Álbuns que você precisa ouvir : All Eyez on me

Chegou a hora de falar de um dos clássicos do 2pac. Vamos falar de All Eyez on Me! Lançado em 13 de fevereiro de 1996, All Eyez on Me é o quarto álbum de estúdio do rapper. Regado de clássicos é considerado um dos melhores lançamentos dos anos 1990 (apesar de eu achar o Ru still down mais pancada, mas isso rende outra resenha).

Vamos aos números do álbum: Primeiro álbum duplo da história do rap; Teve nove certificados de platina pela RIAA em 1998;Os singles “California Love” (HINO) e “How Do U Want It” ficaram em primeiro lugar em todas as paradas norte-americanas.

All Eyez on me foi o segundo álbum de 2pac a chegar nas paradas da Billboard (o primeiro foi Me against the world). Também é um dos álbuns mais vendidos de Pac.

Com toda certeza All Eyez on Me é o auge da carreira de Pac. Além dos singles saíram vários clássicos do álbum, “All Eyez on Me”,  “Of Amerikaz Most Wanted” e “Ambitionz Az a Ridah”.

O álbum tem participações lendárias de Outlawz, Snoop Dogg, George Clinton, Nate Dogg, House of Pain, Dr. Dre, Method Man e Redman.

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Início da era Death Row

Outro fato importante sobre esse álbum é que ele foi lançado pela Death Row Records! (Alô galera das teorias da conspiração) 2pac assinou com a gravadora após Suge Knight ter pago sua fiança. O rapper havia feito um acordo com o empresário, sua liberdade em troca de assinar com a Death Row. Ele chegou ao estúdio poucas horas depois de ser solto da prisão para começar a trabalhar nas 27 faixas.Tupac terminou o álbum em apenas duas semanas.

 

Pac e suge
Tupac e Suge Knight

Faixas destaque

Pac abre o álbum com a música “Ambitionz az a Ridah” onde fala sobre o tiroteio em uma gravadora em 1994, no qual ele levou cinco tiros. Com um beat sinistro e muito ódio nas rimas, Pac abre o disco descendo a letra em todos que o traíram de algum modo. O cara tinha acabado de sair da cadeia, eu não esperaria menos ódio que isso.

“That’s why they tried to set me up. Had bitch-ass niggas on my team, so indeed they wet me  up” (Tinha uns pilantras no meu time, e eles também foderam comigo)

Ele também associa o episódio do tiroteio com a acusação de abuso sexual que o levou para a prisão. Nesta mesma faixa ele fala que voltou reencarnado (e com várias paranoias).  

Outra faixa que merece bastante destaque é a California Love, com um sample  de nada mais nada menos que Zapp a faixa é um verdadeiro clássico e deveria ser um hino da Califórnia! Além do clipe ser gravado ao estilo de Mad Max. Dr. Dre que começa a música com a célebre frase; “Now let me welcome everybody to the Wild Wild West”

O álbum é uma mega produção de qualidade, com beats e samples marcantes além de participações mais do que especiais. All eyez on me é um clássico. Mais do que isso ele é um marco na carreira de Tupac. Existem muitas teorias sobre a morte de Tupac e uma delas está ligada ao CEO da Death Row, Suge Knight. O álbum começa a seguir uma linha sinistra em suas rimas e beeem mais carregado de ódio direcionado.

Diferente dos trabalhos anteriores de Pac esse marca ele carrega até seus últimos trabalhos e seu álbum póstumo que é o “Ru Still Down”.

Confira aqui o álbum completo:

https://www.youtube.com/watch?v=8AhInjNehks

[Não é somente uma capa] | “Things Fall Apart”, o clássico do The Roots em 5 capas, por Kanye Gravillis.

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Qual a sua primeira reação ao ver esta capa?

A minha foi uma risada. E isso diz muito sobre as primeiras impressões que temos diante de certos símbolos, sem antes prestarmos atenção em cada parte dele.

Quando olhei pela primeira vez, rapidamente, para a arte criada pelo artista Kanye Gravillis, eu sorri por achar que a mulher da foto estava sorrindo também. O que é hilário, de certa forma.

Como pude perceber depois, olhando por mais alguns segundos, e fazendo uma leitura mais detalhada, vi que, na verdade, a mulher estava chorando, com um semblante de pavor, seguida por um companheiro, também correndo — da polícia.

