Uma (re)conexão Brasil e África em uma noite típica paulistana

A sexta-feira estava chuvosa, mas com temperatura amena, típica das noites de primavera em São Paulo mesmo assim isso não inibiu as que as pessoas chegassem ao Jai Club. O público foi se esquentando ao som do Dj Andi Vanelli que colocou um set de músicas brasileiras para preparar o público para a inundação de brasilidades que estaria por vir.

Fabio Brazza começou o show com a música Uma Brazza, cheia de energia e com um refrão misturado com samba, a marca do rapper, levantou a galera. Brazza depois ‘Hipnotizou’ o público com esse hit. O rapper incendiou aquela noite fria com muita Brazza e muita brasilidade. Com referências de vários estilos da música, o mc caminhou do Oiapoque ao Chuí em uma apresentação.

O show teve dois ápices, o primeiro foi o medley que com os grandes hits do rap nacional. Para abrir essa homenagem o rapper deu uma palinha sobre suas habilidades no cavaquinho e mandou um solo da música “The Next Episode” no cavaco, isso mesmo que você leu, no cavaco!!

Com músicas de cunho político Brazza fez um pequeno discurso sobre a atual situação da cidade de São Paulo para introduzir a música Hey João. A música foi uma premonição sobre os resultados nas urnas. O segundo ápice foi o freestyle onde chamou vários Mc’s para batalhar. Relembrando a época de quando batalhava no Santa Cruz o rapper pediu para o público lançar palavras para os mc’s improvisar. Brazza mostrou todo seu talento e seu flow ligeiro que levou o público ao delírio.

Após essa invasão de rap nacional com muita brasilidade o público, logo após o show de Fábio Brazza, iria ver o continente Africano desembarcar ali com Dois Africanos. Com muitos hits do hip hop internacional misturados com os ritmos africanos o Jai Clube virou uma imensa pista de dança com a música “Lekema”. A energia era visível e contagiante! Big e Izy além de trazer muita música trouxeram as histórias que estavam por trás das músicas.

Levaram toda a energia da mãe África e fez uma reconexão entre os dois continentes ao cantar o hit “Eu sou de lá”. Brazza também foi contagiado pelo ritmo e foi chamado para fazer um freestyle com os Dois Africanos ao som de beat box.

Os rappers, além de levar muita música e dança, contaram um pouco história do continente Africano e de seu país de origem, o Benin. E parafrasearam Emicida dizendo “Gente só é feliz. Quem realmente sabe, que a África não é um país”.

A energia e a mensagem daquela noite no Jai Club irão permanecer na mente e no coração de todos que estavam ali.

Confira as fotos feitas por Raul Ortigoza:

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Confira mais fotos aqui 

 

Ice Cube realiza concurso para comemorar os 25 anos do álbum Death Certificate

O icônico álbum de Ice Cube, Death Certificate, irá completar 25 anos. E para comemorar esse marco o artista irá realizar um concurso onde fãs poderão recriar a capa.

A iniciativa é da própria gravadora do rapper, Lench Mob. Irão ser dois prêmios, para o primeiro lugar e para mais quatro selecionados. O vencedor irá ter todos os direitos autorais sobre a divulgação dessa arte, além da exposição do seu trabalho em mídias sociais e um valor de US$1.500 dólares, cerca de 5 mil reais. Os outros quatro selecionados também terão seu trabalho exposto nas mídias do artista e o prêmio de US$ 500 dólares.

Cube pede que os fãs que entrem no espírito do álbum e recriem algo que conte a história desse trabalho e que faça a linha de sua carreira.

As inscrições começam no dia 13 de outubro e podem ser feitas aqui.

Quer saber mais sobre a história desse álbum? O Rap em Movimento já listou como um dos álbuns que você precisa ouvir antes de morrer. Confira aqui a matéria.

#DeathCertificateArt.

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Luke Cage é Gold

Sabe aquelas produções americanas que carregam toda uma mística Hip-Hop por trás? Com brigas entre gangues, a clássica barbearia, jovens na linha tênue entre a bola de basquete e uma 9mm, um homem no meio de tudo tentando fazer a coisa certa e a trilha sonora no estilo Golden Era?

