
“Eye for a Eye (Your Beef Is Mines)” f/ Nas & Raekwon
Produzido por: Mobb Deep
Prodigy: “Estávamos em Staten Island uma noite com Ghost e Rae e estávamos apenas relaxando. Tínhamos acabado de conhecê-los. Schott Free queria nos levar para seu capô em Staten Island e ele estava tipo, ‘Eu, eu quero te apresentar ao Wu.’ O Wu era o novo grupo que ele tinha assinado com o Loud. Ele estava tipo, ‘Esses negros devem fazer música juntos.’ Então ele nos levou para Staten Island uma noite.
“Nós estávamos apenas rerlaxando com Rae e Ghost, fumando um bud e bebendo 40s. E quando estávamos lá fora relaxando com eles , Rae foi como, ‘Yo, nos apresentem para o Nas. Queremos fazer alguma música com o Nas.
“Então nós estávamos tipo, ‘Tudo bem, vamos alinhar isso.’ Rae realmente nos levou de volta para os projetos naquela noite e nós estávamos, ‘Yo, amanhã nós vamos pegar o número de Nas para você e nós vamos fazer alguma merda acontecer. “Então no dia seguinte nós dissemos a Nas sobre a situação.
“Nós dissemos a Nas, ‘Yo, Raekwon da Wu-Tang quer fazer alguma música com você. Venha para o estúdio, nós temos uma música para os dois . “Então ele veio e fez isso e é assim que os negros se conheceram. No dia seguinte alinhamos a sessão de estúdio e fizemos isso acontecer.
“Nós realmente fizemos essa batida ali no estúdio. Nós estávamos lá por quase quatro horas e fizemos aquela música inteira. Naquela época não era uma seqüência, você apenas faziz o que você sentia. Você poderia fazer a música enquanto você quisesse fazer isso. Estava apenas criando.
“‘Eye For A Eye’ foi uma das últimas músicas do álbum que nós fizemos, a canção aconteceu e foi então que Rae fez” Verbal Intercourse “com Nas. Isso provavelmente foi como uma semana depois de” Eye For A Eye “, eles fizeram isso “.
Havoc: “Eu fiz a batida, Prodigy veio com o gancho, e então todos seguiram essas diretrizes. Nós fomos lá, escrevemos nossas letras, ficamos ocupados, e se tornou uma daquelas canções clandestinas clássicas.
“No estúdio, estávamos fumando maconha, bebendo licor e falando merda. Estávamos definitivamente bebendo Seagrams Gin, Hennessy, e E & J. [Risos.] Foi inestimável. Todo mundo tinha amor um pelo outro.
“Eu conhecia Nas desde que eu tinha seis ou sete anos porque nós dois fomos para a mesma creche após a escola. E crescendo no bairro, todo mundo conhecia todo mundo. Então, como um adolescente eu tenho um pouco mais perto de Nas antes de mim e ele mesmo tinha um contrato de gravação. Então nós estávamos sempre lá, mas apenas correndo caminhos separados. ”
Corey “Raekwon” Woods: “Eles me chamaram e a batida já estava tocando. Acho que Nas estava no estande já fazendo seu verso. Nós estávamos ficando altos, bebendo muito Hennessy, apenas falando merda sobre como íamos tomar conta do jogo. E a próxima coisa que você sabe, quando jogaram seus versos para baixo, eu só entrei e coloquei a cereja no topo. Eu fiz a minha merda direito no local.
Todos nós tínhamos nossos relacionamentos pessoais uns com os outros, porque todos estávamos gravando na mesma gravadora, a Loud Records.
Nós éramos como ‘Todos os negros são bonitos’, Capone, Noreaga, Mobb, eles tiveram a equipe da Firma, tudo ao mesmo tempo. Então nós só queríamos apoiá-los, porque eles estavam nos apoiando.”
Matty C a.k.a. Matt Life (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “‘Eye for a Eye’ foi uma das últimas músicas que fizemos e eu sabia que já estávamos em cima do orçamento e gastamos muito em samples.
E aqui vem Hav com um gancho reto Al Green [mas eu esqueci qual canção.] E nem sequer estávamos certos, então Hav fodido, com ele, começou cortá-lo um pouco mais. Ele estava literalmente jogando o sample para fora.
“A forma como ele o virou lá não era nada para limpar e nós estávamos todos felizes. Por um tempo, houve versões diferentes. Então quando o verso de Nas entra, ele volta [à batida original]. Está quente, mas acho que em retrospectiva foi a coisa certa, tanto quanto empurrar o envelope para a criatividade. Acho que Nas fez dois versos diferentes.
Schott Free (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Uma vez que tínhamos tudo em linha reta com ‘Eye for a Eye’, Ghostface entrou e fez algo. Nós estávamos falando sobre vir com um ‘Eye for a Eye (Remix)’ e nós íamos colocar Ghost lá.
“Na força, eu bati-lhe acima de um dia como, ‘Yo, come through.’ Ele estava mais do que feliz e ele veio com esta rima e matou-o sobre essa batida.Eu desejo a Deus que eu iria apenas pausado por um minuto e colocar a merda para isso.Mas ninguém fez.A fantasma rima usado em ‘Real Live Shit ‘], Ele escreveu isso para a batida’ Eye for an Eye ‘.
Ele tinha uma rima totalmente diferente quando ele fez o loop de Al Green. Eu acho que Q-Tip poderia ter tocado um pouco, mas principalmente Hav fez um trabalho maravilhoso em termos de apenas cortar o loop [Então nós não tivemos que limpar o sample].”
“[Just Step Prelude]” f/ Big Noyd
Produzido por: Mobb Deep
Prodigy: “Essa merda ali mesmo, que era uma rima que Noyd costumava chutar todos os dias para os negros. Essa era sua rima favorita. Ele ficava lá fora vendendo sua pequena droga e nós estavamos lá fora relaxando.
“Então, quando estávamos no estúdio fazendo o álbum, decidimos fazer uma sátira disso. Ele fez sua merda e eu só escrevi uma pequena coisa para ir logo atrás dele. Noyd não estava realmente falando sério.
“Ele só queria vender drogas porque estava ganhando dinheiro.Ele realmente não levava a sério, porque ele realmente não sabia o quão sério era. Era difícil, mas nós finalmente o convencemos, e ele viu a luz depois de um tempo. ”
Havoc: “Essa foi outra vez quando eu não estava lá. Veja, P só começou a tirar proveito de quando eu não estava lá e começou a fazer merda totalmente sem script. Mas havia uma beleza para ele. Isso é onde nós começamos nosso contrapeso de porque se eu estaria lá, eu estaria grudando a algum tipo do certificado. P, ele sai do roteiro.