O contexto do disco explica o que a capa sintetiza em uma imagem: violência, medo, racismo e um mundo em chamas, imerso em problemas sociais e calamidade.

Uma igreja queimada, uma cena de uma revolta no bairro Bedford-Stuyvesant do Brooklyn, a mão do mafioso assassinado Giuseppe Masseria, uma criança chorando e uma criança que gritava entre destruição em Xangai após o ataque da Segunda Guerra Mundial são as imagens que o diretor de arte costumava exibir para mostrar a humanidade em suas horas mais sombrias.

01# | ”Mulher correndo”

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Data: 1960s
Fotógrafo: Desconhecido
Localização: Bedford-Stuyvesant, Brooklyn

Contexto: Políciais perseguem dois adolescentes negros em Bed-Stuy durante uma revolta. Esta imagem viria a representar o racismo e a injustiça na era do Movimento dos Direitos Civis.

“Esta tornou-se a obra de arte principal por alguns motivos. A capa fazia parecer que a comunidade urbana poderia realmente se relacionar com isso. Ver o medo real no rosto da mulher é muito afetador. Isso se mostra incrivel e agressivo em seu comentário sobre a sociedade. Lembro-me de ir para Tower Records e ver essa foto enorme, foi tão impactante. Não tenho certeza de que isso funcionaria hoje.”

Essa capa é lendária por várias questões, e, uma das principais para mim diz respeito a questão estética, onde foi abandonado um estilo mais cheio de cores, ilustrações nem sempre tão belas feitas pelos artistas da época, até por uma questão de limitação de ferramentas, bem como o uso da fotografia como protagonista desta história. É tudo muito sutil, deixando que a foto fale por si só.

02# | ”Ás nas mãos

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Data: 15 de abril de 1931
Fotógrafo: Bettman
Localização: Nuova Villa Tammaro, 2715 West 15th Street, Coney Island, Brooklyn

Contexto: Mob chefe Giuseppe “Joe the Boss” Masseria foi encontrado morto segurando um ás na mão depois de ter sido assassinado em um Restaurante de Benjamin “Bugsy” Sigel, Vito Genovese, Albert Anastasia e Joe Adonis.

“A mão que segura o cartão de ás mostra uma grande ironia. Parece quase que foi colocado lá. É incrível que essa foto ainda existe! Essa capa é mais simbólica do que as demais. Isso mostra que, mesmo que você obtenha o ás, coisas boas nem sempre estão por vir “.

Metaforicamente, essa capa é perfeita. Mesmo que, na minha opinião, ela não reflita a real luta e linguagem do disco, a metáfora do Às, carta essa que representa um valor gigante em vários jogos de cartas, é incrível. Você ter um às em suas mãos, caído, morto, sorte e azar, é muito foda. O tipo de fotografia que mais me encanta é justamente essa dos momentos perfeitos, das metáforas, das reflexões.

Essa capa me lembra um verso do Prodigy em “Cradle to the grave”, que diz: “Life is like a dice game and i’m in to Win”. Ou não.

03# | ”Á bomba da igreja”

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Data: Desconhecido
Fotógrafo: Desconhecido
Localização: Desconhecido

Contexto: Um incêndio destrói uma igreja e machuca dois bombeiros. Um bombeiro pode ser visto entre os danos.

“Nós não procuramos especificamente bombardeios, mas encontramos essa imagem da igreja que representou um dos maiores fracassos da sociedade. Como país, temos a liberdade de adorar. Essa imagem representa uma enorme violação desse direito. Eu realmente amo a figura nos entulhos e como ela se centra nos restantes vitrais e arcos. Ainda tem uma sensação de espiritualidade, mesmo nos restos queimados “.

Acho uma imagem emblemática. Fazendo uma leitura um pouco mais profundo pode-se chegar a várias conclusões. Alguns entenderiam como um plano divino, outros como crime de ódio, ou até mesmo um golpe de azar. Mas, a luz atravessado a igreja destruída, como um feixe que vem de fora para dentro dá um tom de esperança, como se algo estivesse invadindo aquele ligar inóspito. Ao mesmo tempo tento uma visão apocalíptica da situação, o fim de tudo. Dualidade.