A série Luke Cage da Netflix tem tudo isso.

https://youtu.be/snJ-nRgx8o0

A série já conquista ao mostrar a barbearia do Pop, que é um ex-criminoso que resolveu seguir a vida cortando cabelos e tentando dar uma chance pra que jovens não entrem na vida do crime. Sempre com um discurso ao estilo Spyke Lee, pede o tempo inteiro pra que façam a coisa certa, e nem palavrões podem ser ditos na frente dele.

Na trama também podemos ver o “Boca de Algodão“, um gângster bem ao estilo Frank Lucas, que tem uma boate de jazz e música soul (e com um pôster do Notorious B.I.G no escritório) financiada pela sua prima que é vereadora em Nova Iorque. O que chama a atenção são as conversas entre os dois, aonde um defende que tudo deve ser feito pelo orgulho do povo negro, enquanto um defende que tudo aquilo não passa de negros na busca pelo poder. O “Boca de Algodão” é amigo de juventude de Pop, e os dois são patrões de Luke.

O seriado ainda tem uma policial criada no bairro do Harlem (onde a série é ambientada), cheia de si e que tenta descobrir o que está por trás dos assassinatos recentes no bairro.
A história é tão boa que você até esquece que é sobre um super-herói da Marvel, pois isso acaba passando como um detalhe sutil, claro que existem as cenas com efeitos especiais, mas nada exagerado.

Bem, se tudo isso não é o suficiente pra fazer você gostar da série, pelo menos há uma cena de invasão do Luke Cage ao som de Bring Da Ruckus do Wu-Tang Clan.

Conheça um pouco da história de um dos maiores nomes do Hip Hop: Nas

 

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No dia 14 de setembro do ano de 1973 nascia, em Nova York, Nasir bin Olu Jones. Nas, como é conhecido, é filho do músico de jazz Olu Dara e foi criado nos conjuntos habitacionais de Queensbridge, no bairro do Queens.  O rapper ficou conhecido pelo clássico álbum Illmatic de 1994. Uma obra prima de altíssima qualidade! Nas tinha apenas 20 anos quando lançou esse álbum e quebrou todos os padrões e mudou o hip hop! Illmatic é considerado como um dos melhores álbuns de rap de todos os tempos!

Para você ter uma ideia da grandeza que foi o Illmatic ele já foi tema de documentários e diversas pesquisas. O conteúdo das letras falava sobre o cotidiano nos conjuntos habitacionais que Nas viveu. As músicas são profundas que contam histórias e trazem memórias traumáticas da adolescência do rapper. O álbum apresentou novos conceitos. O álbum é foda!

Capa do álbum Illmatic

Vamos continuar falando da carreira desse monstro…

Em 1996 o rapper lança o álbum It Was Written

Em 1999 o rapper lançou dois álbuns: I am… e Nastradamus

No ano de 2001 o álbum Stillmatic estremeceu o hip hop com o single “Ether”, um diss para nada mais nada menos que Jay-Z, em resposta para a música “Takeover” de Jay-Z.  Mas os dois não eram de Nova York… East Side. Todo mundo unido, não? Vamos explicar;

Jay-Z vs Nas

Segundo a lista da revista Rolling Stones ( As dez maiores brigas da história do rap) a briga teria começado por causa de um terceiro, Memphis Bleek. Na música “My Mind Rigth”, de 2000 ele faz críticas nas entrelinhas a Nas. Para quem não sabe Mamphis foi o primeiro artista da gravadora do Jay-Z, Roc-A-Fella Records, por causa da amizade dos dois.

Nas não deixou barato né e já mandou várias indiretas, mas o negócio pegou fogo mesmo foi quando Jay-z mandou a real em “The Takeover”, sem entrelinhas, sem indiretinha. Nas respondeu a altura em “Ether”. Na época os ouvintes da rádio Hot97 considerou Nas o vencedor da briga.

Quem ajudou a acalmar os ânimos foi o produtor Mark Pitts. Mas o público teve certeza do fim da briga em 2005 quando os dois dividiram o palco no show “I Declare War”.