“Até hoje, é por isso que respeito P porque logo que penso que ele está fazendo algo errado, dou um passo para trás e digo: ‘Espere um minuto, ele pode estar certo.’ Ele faz muita merda que não tem roteiro. P, ele sabe disso, e usa isso muito bem.
TaJuan “Big Noyd” Perry: “Se você olhar a parte de trás do álbum The Infamous, você verá todos os camaradas lá, mas eu não estou lá. Eu perdi essa sessão de fotos, porque eu tinha tribunal naquela manhã. Esse “Três casos diferentes em três lugares diferentes” foi porque eu estava literalmente indo e voltando para a corte.
“Eu realmente não tinha três casos, eu tinha um caso que era um caso de droga grave e quando eu fui ao tribunal e o juiz viu o meu registro, viu que eu tinha ficado preso em um par de “misdemeanors bullshit” e disse: Vejo que você tem duas acusações diferentes, mesmo que duas delas sejam delitos, mas você é uma boa criança. “Quando me deixaram ir, voltei para casa e era tempo de estúdio.”
Schott Free (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Havoc se renderia a P em termos de tudo o que era conceitual. É muito raro que Havoc desencadeasse um conceito.”
“P dizia a Havoc em seu ouvido para onde ele estava tentando ir e ele poderia ter uma pequena coisa que Hav terminaria.Tudo seria sempre sobre a espera de P para sussurrar o primeiro par de barras de tudo o que ele estava a cuspir no Hav’s Hav sorrindo e balançando a cabeça, e depois Prodigy andando na cabine e chocando todo mundo. ”
“Give Up the Goods (Just Step)” f/ Big Noyd
Produzido por: Q-Tip
Prodigy: “Quando fizemos aquela merda no berço do Q-Tip, primeiro surgiu o conceito para aquela música. Ele morava no Linden Boulevard, na Jamaica. Estávamos em seu berço e ele tinha feito a batida bem ali e nós estávamos tipo, ‘Oh, isso é fogo aqui.’ Nós levamos isso para o estúdio mais tarde naquela noite.
“A Q-Tip foi a que entrou no setor. Nós o conhecemos e ele nos trouxe para o prédio Def Jam, que nos deu um monte de conexões para shows de talentos, festas e coisas assim. As pessoas começaram a nos conhecer e a ver o nosso rosto. Então, quando finalmente chegamos ao álbum The Infamous, ficamos tipo, ‘Precisamos gritar na Tip.’
“Ele nos ajudou a entrar e sua produção é uma loucura, então nós o trouxemos para nos consultar. Ele produziu o álbum, basicamente. Ele nos ajudou com padrões de bateria, ele nos ajudou a apertar o som. A maioria das músicas lá – mas não todas – tinha sua contribuição. Como, ‘Yo, eu acho que todos vocês devem fazer isso com isso, adicionar uma pequena armadilha aqui, ou um atraso lá.’ Pequenas coisas como isso. Apenas veio natural.
“Para essa música, Q-Tip lançou um disco, tocou, e foi [Esther Phillips ” That’s All Right With Me ‘], que foi a merda de LL Cool J’s Pink Cookies em um saco de plástico ficando esmagado por edifícios Ele tinha o disco original. Essa merda nos surpreendeu naquela época, como, ‘Oh, merda, esse nigga tem o disco original!’ Nós estávamos tipo, ‘Foda-se, temos que pegar essa batida e virá-la, fazer isso em alguma merda hardcore’. L fiz a música falando sobre cookies rosa em um saco de plástico, era meio estranho. Nós estávamos tipo, ‘Foda-se isso. Vamos fazer um pouco de merda. “Então é assim que nós jogamos essa merda.”
Havoc: “A Tribe Chamou Quest, sua música era apenas louco crocante e soou tão profissional. Nós éramos tão ásperos e corajosos com ele, nós apenas precisamos um laço que estalou fora a batida, e aquele é o lugar onde o Q-Tip entrou. E não era mesmo conselho verbal, era como, “olha justo o que eu faço como eu Vá para o estúdio. “Ele estava tipo, ‘Confira essa idéia. O que você acha sobre isso? “Basicamente, era mais apenas um relógio e observar e tomar isso e correr com ele.”
Q-Tip: “Eu conheci o Mobb Deep quando eles estavam fazendo seu primeiro álbum e nós sempre ficamos em contato. Lembro-me de ter falado com Havoc algumas vezes e ele disse: ‘Venha. Vamos trabalhar. “Eu vim para o estúdio quando eles tiveram o primeiro ‘Shook Ones’ fora. Não consigo lembrar exatamente embora. Você sabe, foi há muito tempo. ”
“Eu não consigo me lembrar qual deles, mas eu misturei algumas canções lá que eu não produzi. Eu não sei se eu estava lá na masterização, mas eu me lembro de falar com Matty e Havoc sobre a masterização e como eles queriam que soasse. Os engenheiros que a engenharia, Era apenas mais um show para eles e eles realmente não se importavam.
“Eu estava apenas tentando empurrar o som e fazê-lo soar o melhor que pude com o que fomos tratados. Lembro-me de querer bater. Hav era realmente o general, eu era apenas um soldado, então eu estava tentando dar uma mão. Foi legal estar em uma dinâmica onde outra pessoa estava tomando os reinados. É um som totalmente diferente do da Tribe. ”
Big Noyd: “Eu realmente nunca quis ser um emcee assinado com um rótulo, mas esse verso me deu meu primeiro contrato solo com Tommy Boy. Tivemos um grande show em Virgina e houve um A & R de Tommy Boy na multidão. Mobb Deep foi o primeiro a usar bandanas e fizemos bandanas que diziam Mobb Deep sobre ele. Eu usava o meu para o show e quando eu estava no palco, a multidão ficou louco então eu joguei o meu bandana na multidão. Quando eu vi as meninas pulando para ele, não havia nenhuma volta.
“E depois do show meu homem é como, ‘Yo, alguém está tentando se encontrar com você.’ E eu sou como, ‘Eu não tenho tempo para isso. Eu só vi as meninas saltarem no meu bandana, eu estou tentando ir achar alguma bunda ‘Ele é tipo,’ Isso é importante. ‘Eu sou,’ Prepare-se para a segunda-feira de manhã, uma vez que voltarmos para Nova York. “Eventualmente, ele me apresentou a A & Rs de Tommy Boy. Eles me assinaram e eu consegui um contrato de gravação por US $ 300.000 apenas para [o meu verso sobre] ‘Give Up The Goods’.