#04 | ”Criança chorando”

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Data: 28 de agosto de 1937
Fotógrafo: HS “Newsreel”
Localização: Estação Ferroviária no Sul de Xangai

Contexto: Esta imagem foi amplamente publicada nos jornais em setembro e outubro de 1937 e passou a representar o resultado da guerra japonesa na China.

“Mesmo que você não seja pai, esta foto capta uma destruição social horrível. Esse click icônico do bebê nos escombros é indicativo do abandono que ainda está ocorrendo hoje”.

Em 1937, o Imperialismo japonês já dava as caras, mostrando seu alinhamento com os fascistas e nazistas, que já estavam se preparando para a Grande Guerra. Na Espanha, Franco já havia dado início ao seu massacre. Na Alemanha e Itália, Hitler e Mussolini caminhavam em direção ao que seria um quase domínio total da Europa. Ouso dizer que o mundo nunca esteve tão próximo do colapso e nunca esteve tão nas mãos do seu pior pesadelo como nas décadas de 30 e 40.

Essa foto representa toda a vida de uma geração que nasceu durante este momento, sem perspectiva, escravizada, jogada a sua própria sorte na mão de ditaduras extremamente racistas e imundas.

Crianças essas que ficaram pelo caminho, que cresceram a sombra do medo, e algumas poucas que conseguiram se reerguer. Destruição e desesperança são duas palavras que definem essa fotografia é o que foi o mundo em 20 anos — é que ainda hoje existe em menor escala.

#05 | ”Criança chorando”

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Data: 1 de agosto de 1992
Fotógrafo: Peter Turnley
Localização: Baidoa, Somália

Contexto: Esta imagem representa a fome que afetou os somalianos durante mais de uma década de guerra civil. Em dezembro de 1992, os Estados Unidos e outros apoios internacionais se espalharam com “Operation Restore Hope”.

“Esta foi a última cobertura que escolhemos. Ela representava a fome em diferentes partes do mundo. Embora fosse a capa mais óbvia, a fome é uma epidemia tão generalizada que achamos que precisava ser incluída”.

Diferente da guerra, a fome é uma forma extremamente mais desumana de óbito da população, por ser a maior representação do descaso governamental. Alimento que deveria ser um direito básico de todo ser humano, visto que nada nesse mundo tem dono — ou seríamos todos donos de tudo?

Não existe muita reflexão estética ou artística em cima desse registro, é a vida nua e crua, estampada e que mostra a verdade sobre o que é viver em países esquecidos, lembrados apenas quando se precisa de novos recursos naturais e mão de obra barata.

Fonte: www.complex.com e uns 3 anos ouvindo essa obra quase que diariamente.

“Grime Over”, do selo Carranca Records, chega às ruas. Ouçam!

Puxando o bonde do #braziliangrime, os meninos do Carranca (o trio  ATTICA! e NGMA) saem distribuindo socos como Akuma na velocidade do Sonic no seu novo som, “Grime Over”. Os 3 Mc’s fazem uma homenagem aos jogos e videogames que formaram uma geração inteira, num instrumental produzido por NGMA. Coloque suas fichas no fliperama, vista sua armadura e se prepare pra batalha.


 https://youtu.be/o-rSrX_I_us   

Letras: A’khim/NGMA/Moti

Produção:NGMA/Mud do HMT

Gravação/Mixagem/Masterização: Mud @ Lodo Studio

Arte: Arthur Garbossa



Saiu a lista dos indicados para o VMA e Kendrick Lamar lidera lista!

Saiu a lista dos indicados para o VMA 2017 da MTV e Kendrick Lamar lidera lista de indicados.

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A MTV divulgou nesta terça feira a lista de indicados para o Video Music Awards 2017. Kendrick Lamar lidera a lista com oito menções.

Neste ano, a emissora excluiu as categorias com divisão de gênero, e não terá mais premiados a “melhor cantor” e “melhor cantora” – apenas “melhor artista”.Também foi incluída a categoria “melhor luta contra o sistema”.