Nas e Jay-Z

Vamos voltar a biografia de Nasir;

nasEm 2002 ele lança God’s Son e em 2005 Street’s Disciple e conta com dois singles de sucesso, “Bridging the Gap”, que conta com a colaboração do seu pai Olu Dara, e “Just a Moment”, que conta com a participação de Quan.

Em 2006, lança mais um álbum, intitulado Hip Hop Is Dead.

Em 2008 (vem mais polêmica), Nas lança o álbum que inicialmente recebeu o nome de Nigger, termo pejorativo usado nos Estados Unidos para se referir aos negros, mas um pouco antes de seu lançamento oficial, o álbum acabou sem título, Untitled. O álbum veio carregado de críticas ao racismo.

No ano de 2010, foi lançado mais um álbum, chamado Distant Relatives, agora com parceria do cantor de reggae Damian Marley.

Recentemente Nas lançou uma música em pareceria com Dj Khaled “Nas Album Done

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Curiosidades

Bolsa de estudos oferecida por Harvard foi batizada em homenagem a Nas.

Nas faz aniversário no mesmo dia que fazia a Amy Whinehouse

Fiquem  com o show ao vivo dele cantando as músicas de Illmatic

Fontes:

http://www.vice.com/pt_br/read/a-histria-por-tras-de-illmatic-do-nas-e-quase-tao-incrvel-quanto-o-disco?utm_source=vicefbbr

10 formas em que o Illmatic mudou o hip-hop:

 

Energia livre, leve e pura: Cobertura do show do Ordem Natural e convidados em São Paulo

Sábado à noite, 20 de agosto, São Paulo estava entregue à chuva e ao frio, mas apesar do clima, a good vibes estava no ar!

No último final de semana, o Rap em Movimento foi conferir o primeiro dia da apresentação épica do grupo de rap Ordem Natural, no CCSP – Centro Cultural São Paulo -, com convidados mais que especiais: Elo da Corrente, Síntese, Espião e Black Alien.

O show rolou no auditório “Adoniran Barbosa”, apesar das cadeiras dispostas na sala, o público queria mesmo era ficar perto, curtir o som e gravar cada detalhe daquela noite.

“… Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge, para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem. Para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem. Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam e nem mesmo pensamento eles possam ter para me fazerem mal…” foi com esse astral que o Ordem Natural abriu os caminhos no sábado, ao lado da banda.

Entre sons do novo trabalho, o grupo também cantou sucessos do Quinto Andar. Elo da Corrente e Síntese abrilhantaram a noite.  Fãs de várias idades, com as letras na ponta na língua, a interação entre os grupos e o público era indiscutível.

De forma leve e interativa, a plateia foi gritando os pedidos e não é que os caras atenderam? Tudo foi realmente especial, a sinergia era mútua.

Sem mais delongas, veja alguns registros feitos pelo fotógrafo do Rap em Movimento, Marco Aurelio, da 1º noite de apresentação do Ordem Natural e convidados:

 

Confira o álbum completo em nossa página do facebook!

28 anos do álbum Straight Outta Compton

 

O álbum que foi lançado no dia 8 de agosto de 1988 completa hoje 28 anos!

Capa do ábum Straigth outta Compton

O grupo, que teve apenas 5 anos de atividade, foi um dos maiores influenciadores no hip-hop internacional.(confira aqui a matéria que fizemos sobre o N.W.A)

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O álbum colocou Compton no mapa e na história!  Confira o infográfico que o portal The Guardian fez sobre a influência do N.W.A na música;

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Da pra ver que a influência dos caras na música é F***da!!

O álbum sem sombra de dúvidas é um clássico do hip-hop e é parada obrigatória para quem curte gangsta rap. O grupo teve uma influência notória, não só na música, mas também em questões sociais que os negros americanos vivam na época (ainda vivem né..). O grupo ganhou uma cinebiografia no final de 2015 – que leva o nome do álbum, fala um pouco sobre a trajetória do grupo que ficou conhecido como ” O grupo mais perigoso do mundo”.

Ouça aqui o álbum completo

 

Programação de rap da Virada Cultural 2016

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A Virada Cultural acontece nos dias 21 e 22 de maio. Criada para refletir o espírito tipicamente paulistano de uma cidade que “nunca para”, a Virada Cultural é promovida pela Prefeitura de São Paulo. Com duração de 24 horas, que oferece atrações culturais para pessoas de todas as faixas etárias, classes sociais, gostos e tribos que ocupam, ao mesmo tempo, a mesma região da cidade.