“Às vezes, eu nem sequer tinha uma escolha de qual era a batida. Se eu ando no estúdio e essa é a batida que estava acima. Se eu tivesse que rimar, eu rimava para isso. Eu poderia escrever uma rima para ele que P seria como, ‘Sem desrespeito, essa merda é boa, mas você poderia fazer melhor.’ E eu teria entrado e escrito algo mais. Seria como: “É a sua vez de rimar. O que você tem para essa batida? “E às vezes enquanto Hav e P estão fazendo uma pausa, mas os engenheiros ainda estão prontos para trabalhar, eu saltar sobre o microfone e rima para a batida e às vezes eles iriam mantê-lo.
Você teria uma conversa com P e nunca saberia que em seu cérebro, ele está anotando. Seja qual for a conversa que você tenha com ele, ela sairia em verso. Ele apenas dizia isso e virava e você nem pensaria que ele estava prestando atenção em você quando estava tendo a conversa. ”
Matty C a.k.a. Matt Life (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Houve uma versão original de ‘Give Up the Goods’ que foi feita no início. A versão original não era uma batida de Q-Tip. Q-Tip queria se envolver e ele estava aberto para se envolver nos bastidores comigo, supervisionando as misturas e tudo. Ele realmente se apaixonou por aquela batida inicial.
“Inicialmente, ele queria ajudar a reforçar alguns tambores e acabou mudando duas faixas completamente, ‘Give Up the Goods’ e ‘Temperature’s Rising’ A coisa sobre ‘Give Up the Goods’ e ‘Temperature’s Rising’ é que foram originalmente canções profundas do Mobb que Q-Tip recusou tanto, que não valia a pena chamá-lo de remix “.
Schott Free (A & R for Loud Records): “Noyd e Havoc vieram com rimas diferentes do que tinham no original ‘Give Up The Goods.’.
“Temperature’s Rising” f/ Crystal Johnson
Produzido por: Q-Tip | Co-produced by: Mobb Deep
Prodigy: “‘Temperature’s Rising’ é uma canção que aconteceu quando o irmão de Hav [Killa Black] passou por uma pequena situação de assassinato e ele estava fugindo da polícia. O Ds pegou ele e quando descobrimos sobre isso, estávamos no nosso caminho para o estúdio, então decidimos fazer a música sobre o que realmente estava acontecendo em nossas vidas. Tudo o que dizemos sobre essa merda é real. Isso é o que realmente aconteceu.
“Foi como, ‘Droga, eles pegaram Black.’ Nós fomos para o estúdio naquela noite, nós estávamos todos emocionados sobre isso porque esse é o irmão de Hav. Isso é uma acusação séria, então fizemos uma canção dedicada a Killa sobre como sua situação caiu, como ele estava fugindo e como ele foi pego. Se você ouvi-la, não está dizendo diretamente o que aconteceu, e sim, apenas dizendo que alguma merda caiu. ”
Havoc: “Q-Tip trouxe uma vocalista que era legal, Crystal Johnson. Eu tinha chamado a música ‘Temperature’s Rising’ já e Q-Tip veio e mudou a batida. Eu tinha uma música com o gancho, ‘Temperatures Rising’ e nós meio que acabamos com isso e deixamos o Q-Tip fazer isso.
Nós colocamos nossos sentimentos nisso. Como eu escrevi, ele só voou para fora da minha caneta. Eu estava apenas dizendo [Killer Black], ‘Mantenha a cabeça erguida. Estamos pensando em vocę. Tudo vai ficar bem.’
No final, ele foi preso, mas ganhamos julgamento. Nós fizemos o rap. Ele gostou quando ouviu. Ele estava tipo, ‘Oh merda.’ Mas na época, não havia realmente muito a gostar, porque quando você está diante de uma situação como essa, nada realmente o excita. Você está apenas tentando superar a situação. Mas, mais tarde, foi como: “Você fez uma música sobre mim.” Não era como se nada fosse como, ‘Obrigado’ [Risos.] Era o que era. ”
Q-Tip: “A versão original tinha um sample de Al Green que eles não podiam esclarecer que Havoc fez. Eu me lembro de Havoc dizendo, ‘Sim, eu quero virar isso. Eu gosto disso, mas eu queria ter mais dessa merda. “Como eu disse, [ele queria] aquela merda de Queens. Essa merda de Queens é como ‘Forget Me Nots’ de Patrice Rushen [Ed. Nota-Esta canção realmente tem amostras de Patrice Rushen ‘Where There Is Love’].
Essa merda do Queens é você na festa, são quatro horas da manhã e você vê essa garota e você tenta falar com ela. “Forget Me Not” foi a amostra perfeita para isso. Era apenas uma verdadeira merda criminosa. ”
Matty C a.k.a. Matt Life (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Nós amamos esse. O beat original tinha uma amostra de Quincy Jones [que Havoc fez]. Mas nós não podíamos limpá-lo ou era muito caro. Para ser honesto, eu esqueci a razão exata por que não fomos com o original. Mas Dica gostou, então ele fez.
Dica também nos apresentou a todos de Crystal Johnson. Ela teve algum sucesso no Uptown Records com a trilha sonora Who’s the Man. Então ela também estava treinando Mary J. Blige e Faith Evans em cantar quando ela estava lá em cima. Dica tem uma relação de trabalho com ela em um par de outras coisas e ela foi lá e todos nós éramos como, ‘Uau!’ Ela era super-profissional. Ela conhecia o seu caminho em torno das coisas também, não apenas no microfone.
Na realidade, vendo-os levá-lo para o próximo nível, foi engraçado porque ‘Temperature’s Rising’ tornou-se o recorde de Mobb Deep.Me e Biggie costumava chutá-lo todos os dias e ele costumava sempre empurrar, ‘Yo, todos vocês devem Fazer que o single “, mas eles não queriam ser o grupo que tinha que ir por esse caminho Biggie era um artista que estava sendo feito para tomar esse caminho.”
“Up North Trip”
Produced by: Mobb Deep
Prodigy: “Essa canção é basicamente uma canção dedicada ao nosso povo, entrando e saindo da cadeia naquela época. Um monte de negros ficariam presos, voltariam para casa, ficariam presos e voltariam para casa.
Negros estavam vendendo drogas e se você está lá fora no bloco de venda de drogas, você está constantemente sendo pego. Você não pode fugir com essa merda por muito tempo.