A cerimônia do VMA 2017 acontece no dia 27 de agosto. Veja a lista completa abaixo:

Vídeo do ano

  • Alessia Cara, “Scars To Your Beautiful”
  • Bruno Mars, “24K Magic”
  • DJ Khaled feat. Rihanna and Bryson Tiller, “Wild Thoughts”
  • Kendrick Lamar, “Humble”
  • The Weeknd, “Reminder”

Artista do ano

  • Ariana Grande
  • Bruno Mars
  • Ed Sheeran
  • Kendrick Lamar
  • Lorde
  • The Weeknd

Melhor “luta contra o sistema”

  • Alessia Cara, “Scars To Your Beautiful”
  • Big Sean, “Light”
  • John Legend, “Surefire”
  • Logic feat. Damian Lemar Hudson, “Black SpiderMan”
  • Taboo feat. Shailene Woodley, “Stand Up / Stand N Rock #NoDAPL”
  • The Hamilton Mixtape, “Immigrants (We Get the Job Done)”

Melhor vídeo pop

  • Ed Sheeran, “Shape Of You”
  • Fifth Harmony feat. Gucci Mane, “Down”
  • Harry Styles, “Sign Of The Times”
  • Katy Perry feat. Skip Marley, “Chained To The Rhythm”
  • Miley Cyrus, “Malibu”
  • Shawn Mendes, “Treat You Better”

Melhor vídeo de hip hop

  • Big Sean, “Bounce Back”
  • Kendrick Lamar, “Humble”
  • Chance the Rapper, “Same Drugs”
  • DJ Khaled feat. Justin Bieber, Quavo, Chance the Rapper and Lil Wayne, “I’m The One”
  • D.R.A.M. feat. Lil Yachty, “Broccoli”
  • Kendrick Lamar, “Humble”
  • Migos feat. Lil Uzi Vert, “Bad & Boujee”

Melhor vídeo de rock

  • Coldplay, “A Head Full of Dreams”
  • Fall Out Boy, “Young And Menace”
  • Green Day, “Bang Bang”
  • Foo Fighters, “Run”
  • Twenty One Pilots, “Heavydirtysoul”

Melhor vídeo de dance music

  • Afrojack feat. Ty Dolla Sign, “Gone”
  • Calvin Harris, “My Way”
  • Kygo and Selena Gomez, “It Ain’t Me”
  • Major Lazer feat. Justin Bieber and Mo, “Cold Water”
  • Zedd and Alessia Cara, “Zedd”

Melhor colaboração

Calvin Harris feat. Pharrell, Katy Perry and Big Sean, “Feels”

  • Charlie Puth feat. Selena Gomez, “We Don’t Talk Anymore”
  • D.R.A.M. feat. Lil Yachty, “Broccoli”
  • DJ Khaled feat. Rihanna and Bryson Tiller, “Wild Thoughts”
  • The Chainsmokers feat. Halsey, “Closer”
  • Taylor Swift and Zayn, “I Don’t Wanna Live Forever”

Melhor artista novo

  • Julia Michaels
  • Khalid
  • Kodak Black
  • Noah Cyrus
  • SZA
  • Young M.A

Melhor direção

  • Alessia Cara, “Scars To Your Beautiful”
  • Bruno Mars, “24K Magic”
  • Katy Perry feat. Skip Marley, “Chained To The Rhythm”
  • Kendrick Lamar, “Humble”
  • The Weeknd, “Reminder”

Melhores efeitos visuais

  • A Tribe Called Quest, “Dis Generation”
  • Harry Styles, “Sign Of The Times”
  • Katy Perry feat. Skip Marley, “Chained To The Rhythm”
  • Kendrick Lamar, “Humble”
  • Kylie feat. Lil Yachty, “iSpy”

Melhor direção de arte

  • Bruno Mars, “24K Magic”
  • DJ Khaled feat. Rihanna and Bryson Tiller, “Wild Thoughts”
  • Katy Perry feat. Migos, “Bon Appetit”
  • Kendrick Lamar, “Humble”
  • The Weeknd, “Reminder”

Melhor edição

  • Future, “Mask Off”
  • Lorde, “Green Light”
  • The Chainsmokers feat. Halsey, “Closer”
  • The Weeknd, “Reminder”
  • Young Thug, “Wyclef Jean”

Melhor fotografia

  • DJ Shadow feat. Run The Jewels, “Nobody Speak”
  • Ed Sheeran, “Castle On The Hill”
  • Halsey, “Now Or Never”
  • Imagine Dragons, “Thunder”
  • Kendric Lamar, “Humble”

Melhor coreografia

  • Ariana Grande feat. Nicki Minaj, “Side To Side”
  • Fifth Harmony feat. Gucci Mane, “Down”
  • Kanye West, “Fade”
  • Kendrick Lamar, “Humble”
  • Sia, “The Greatest”

É sábado! Festa BLKKK chega a sua 19ª edição.