Para você que acompanha o Rap em Movimento e quer curtir um bom rap nesse megaevento mapeamos alguns eventos. Confira!

Dj Hum

 

DJ-Hum

Local: Rua Dom José de Barros X Rua Barão de Itapetininga (Happy Hour)

Endereço: 01038-000

Data: sexta-feira, 20 de maio de 2016

Horário: 17:00

HipHop na praça e espetáculo paz, união e diversão

Local:CCJ – Centro Cultural da Juventude

Endereço: Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641 – Vila Nova Cachoeirinha

Data: sábado, 21 de maio de 2016

Horário: 17:00

Criolo

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Local: Palco Júlio Prestes

Endereço: praça júlio prestes s/n – são paulo – sp

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 15:00

Lei Di Dai

Local: Palco São João (Dedicado às mulheres) 

Endereço: Avenida São João, alt nº 1.100

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 05:00

Rashid

Rashid

Local: Palco Praça da República

Endereço: praça da república – são paulo – sp

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 07:00

Local: Centro Cultural Palhaço Carequinha

Endereço: Rua Professor Oscar Barreto Filho, 252

Data: sábado, 21 de maio

Hora: 22h

 

Síntese, Akilez, Kiko Dinucci e Thiago França

Local: Palco Alfredo Issa/Beneficência Portuguesa

Endereço: Rua Beneficência Portuguesa, 29.

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 04:00

 

SARAOKÊ – VIRADA DA POESIA

Local:Casa das Rosas

Endereço: Av. Paulista,37 – Bela Vista – São Paulo-SP

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 00:00

Mc Soffia

Local:Casa das Rosas

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 17:00

Dexter e Mc Soffia

Local: Palco Parque Ibirapuera

Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, São Paulo (portão 3 – Parque Ibirapuera)

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 14:00

 

FREE BEATS 4 ANOS

Local: Largo Santa Efigênia

Endereço: Largo de Santa Ifigênia, s/nº

Data: sábado, 21 de maio de 2016

Horário: 20:00

 

Criminal Rap e Mick Azauski

Local: Palco Jardim Helena

Endereço: Praça Craveiro do Campo, Jardim Helena

Data: domingo, 22 de maio

Horário: 16:15

Mano Brown

Local: Palco Jardim Helena

Endereço: Praça Craveiro do Campo, Jardim Helena

Data: domingo, 22 de maio

Horário: 17:00

Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes

Endereço: Rua Inácio Monteiro, 6.900 – Cidade Tiradentes, São Paulo-SP. CEP: 08490-000.

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 01:00

 

Max B.O 

Local:Palco M’Boi Mirim

Endereço: Av. Inácio Dias da Silva – Jardim das Flores

Data: sábado, 21 de maio de 2016

Horário: 20:00

De Menos Crime

Local: Palco Parque do Carmo

Endereço: Av. Afonso Sampaio e Souza, 951 – Itaquera, São Paulo

Data: sábado, 21 de maio de 2016

Horário: 13:00

 

Centro Cultural do Jabaquara

Data: sábado, 21 de Maio

Endereço: Rua Arsênio Tavolieri, 1 – Jardim Oriental São Paulo

Discotecagem de Djs – às 15h

Batalha da Conc – 15h30

Mano Osmir – 16h

Tiago Delau – 16h30

Síntese Rap – 17h

Ndee Naldinho – 18h

Dia: domingo, 22 de maio

Black Ball – 15h

 

Emicida

Local: Centro Cultural Palhaço Carequinha

Endereço: Rua Professor Oscar Barreto Filho, 252

Data: sábado, 22 de maio

Hora: 1h

Local: Palco Parelheiros

Endereço: Rua Terezinha do Prado Oliveira, 300, Jardim Novo Parelheiros

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 17:00

 

Discopédia

Local: Praça Alfredo Issa

Endereço: Praça Alfredo Issa, s/nº

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 12:00

 

Palco Pirituba

Endereço: Av. Miguel de Castro, 321, Pq. Rodrigo Gaspari Pirituba

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Reduto do Rap

Horário: 16:00

Rinha de MCs com o Ogi

Horário: 17h

 

Curtiu? Sabe de mais alguma programação de rap na virada? Manda para a gente! Se você for curtir a virada use a nossa tag #RapEmMovimento.