Esse foi provavelmente um dos sons que começamos a escrever nos projetos na casa de Hav. Ele tinha algumas coisas. O nosso primeiro amostrador que tivemos foi um EPS 16 plus. Era um teclado grande.
Nós tivemos isso por um tempo, e quando o MPC saiu nós compramos isso, e foi isso, um pequeno gravador, um pequeno mixer, e isso é tudo o que precisávamos”.
Havoc: “Você não tem nenhum trabalho, você está tentando comer. Então você pode ter que atirar um filho da puta porque você não vai deixar ninguém te julgar. Portanto, é apenas todos os tipos de desafios que crescem. Essa é apenas uma daquelas músicas que trouxe esse fato para fora.”
Matty C a.k.a. Matt Life (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Q-Tip reforçando a bateria ficou adorável. Se você ouvir ‘Up North Trip’ você vai ouvir o tipo de snare saltando um pouco. Rachando um pouco mais do que o normal. Ele apenas reforçou os tambores.
Dica também trabalhou perto de mim, em recomendar certos engenheiros que eram ótimos para mixagem. Hav e P sempre faziam suas próprias verificações, e Hav sempre – e eu sempre o encorajava – ser o produtor e fazer a verificação final em sua própria produção.
A maneira como a Dica contribuiu para o projeto foi tão legal porque ele não estava lá tentando dizer: ‘Eu sou o mixer para isso, estou me dando crédito por isso’. Ele estava se saindo muito bem em sua carreira E ele tinha um amor louco por nós.
Ele estava apenas para ajudar e certificar-se de que iria sair certo. E, obviamente, ele tem um bom negócio. Mas foi realmente apenas tentando ver Hav chegar e realmente dirigir este navio com este grupo de emcees que ele tinha”.
“Trife Life”
Produced by: Mobb Deep
Prodigy: “Hav queria fazer algo contando uma história sobre como ir ver uma garota que é de outra área era perigoso. Muitas pessoas não entendem isso. Por exemplo, se você não é de Queensbridge e você conhece uma garota e ela chama de você, “Venha para a minha cama”, e ela vive nos projetos de Queensbridge, isso é perigoso porque você nunca sabe quem são os negros que estão lá.
“Originalmente foi chamado de ‘Don’t Ever Go See A Bitch.’ [Nós gravamos] muito rápido. As únicas vezes que não eram rápido, era quando estivamos lá dentro fazendo besteiras, fumando maconha e brincando.
Havoc: “Eu fiz essa batida em casa. Nós fomos ao estúdio, deixamos a batida falar, e interpretamos isso entre os sentimentos que estávamos sentindo. [O que rimei na música] realmente não aconteceu comigo, mas esse era um cenário familiar. Às vezes pode haver uma garota no bairro que estaria fodendo com um cara de outra cidade, eles iriam passar, e nós estaríamos lá fora parecendo, ‘Quem diabos é esse negro? Foda-se. Vamos colar nesse negro. Vamos roubá-lo.
Matty C a.k.a. Matt Life (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Eu amei a versão original disso. Acho que Nashiem [Myrick] fez o original. Esse registro passou por algumas fases porque havia um problema com o sample. Hav acabou refazendo. Essa versão original nunca saiu, nunca realmente foi totalmente feito no estúdio e eles vieram com um registro diferente.
Na verdade, se eu não me engano, eles gravaram isso em um dos quartos dos Little Bad Boy. O gerente com quem estavam lidando estava namorando Nashiem naquela época e eles só fizeram uma pequena demonstração e eu fiquei tipo, ‘Isso está quente!’ Talvez ela parasse de brincar com ele e não houvesse um negócio real no trato com a música “.
Schott Free (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Esse foi um recorde que foi feito até o final. Havoc soou como se ele estivesse entrando em sua própria onda [como produtor]. Mas a Q-Tip veio lá e mixou melhor. Eu me lembro de nós indo e tentando torná-lo um pouco maior no lado da bateria e não saiu muito da maneira que queríamos. Hav raspou, fez algo mais, e então a ficou pronto.”
“Q.U. — Hectic”
https://www.youtube.com/watch?v=T3WhwOhlu70
Produced by: Mobb Deep
Prodigy: “Esse foi um daqueles dias em que trouxemos toda a tripulação para o estúdio, e foi como, ‘Tudo bem, hoje você vai rimar, você vai rimar, e você vai rimar. “Estávamos tentando fazer negros rimarem, mas esses negros não eram rappers. O original “Q.U.-Hectic” tem algumas pessoas sobre ele: Tanto os gêmeos, Big Noyd, Gotti, padrinho, Ty Nitty, e um bando de pessoas estavam rimando sobre isso.
Foi muito longo, mas tentamos torná-lo o mais curto possível. Na versão do álbum a batida era um pouco diferente. Fizemos um pouco mais apertado e acabamos mudando apenas um pouco.
Quando nós costumávamos ir para o clube de volta nos dias em que fizemos essa música, era cerca de 50 ou 60 de nós. Estávamos realmente indo para o clube para vencer as pessoas, para entrar em lutas. Foi divertido. Então vá beber, sair com as meninas, e entrar em uma luta. Isso é o que toda a música era sobre, apenas representar o Queens cada vez que você sair para o clube.
Meu avô me deixou toda sua coleção de discos de jazz, então tivemos centenas e centenas de discos. E costumávamos ir às compras para os discos. Estávamos procurando nas antigas lojas de discos, ficando nossas mãos sujas, empoeiradas. Eu costumava comprar a maioria dos discos para o Mobb Deep, então toda a minha técnica era que eu fosse na loja de discos e eu só olhava para o ano.
Qualquer coisa dos anos 70, porque eu sou jovem. Eu não sei quem são esses grupos e como sua música soa. A única coisa que eu sei é James Brown e Marvin Gaye. Então você tem todas essas merdas para escolher, então eu só surgi com uma teoria diferente porque eu vi que a maioria dos registros que eram amostras quentes eram dos anos 70. Então eu ia na loja de discos como, ‘Me dê tudo a partir dos anos 70’. ”
Havoc: “Tanto quanto os registros que foram amostrados, eles apenas vieram de lugares diferentes. Meu pai era um DJ nos anos 70 e início dos 80, então ele tinha muitos discos. Minha avó tinha um monte de registros em sua casa também. E Prodigy tinha um monte de discos porque seu avô era um músico de jazz, então ele tinha todos os tipos de discos de jazz. O avô de P foi nomeado Bud Johnson e era fresco com Quincy Jones, assim que havia muitos albums de Quincy Jones entre a coleção do avô de P. Então é aí que você começa a amostra de Quincy Jones [de ‘Kitty With The Bent Frame’] nessa música.”