Sábado, dia 22 de Julho, a Festa BLKKK, idealizada em 2015, chega a sua 19ª edição, reunindo, mais uma vez, diferentes públicos, gerações e vertentes do Hip Hop numa só pista da Rua Augusta, no Bar do Netão, antigo Caos Augusta.
Vins, Rudeboy e Sobral são os DJs residentes que irão comandar a festa, junto com alguns djs do coletivo MOOC.
O nome BLKKK (pronuncia-se “black“) é uma homenagem a música “BLKKK SKKKN HEAD” do artista Kanye West, que inspira, entre outros artistas, o setlist da festa. Nomes como Diddy, Sango, Kaytranada, Amy Winehouse, Travis $cott e Rihanna são alguns exemplos de que o objetivo é misturar a galera, indo dos love songs até o bate cabeça.
Para quem ainda não conheçe, o coletivo de oito integrantes produz também edições especiais da festa. Em janeiro deste ano o pico escolhido pra celebração de dois anos da BLKKK foi o Telstar Hostels, com direito a mergulho na piscina e participação de convidados no lineup, como as minas do Hot Pente, Outro Planet, Nego E e outros monstros da cena. Já na ultima festa FREE organizada pela BLKKK, que aconteceu durante um domingo a tarde, foi a vez de lotar a House of Blubbles, até o último minuto, junto com convidados do coletivo MOOC.
Também promoveram muitos passinhos no Alberta#3 e em collabs como a da festa Dettona, Nigga High as Shit (RJ), Vibe, o Coletivo Pow Pow Pow e a marca Trapo Clothing no Morfeus Club. O trio de DJs residentes também foi convidado para o primeiro evento do “Word of Dance Brazil”, ano passado, que reuniu várias estrelas da dança de rua nacional e internacional.
Então, se liga e não perde o rolê!
Festa BLKKK
Rua Augusta, 84
Bar do Netão (Antigo Caos Augusta)

 

Abaixo vocês podem conferir em algumas fotos a vibe da festa.

 

Fotos por: @abrtrgo
Fotos das edições da festa. Créditos na imagem

Carranca Records anuncia arte do seu próximo lançamento, “Grime Over”.

Selo Carranca Records anuncia arte do seu novo single, “Grime Over”.

O coletivo de RAP Carranca Records anunciou hoje a arte do seu novo trabalho, com sairá em breve nas plataformas digitais do time.

“Grime Over” é o novo single do coletivo, que conta com o MC NGMA e o grupo ATTICA!, ambos do coletivo.

O conceito e direção de arte da capa ficou por conta do Arthur Garbossa, diretor de arte do selo e responsável pelas impecáveis capas e vídeos que compõem os lançamentos do coletivo.
Segundo Arthur, “a ideia da arte já vem do fato de que o som faz um trocadilho com game over e tem muita referência de jogos, foi uma abordagem na qual todos ficaram de acordo em fazer. Principalmente a arte ser em 8 bits. Busquei referências de jogos beat’em up tipo final fight, streets of rage, double dragon… que foram jogos nos quais condiz mais com a levada da música, já que ambos tão bem rua e voa “soco” pra tudo que é lado.”.

O som sai em breve, então fiquem ligados na página dos caras, já ouvi essa parada e vem porrada na cena por aí!

Conheça o BoomTrap!

Uma das discussões que mais movimentam rodas de conversas dentro do rap é a do Trap e do Boombap. Há pessoas que se dividem e abdicam de ouvir um dos estilos.  Existem alguns artistas que utilizam dos dois estilos. É uma discussão que rende bastante assunto. Encontramos um artista que fez a junção dos dois estilos e saiu o Boomtrap.

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Lucas Mugnae, mais conhecido como Branko, junto com os produtores do selo Beat House, Paulo Junior e Nixon, foram os responsáveis por essa junção. “Eles me convidaram para ser o primeiro Mc a trabalhar com os dois nesse som que seria tanto um primeiro passo para eles como produção da Beat House quanto para mim como carreira solo”, explica Branko.