Quer saber sobre outras programações que vão acontecer na Virada Cultural 2016? Vai lá ná página Roda a Cidade e fique por dentro de tudo!

 

Criolo lança a regravação do álbum Ainda Há Tempo

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Em 2006, num cenário instável do rap paulistano, surgia o “Ainda Há Tempo”, primeiro disco do ainda Criolo Doido. Para comemorar os dez anos do disco, desde março, o rapper está em turnê que revisita o registro, que agora também ganhou uma nova edição.

Ganjaman reuniu grandes produtores brasileiros contemporâneos para reinterpretar o clássico underground. Dividem a lista de créditos nomes consagrados, de grife internacional, como Tropkillaz, artistas em evidência como Papatinho, Nave e Sala 70, e novas apostas como Deryck Cabrera. Sob a batuta de Ganja e do coprodutor Marcelo Cabral, o time cava fundo para transformar pedras brutas em joias perfeitamente lapidadas.

A regravação de “Ainda Há Tempo” (Oloko Records) é um marco por vários motivos A variedade de estilos dos produtores garante interpretações notavelmente distintas, o que poderia transformar o disco em pastiche. O toque de Ganjaman e Cabral, no entanto, opera pequenos ajustes e tece um fio condutor que harmoniza o conjunto. O resultado é enriquecedor.

No final, esse pequeno sumário de 10 anos de rap, Brasil e mundo pode deixar um gosto amargo, uma sensação de que nada mudou substancialmente. De fato, algumas coisas pioraram. Por outro lado, é admirável que um disco composto sem pretensões de grandeza, gestado em rodas de moleques de periferia, numa época de descrédito de um gênero todo, tenha sido o embrião de uma geração que conquistou um espaço sólido e grandioso na música brasileira. “Ainda Há Tempo” era cheio de preocupação e ceticismo, mas também transbordava a esperança de um compositor e de uma comunidade que não queriam sucumbir. “Não quero ver você triste assim, não. Que a minha música possa te levar amor”, Criolo cantava em 2006. Em 2016, ainda há tempo para ouvi-lo.

O lançamento digital do “Ainda Há Tempo” aconteceu no dia 6 de maio e você pode ouvi-lo direto do site: http://www.criolo.net/aindahatempo/

 

Ouça o novo single de Drik Barbosa

A música, “Sem Clichê” fará parte do primeiro álbum do DJ Will e tem participações de Hanifah e co-produção do Dj Nyack. Em suas redes sociais a artista revela que a canção é simples e direta. “A Sem Clichê alerta que temos que dar atenção à paz de espírito e o equilíbrio para que possamos sobreviver e brilhar em meio ao caos dos dias atuais”.

Em entrevista para a RedBull Drik não revela o lançamento do seu álbum, mas avisa aos fãs que em breve eles irão poder contar com novidades.

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Ouça o novo single da artista:

Rodrigo Ogi no Itaú Cultural

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Rodrigo Ogi  apresenta ao público as canções de seu segundo disco, Rá. Produzido pelo curitibano Nave, o álbum se comunica com o primeiro trabalho do rapper, Crônicas da Cidade Cinza (2010), na medida em que cada música funciona como um capítulo de um livro. Considerado um dos melhores álbuns de rap brasileiro em 2015, Rá conta ainda com parcerias de peso, como Rael (“Faro de Gol”), Kiko Dinucci e Juçara Marçal (“Correspondente de Guerra”), Thiago França (“Ha Ha Ha”) e Mao (“Estação da Luz”).

O Rap em Movimento estará presente neste evento fazendo uma cobertura especial.

 

Serviço

Dia e horário: Dia 8 de Abril às 20h

Local: Itaú Cultural – Sala Itaú Cultural – Avenida Paulista, 149

Valor: Grátis- Os ingressos serão distribuídos com meia hora de antecedência-.