Matty C a.k.a. Matt Life (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Havia duas canções. Houve um ‘QU’ originalmente que não saiu e ‘Hectic.’ Eu acho que ‘Hectic’ tornou-se ‘QU-Hectic.’ Eu tenho uma velha fita e é uma amostra de James Brown de ‘We about Para ficar agitado. “Mas não tenho certeza. Eu acho que as rimas [em ‘Q.U.-Hectic’] eram as rimas de [o original] ‘Hectic.’ ”
Schott Free (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Isso é tudo Hav ali. Nem sequer sei se a Dica veio tocar nisso. Até o final do registro, Hav tinha sua experiência em produção como se ele fosse um produtor de primeira linha. ”
“Right Back At You” f/ Raekwon, Ghostface Killah, & Big Noyd
Produced by: Mobb Deep | Co-produced by: Schott Free
Prodigy: “Nós fizemos isso tudo na Platinum Island, nós estávamos no estúdio, era eu, Matty C, Schott Free, e um bando de nossos negros. Hav começou a fazer a batida ali mesmo. Eu, Hav e Noyd pusemos nosso Assim que nós fizemos Matty e eles foram como, ‘Devemos lançar Ghost e eles lá,’ e nós éramos, ‘Sim, isso é uma boa idéia’. Eles os chamaram de niggas, e Ghost e Rae vieram e colocaram seus vocais no mesmo dia.
Nós dissemos a Noyd para rimar por último porque a rima de Noyd era louca Noyd foi o mais próximo Noyd é apenas hiperativo quando ele bate e ele cuspia essa merda com agitação real. Assim nós jogamos ele no final da canção porque nós sabíamos que ele tinha o mais poderoso verso.
Eu realmente não me lembro de quanto tempo demorou, mas não foi realmente tão longo Nós fizemos rápido. Rae e Ghost entraram lá e eles fizeram seus versos, pedaço por pedaço. Pensam que entraram juntos na cabine e entraram separadamente, um de cada vez.
Havoc: “Essa amostra foi realmente dada a mim por Schott Free. Ele estava tipo, ‘Eu, eu tenho essa amostra de Les McCann, você precisa ver.’ Eu fique como, ‘Aight cool.’ Eu nem sei como Raekwon e Ghostface terminaram, mas, merda, se pudéssemos ter o Wu inteiro no fodido álbum, porque éramos apenas grandes fãs deles.
Schott Free me deu a amostra, mas isso não era normal, foi a primeira vez que aconteceu, mas foi o quão legal, não nos sentimos como se fossem A & Rs. Tínhamos uma amizade. Todos ficávamos altos, vamos beber, vamos para as casas uns dos outros … Era tudo muito pessoal, mesmo que eles tivessem um trabalho a fazer.Ela funcionou nos dois sentidos, como eu estou dando isso para você como um amigo e eu estou dando Isso para você porque eu acho que seria legal, foi sem precedentes. Meus últimos negócios com A & Rs era alguém sentado atrás de uma mesa, não sabendo nada sobre hip-hop. Com [Schott] foi uma relação de negócios realmente descontraída, que acabou se transformando em uma amizade de som.”
Raekwon: “Esse é outro cenário em que os irmãos nos chamaram e queriam fazer uma sessão. Enquanto nós estávamos apenas tentando puxar Nova Iorque para cima. Eles chamaram eu e Ghost, e nós fomos para o estúdio, e eles estavam como , ‘Yo, este é o que queremos fazer’, e nós estávamos amando a batida. Então Havoc estava ficando louco com as batidas. Eu e Ghost dissemos ‘Foda-se. Além de apenas ir lá e apenas fazer dois 16’s, decidimos mixar juntos.
Matty C aka Matt Life (produtor executivo e A & R para Loud Records): “Schott Free é um MC. Normalmente, foi duas outras crianças-Hype de Staten Island de um grupo chamado de Red Eye – apenas fazendo uma versão aproximada antes que Raekwon e Ghostface Killah tivessem conseguido, Red Eye era o nome do grupo, eles estavam em ‘Unsigned Hype’ e eles eram de Manis Harbor e Havoc e Hype ficaram frescos. Hype cuspiu as rimas, e, em seguida, Rae cuspiu depois.
Foi incrível por causa do making of do The Infamous, eles começaram a fazer “Only Built 4 Cuban Linx”, e eles continuaram mencionando que eles tinham a acusação de The Infamous. E o Mobb Deep queria foder com o Loud Records porque Wu estava. Então, era recíproco, o amor estava indo e voltando, os grupos se afetavam e isso fazia tudo muito melhor “.
Big Noyd: “Ele não estava perto de mim, mas de um dos meus amigos que viviam em nosso quarteirão, nós realmente não sabemos o que aconteceu com ele. Não sabemos se ele conseguiu a maconha ou algum licor que ele estava bebendo spiked, mas Ele passou da normal para onde você nem poderia reconhecê-lo Eu diria coisas loucas Eu ainda me lembro de quem era todo mundo, mas ele não era o mesmo.
Uma vez eu vim até mim e comecei a dizer às pessoas que eu lhe devia dinheiro, que eu tinha me dado um tijolo de maconha .Se você ouviu a história dele, você pensaria que nós éramos grandes traficantes de droga. Bizarro foi quando as pessoas começaram a perceber que havia algo errado com ele, mas é um incidente que realmente aconteceu. Quando era hora, eu tinha que ir para o estúdio, e essa era uma das coisas que estava em minha mente.”
Schott Free (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Lembro-me de ter dito: “Deixa-me jogar um desses caras da Staten Island. “Então ele me bateu com esse garoto chamado HDM, Hype Da Madman e Hype Cuspa nisso. Hav adorava Hype e ele queria deixá-lo, mas P era exatamente como, ‘Eu quero que ele diga algo mais. Diga a ele para vir ao estúdio e deitar essa merda. Hype – sendo o tipo de cara que ele era – era como, ‘Foda-se isso. Foda-se. Essa versão é o homem quente. Não vou mudar nada. Então ele não mudou o verso então Hav foi como, ‘Ele vai ter que sair de lá. Faremos outra coisa. “Então eu disse, ‘Se não vai ser ele, deixe-me mantê-lo em Staten Island. Deixe-me levar Rae ou Ghost. “Eles estavam legais com isso e ele simplesmente chamou Rae e Ghost. Esta história poderia ter sido diferente, mas ele não. ”
“[The Grave Prelude]” f/ Big Noyd
Produced by: Mobb Deep
Prodigy: “Foi uma pequena sátira que fizemos com alguém sendo baleado no quarteirão. Era uma noite chuvosa, e você só ouvia alguém ser baleado no quarteirão, e era realmente Noyd que estava no skit. Noyd tinha sido baleado, mas não foi assim. Tínhamos criado essa situação para combinar com a música. Então nós estávamos tipo, ‘Vamos criar um esquete onde alguém é baleado e torná-lo realmente dramático apenas para construir o hype da canção.’ Era só eu, Hav, Noyd, e nosso engenheiro. Tudo o que precisávamos era da chuva e do trovão.