A ideia central era de ter feito uma releitura da música “tale 2 cities” do rapper americano J Cole, mas após uma semana trabalhando nesse som Coruja Bc1 havia lançando um som em cima do mesmo beat. “Aí eu não sabia o que fazer, pois tinha o som, tinha desenhado uma métrica em cima do instrumental, a música ou era naquele beat ou não era em nenhum, conversei com o Paulo e decidimos sentar e pensar o que faríamos para conseguir chegar ao mesmo nível tanto do som do próprio Coruja quanto a produção do J. Cole”, nos conta o Mc.

“Decididos a gravar, chegamos no estúdio que fica na própria casa do Paulo e iniciamos os trabalhos, até que o Nixon Silva também apareceu como um auxílio para direção de gravação e também para arranjar algumas coisas no som se fosse preciso, depois do som já gravado ele (Nixon) perguntou se não seria interessante ter a quebra de batida no momento onde tanto uma vertente quanto outra é citada no som ‘O problema não está no boombap ou trap e sim nas rimas que tu faz’, e foi ai então que os dois começaram a mexer e fizeram aquilo”.

O resultado ficou de altíssima qualidade e com uma letra pesadíssima. Você pode conferir aqui:

Branko afirma ser do Boombap sem dúvidas, mas curte sim um Trap e reconhece o espaço que ele vem dando para produtores e Mc’s. “Chapo em um 808, porém um sample fatiado do Dj Premier ou uma caixa mais suja do Dilla ganham meu coração. ”

O Mc ainda afirma que quem vem do boombap consegue fazer trap, mas quem vem do trap nem sempre se dá muito bem com o boombap e ainda explica o porquê, “Talvez porque o boombap seja a forma mais pura da música e do ritmo em si. Aquela marcação de tempo 4×4 que pode ter efeito tanto num show lotado quanto em uma roda de freestyle. O trap vem crescendo cada vez mais, porém ele é uma vertente e o boombap é a raíz de tudo”.

Branko começou no rap em 2011 por meio de batalhas de Mc’s que acontecem no centro de Guarulhos, região Metropolitana de São Paulo, ficou no circuito de batalhas até o final de 2014. A partir daí começou a investir em suas composições. Já participou da Liga Nocaute, Batalha do Sta Cruz e em eventos de freestyle. Trabalhou ao lado de Marcelo Gugu por meio do projeto Infinity Class, que levava para as escolas, centros culturais e palestras as batalhas de Mc’s.

 

As religiōes de matriz africana no Hip-Hop

Laroiye, Esù Onà!

O Candomblé surgiu em meados do século XVI, a partir da junção de elementos de várias religiões existentes no continente Africano.

Os povos do Império Yorubá (África Ocidental), Angola-Bantu (África Sunsariana ) e Jejé (África Ocidental) cultuavam deuses conhecidos como Orixás, Nkisis e Voduns. Da junção destas crenças, nasceu o candomblé brasileiro, como conhecemos. Essa junção ocorreu no Brasil, devido a necessidade dos negros de manterem suas tradições religiosas na terra onde foram escravizados.

Assim como no Brasil, muitos países dá América Latina foram destinos de escravos Africanos. Devido a isso, encontramos em Cuba a Santeria e no Haiti o Voodu Haitiano, outras formas de cultos africanos, além de outros países como EUA, etc.

Um dos símbolos mais conhecidos dessas religiões são os atabaques, ou tambores, dependendo dá localidade de origem. Os atabaques são instrumentos de uso ritualístico/religioso, utilizados para invocar as divindades.

Com o passar dos anos, os negros estabelecidos no Brasil passaram a usar esses instrumentos para criar estilos musicais distintos nas terras onde eram tocados. Podemos observar seu uso no carnaval, nos afoxés, na MPB, samba, entre vários outros estilos. E no Hip-Hop não poderia ser diferente. Com o advento das MPCs, mixers e samplers, muitos produtores se voltaram para a musicalidade africana para desenvolver suas batidas. E, além deles, MCs adeptos ou apenas admiradores das religiões vem retratando em suas rimas suas crenças nas religiões africanas, como forma de resgate de suas origens na Terra Mãe e reafirmando, com orgulho, seu sangue negro.