Havoc: “Nós já tínhamos feito ‘Cradle to the Grave’ e nós estavamos como, ‘Nós não queremos fazer algum álbum regular onde é apenas música após música.’ Então nós tivemos Noyd contando como ele foi baleado, e P atuando como ele sendo chamado por minha irmã pela janela. Foi uma boa partida para a música que estava prestes a vir. Estávamos mostrando como facilmente um de seus amigos poderia ser baleado.
Big Noyd: “Essa é a coisa sobre P, você nem sabe realmente o que ele está pensando. P veio com o skit. Quando ele chama “Mika!” – essa é a irmã de Hav. Ele só usou o nome dela quando ele a chamou da janela do Havoc porque era onde costumávamos estar. P chegando com o skit tinha muito a ver com o drama que eu estava lidando no momento. Eu não era o cara mais selvagem da tripulação no momento, mas eu passei pelo caso. Você não iria questionar como, ‘Por que eu tenho que levar um tiro?’ Você realmente não questionaria nada que Havoc e P faziam. Eu ainda não. ”
“Cradle to the Grave”
Produced by: Mobb Deep
Prodigy: “Nós fizemos essa na casa de Hav. Essa música é sobre certas coisas que estavam acontecendo nos projetos naquela época. Situações reais que estavam acontecendo conosco e nós colocvamos em forma de canção. Eu sei que as pessoas ouvem, e eles realmente não sabem o que estamos falando. É uma história interessante, provavelmente, mas para nós é um pouco mais pessoal. As coisas estavam realmente acontecendo, o que estávamos dizendo. Tudo isso era real.
“Houve uma vez em que nosso primo Ferg estava lá fora no quarteirão. Ele tinha um pequeno colete e tinha um Mac-10 sobre ele. Ele tinha provavelmente cerca de 15 ou 16 anos. A polícia correu para cima dele, então ele teve que fugir desses niggas no prédio. A polícia correu até o prédio atrás dele, e ele correu as escadas, e ele realmente chutou um dos policiais no peito.
Ele chutou os policiais pelas escadas para levá-los para cima dele. Ele correu para cima, bateu na porta, nós o deixamos entrar, boom, então eles não sabiam exatamente em qual apartamento ele entrou. Eles não o pegaram. Isso aconteceu um par de vezes.”
Havoc: “Era inevitável que fizéssemos algo sobre viver e depois morrer. Essa foi apenas uma das principais questões que está sempre flutuando sobre nossa cabeça. Sentimos que queríamos nos expressar nesse tom. A batida trouxe essa emoção, parece real escuro e sinistro e fodido. Não há nada bonito sobre a batida.
Todos nós, coletivamente, estávamos deprimidos [Risos.]. Mas estavamos tentando nos divertir. No estúdio estávamos meio à vontade. Estávamos no processo criativo. Comendo, bebendo e sendo felizes. Mas, é claro, mesmo que estivéssemos de bom humor, ainda estávamos fazendo essas músicas escuras e deprimentes. ”
“Drink Away the Pain (Situations)” f/ Q-Tip
Produced by: Q-Tip | Co-produced by: Mobb Deep
Prodigy: “Nós criamos essa batida na casa de Q-Tip. Ele estava tipo, “Eu, eu tenho esse recorde de Patrice Rushen aqui mesmo.” Q-Tip provavelmente o aprimorou. Provavelmente era como um esqueleto no início, e então ele provavelmente o arrumou.
Levamos para a Platinum Island, e eu fiz o nosso vocal sobre ele, e então Q-Tip fez sua parte semanas mais tarde. Quando eu ouvi, eu estava tipo, ‘Que diabos ele está fazendo? Ele não combina com a música, ele está falando de roupas, nós estamos falando de licor. “Ele meio que me jogou fora no início, mas então as pessoas eram como, ‘Nah, essa merda soa bem’, eu só comecei a gostar depois um tempo.
Ele estava falando sobre ‘Polo é meu cara, Tommy Hil é meu nigga’, e todo esse tipo de merda. Ele estava doido porque estávamos fazendo a mesma coisa sobre o licor. Nós estávamos falando Hennessy e St. Ide como se fosse uma mulher, como se estivéssemos apaixonados por ela, e todos os nossos amigos eram como, ‘Yo, isso não é bom para você.Parar de foder com ela. Isso vai te machucar no final.
Eu saí com aquela rima no parque, bebendo o maldito OE uma noite com o meu mano Gary neste pequeno parque em Hempstead, Long Island. Estávamos apenas sentados ali bebendo e eu comecei a fazer aquela rima”, eu costumava ser apaixonado por essa cadela chamada E & J. Essa merda acabou de se transformar em uma canção Real. ”
Havoc: “Aquele registro foi um loop estranho, uma amostra estranha, era um loop de três barras e o Q-Tip era bom para fazer coisas fora do comum … Eu não posso medir o quanto estávamos bebendo, mas confie em mim, era demais para qualquer ser humano jovem. Estávamos lá com galões de licor e maconha. Mas surpreendentemente nós tivemos o trabalho feito.
O licor era meio como a nossa ajuda. Nós o convertemos em energia e ele deve ter o efeito oposto, mas quando você tem alguém que está determinado a fazer as coisas, eles vão transformar qualquer negativo em positivo. Mas aqui está a coisa. Licor era principalmente a minha coisa no momento. Mesmo que eu fumasse maconha, eu definitivamente bebia mais do que eu fumava. Prodigy era mais fumante de maconha e eu sempre fui mais o bebedor. ”
Q-Tip: “Eu estava bebendo, mas eu não estava realmente bebendo assim naquela época. Não era meu veneno de escolha.Eu joguei e é uma das minhas rimas favoritas na realidade.”
Eu adorava fazer esse disco. Essa merda era criminosa. É difícil, mas tem essa energia nisso. Você não vai realmente ter um monte de garotas ouvindo essa merda. Então você pode fazer uma das duas coisas: Você pode fazer uma canção diretamente falando para senhoras ou você pode torná-la obscura.”
Matty C a.k.a. Matt Life (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Q-Tip bagunçando com um monte de outras idéias e ele foi obstinado sobre uma certa visão que ele tinha. Eu acho que não foi muito difícil para eles ser legal com ele depois de tudo Dica tinha feito, apesar de quaisquer preocupações criativas sobre seu verso. Esse era o momento em que Tip poderia estar fazendo muito mais, mas ele era altamente seletivo e estava louco por causa da situação orçamentária. Foi apenas um olhar tão grande e eu acho que P percebeu.
Uma coisa que eu me lembro que era interessante no estúdio sobre Q-Tip na época era ele estava em seu justo, muçulmano, Kamaal; Ele estava fazendo push-ups no estúdio. Ele simplesmente não estava com os copos de plástico e as garrafas de Henny. A bebida não era nada dele. P estava começando a entrar na perspectiva mais correta, procurando Rae e Ghost mais. Estou feliz por ele ter aprendido isso. ”
Schott Free (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Muitas vezes, se tivéssemos que estar no estúdio mais cedo, eu faria Havoc voltar para Staten Island comigo. Eu tinha minha própria casa, mas às vezes minha mãe ia passar o dia, ela sempre via Hav com sonâmbulo. Ele não iria dormir, a menos que seu diabo deuce estivesse lá pela manhã. Ele o chamou de café da manhã.”Então Hav é um sonambulo, agarrando seu deuce deuce fora da geladeira, e ele era como, ‘Como você está, madame. Prazer em conhecê-lo.’ [Risos.] Minha mãe está me puxando para o lado como, ‘Quem é aquele garotinho que você tem bebido cerveja na casa de manhã?’ E eu sou tipo, ‘Esse é o meu artista.’ Bem ali estava a introdução da minha mãe ao fenômeno Mobb Deep. ”
“Shook Ones Pt. II”
Produced by: Mobb Deep
Prodigy: “Lembro-me claramente. Nós escrevemos isso drogados. [Risos.] Provavelmente maconha,um pouco de pó, 40s, Esse foi um dos primeiros sons que soaram como ‘Whoa. Esta merda está doente. Essa merda parece loucura aqui.!” Então nós sabíamos que estávamos fazendo alguma merda com aquela música.
Foi apenas um remix do primeiro ‘Shook Ones’. A primeira música que fizemos foi legal. Então nós fizemos esta batida nova e eu penso que o refrão era similar. Nós provavelmente nem sequer pretendiamos que fosse um remix, mas o refrão foi provavelmente semelhante. Era provavelmente como Matty C e niggas que era como, ‘Devem chamar isso’ Shook Ones Pt. – É por isso que fizemos essa merda.
Tínhamos muitas músicas. Quando assinamos pela Loud, tivemos uma demo de 20 músicas. Então, todas aquelas músicas que queríamos colocar no álbum. Mas nós começamos a fazer novos sons, e através do processo de eliminação, queríamos todos os novos.
Nós fizemos essa batida na minha casa em Long Island. Hav achou a amostra. Hav estava lá embaixo com os registros, ele estava tipo, ‘Ouça isso.’ Eu estava tipo, ‘Essa merda soa mal lá.’ Ele fez isso e então nós estávamos fodendo com o baixo e a bateria juntos. Eu vi aquela merda toda onde eles encontraram a merda de Herbie Hancock. Isso é louco. Eu não sabia que era um mistério ou que era tão sério para as pessoas. Eles estavam realmente tentando descobrir de onde veio isso. ”
Havoc: “Um pedaço enorme do álbum foi gravado após ‘Shook Ones Pt. II ‘. Assim que conseguimos o acordo, “Shook Ones” foi uma das primeiras músicas que fizemos. Estávamos sendo testados como, ‘Nós assinamos na linha pontilhada e fizemos um pouco de dinheiro. Agora vá lá e faça algumas músicas. “Então nós fizemos ‘Shook Ones’ e a resposta foi morna, então nós somos como, ‘Aqui vai essa merda novamente.’ Mas nós sabíamos que não podíamos deixá-lo ir para o lixo porque ele Era apenas um conceito de droga e nós dissemos, ‘Vamos fazer uma parte dois.’ Então nós fizemos parte dois e boom, ele estava zumbindo. E isso nos deu um impulso de confiança.
Eu fiz aquela batida dentro da casa de minha mãe em Queensbridge. Essa casa me deu muita inspiração porque algo poderia acontecer lá fora e eu poderia ir lá em cima e fazer uma batida. Gostaria, eu teria esse sentimento como, ‘Deixe-me ir lá em cima e fazer uma batida de como eu estou sentindo agora.’ Naquela época, eu estava sempre sozinho na casa fazendo batidas e, às vezes, se eu não tivesse alguém para co-assinar eu ficaria tipo, ‘Foda-se, o que quer que seja.’ Mas então meus amigos foram Como, ‘Nah, essa merda é fodidamente louca.’ Então eu guardei. Graças a Deus porque provavelmente não estariamos aqui agora se eu tivesse apagado isso.
Os tambores que vieram realmente deste registro eram chamados ‘Cães do vinil’. Os cães eram realmente dos anos 90 e usaram-se ter todas estas rupturas do tambor. Eram esses dois caras brancos que amavam o hip-hop e iam buscar o breakbeat e colocar apenas um monte de pausas de bateria em um registro para os produtores de hip-hop usarem. Eu consegui isso e usei isso para os tambores ‘Shook Ones’.
“O LA Times só recentemente descobriu a amostra porque eu usei uma parte tão pequena de um registro. E eu o cortei e mudou muito o ritmo. Eu fiz isso mais rápido, em seguida, tornei mais lento. As pessoas estavam tipo, ‘Que porra é essa? De que registro isso vem? “, Porque muitos produtores, eles descaradamente usar uma amostra.
Dado que ‘Shooks Ones Pt. II “é um som clássico, apenas trouxe a curiosidade para fora como, ‘Que porra de amostra é essa?’ [Risos.] E eu não estou dizendo a ninguém porque eu esqueci que amostras que eu usei. [Risos.] Mas essa é definitivamente a amostra porque eu me lembrei quando eles a trouxeram para fora. [Risos.] Mas isso é um segredo entre você e eu. É bom e é ruim porque eu estava revelando o mistério da amostra, mas se as pessoas queriam saber, então isso só mostra o quanto o amor as pessoas têm por essa faixa.
Matty C a.k.a. Matt Life (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Essa é a merda mais mágica que aconteceu. Foi sobre essa convenção de gravação que eu e Hav fomos porque esses caras que eram colecionadores antigos fizeram compilações com 45s muito raros e uma das faixas lá tinha os tambores originais para essa música e levamos esses tambores para casa. Foi no Roosevelt Hotel.
Eu e [Rob” Reef “Tewlow] estávamos em nove e estes filhos da puta estavam saindo, mochilas cheias já. O Pete Rock está aqui gastando US $ 8.000, o Large Professor aqui comprando discos a US $ 600 um pop, o cara do PM Dawn Dude está pegando todos esses pequenos intervalos e depois se virando e fazendo os registros deles. Foi a primeira vez que Hav captou essa vibração. Mas Havoc não estava realmente de acordo com as convenções do produtor.
Os padrões são muito parecidos com ‘One Love’, se você ouvir o padrão kick-drum-snare. Nem sei como aconteceu. Acabamos de ter cobrado e fez a batida e transformou em “Shook Ones Parte II.” Nós tínhamos apenas ‘Shook Ones Part I’ como o single e nós fizemos isso e foi como, ‘Isso é tão quente! Nós temos que fazer isso agora! “Eu sei que Hav sentiu o mesmo também porque sabíamos que tínhamos uma das mais quentes batidas de bateria para sair.”
Schott Free (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Foda-se o rádio. E eu digo isso sobre Hot 97 também. Eles tentaram fazer frente, mas eu não vou dizer nenhum nome. Isso não era as linhas de audição de rádio como, ‘Você ouviu falar de nós, assassinos oficiais Queensbridge’ e pensando, ‘Ah, sim, isso é bom. Acrescente isso à rotação. “Essa foi a rua dizendo” Estamos fodendo com isso. “Isto é o que os 15 anos de idade que vive essa merda todos os dias está dizendo. Se ele está ouvindo, então o rádio não tem realmente nenhuma escolha. Isso foi ‘Shook Ones.’ ”
“Party Over” f/ Big Noyd
Produced by: Mobb Deep | Co-produced by: Matt Life
Prodigy: “Ir ao clube, sair com seus meninos, nós entraríamos em uma luta, e a festa acabava, como, “Diga ao resto da tripulação, estamos prestes a foder esses negros. Passe a palavra porque assim que esta luta terminar, estamos fora daqui, filho. Não queremos que ninguém seja deixado para trás. “É disso que trata essa música.
Eu e Havoc produzimos isso juntos. Eu acho que Hav provavelmente achou a melodia, loop, e então nós começamos a foder com a linha de baixo e tudo isso. Eu costumava fazer um monte de linhas de baixo, e talvez os pequenos sons aqui e ali. Acho que fizemos isso no estúdio. Noyd estava provavelmente no estúdio cuspindo alguma merda, e nós estávamos, ‘Sim, coloque isso lá. Parece bom.'”
Havoc: “Essa foi uma das últimas músicas que fizemos quando precisavamos de algo para terminar o álbum. Sendo jovem e nunca realmente indo para qualquer lugar, estávamos representando a nossa capa para o pensamento mais completo que tivemos. Estávamos indo mostrar que em todos os lugares que fomos. Nós não estávamos tentando ser legais, calmos e nos divertir. Tivemos que ir a algum lugar e deixar a nossa presença ser sentida.
Eu definitivamente me lembro de algumas lutas selvagens. Lembro-me de um dos nossos primeiros shows que fizemos em Manhattan, fomos nós e o Lost Boyz. Nós não tínhamos nada contra o Lost Boyz. Mas quando você começa um grupo de jovens em um pequeno clube e os egos estão queimando, algo estava prestes a acontecer. Eu nem sei como começou, mas acabou em uma briga com cerca de 60 pessoas. As pessoas estavam sendo cortadas, esfaqueadas e atingidas com coisas na rua. Não é mesmo algo que eu me gabo. Foi fodido, mas isso era algo que todos nós tivemos que passar.
Isso levou a uma treta com a gente e Lost Boyz, que foi esmagado mais tarde. Porque olhe, nós todos do Queens, então o que estamos fazendo? O Lost Boyz estava fazendo a sua coisa e eu realmente gostava muito de sua música e nós estávamos fazendo a nossa coisa. Nós acabamos sendo legalis. Mr. Cheeks e eu somos legais até hoje. Essa foi a nossa caminhada pela vida e você aprende com isso.
“Olhando para trás e ouvindo isso, eu posso sair de mim e dizer, ‘Sim, isso é um álbum clássico.” Ouvi o álbum como há oito meses. Eu não posso mentir. [Risos.] De vez em quando eu ouço para ter um pouco de inspiração. Eu tento me colocar de volta naquele lugar. Eu vou ouvi-la e tentar realmente me lembrar de fazer isso e como eu me sentia e o que fez essa música ser tão boa. Essa é a minha história e eu estou aderindo a ela. ”
Q-Tip: “Foi apenas um grande álbum e é definitivamente um verdadeiro clássico do hip-hop. É facilmente um álbum top 10 de todos os tempos no hip-hop. Captura um momento no tempo. Eu não estou dizendo isso por causa do meu envolvimento, mas eu sou abençoado por ter sido uma parte dele. Eu tinha pessoas que prestavam atenção a ele e que não prestava atenção antes de A Tribe. Foi apenas uma grande coisa porque eu tinha feito Nas ‘Illmatic. E para ser capaz de fazê-lo novamente e ser uma parte da mesma experiência com Mobb Deep e, em seguida, ter esse tipo de experiência com o meu próprio grupo, foi incrível. Apenas me colocou em um lugar diferente na cabeça das pessoas. ”
Big Noyd: “Foi quando o álbum estava ficando pronto. Se você ouvir os ecos no fundo, alguns desses caras não estão conosco hoje.”
Matty C a.k.a. Matt Life (Produtor Executivo e A & R para Loud Records): “Eu basicamente produzi esse disco. Eu estava querendo produzir, mas nunca acontecia. Eu estava esperando para tentar fazer isso acontecer lá. Tudo o que fiz foi adicionar um som e colocar outro tambor por trás dele. Foi uma espécie de bagunça quando voltei a ouvi-la agora. Esse é outro disco que eles já tiveram no início de um estágio difícil, Ele só teve uma rígida programação sobre ele e eu tentei fazer alguma coisa fora dela. ”