 

Emicida

A primeira vez que ouvi “Pra não ter tempo ruim”, da sua primeira mixtape “Pra quem já morreu um cachorro por comida, até que eu cheguei longe”, fiquei em choque com a lírica do Emicida, que na época voava. Num dos trechos do som, o MC versa “ceis vão lembrar que o punho cerrado é mais que o logo da Slum/Negro nagô, trago nos olhos Xangô e Ogum”. No mesmo disco, na faixa “Só isso” temos oa versos “A cota é andar com fé, que não costuma falhar/ Determinação e coragem, a força Ogun é que dá” e  “Com os Eparrey Iansã, que a Claras entoava na antiga”. Ogun, na mitologia Iorubá, é o Orixá da guerra, dos metais, das lutas, irmão de Oxóssi é um dos mais cultuados Orixás na África e Brasil.

Xangô é o grande Obà de Oyo, uma das cidades do Império Iorubá. Proc da justiça, dono do fogo, um guerreiro feroz, companheiro de Iansã, Orixá das tempestades, sensual, uma das guerreiras mais destemidas da mitologia, que as transforma num búfalo quando esta em apuros, sendo também, a mãe dos 9 céus, que guia os Eguns.

Além dessas rimas existe uma forte presença de termos religiosos e diversos do idioma africano em seu trabalho. Também é corriqueiro ver fotos do MC sempre com sua guia de Xangô no pescoço, ou com as vestimentas de santo.

 

Criolo

Criolo é um cara que valoriza a cultura nacional em todas as suas nuances. E sempre incluindo em seu repertório a musicalidade negra.

A faixa mais conhecida do MC, que chegou ao maimstream com uma mensagem de respeito e louvação aos Orixás africanos foi “Mario”. No refrão “Ogum adjo, ê mariô (Okunlakaiê)”, Criolo faz referência a uma linda cantiga da Nação Ketu ao Orixá Ogun, que diz “Ogun a jo e Mariwo (Ogun se manifeste com o seu mariwo), Akóró a jo e Mariwo (Akóró, se manifeste com o seu mariwo), Ogunpà lè pà lona (Ogun mata, tem poder de matar no caminho)
Oguna jo e Mariwo, E ma tù Ye ye (Vós sempre anima a nossa vida) (animar = reviver).

O Mario é a folha extraída do denzezeiro, item, indispensável no culto a esse Orixá, que usa a folha como forma de proteção a seus filhos e a  si mesmo.

Outra faixa conhecida é a que ilustra essa matéria, “Fio de Prumo” que é uma grande homenagem ao Orixá Exú, ja citado nessa matéria.

 

Orishas

Orishas é um exemplo engraçado. Escuto os caras desde meados de 2009, mas nessa época eu não era adepto das religiões de matriz africana. Jamais tinha reparado no nome é nas letras. Anos depois tudo fez sentido, hehehe.

O nome deriva da expressão “Orisà”, que significa “Força a cabeça”, e nada mais é do que o nome das divindades/semi-deuses cultuados no Reino Iorubá, Nigéria. O grupo cubano tem uma musicalidade incrível, com elementos da cultura latina entrelaçados com os elementos do Hip-Hip nascido nos EUA. Também usam como uma forma de professar a sua fé, como nas músicas “Shango” e “Canto para Elegua”. Shango é Xangô, como explicado nas linhas do Emicida. Já Elegua é mais complexo.

Mais conhecido por Esù (ou Exu, para os mais medrosos), este Orixá tem muitos nomes pelo qual é conhecido e reverenciado. Nos países da América central foi adotado o nome Elegua, que significa “O príncipe mensageiro”, é um dos – senão o mais importante Orixá do panteão, mensageiro e responsável por transportar o Asè.

 

Oshun

O duo de Nova Iorque vem pra mostrar que o Asè também corre na terra do racista laranja.
As minas, mais do que nas rimas, e nas batidas de jazz, adotaram a cultura das religiões africanas em suas vestimentas, adereços, clipes, fazendo do trabalho uma vivência na África.

O nome deriva de “Osùn”, sendo escrito dessa forma por causa da Santeria Cubana, que se fincou nos EUA devido também a imigração de cubanos para o país. A presença massiva da cor dourada, águas doces, maquiagens e forte apelo a beleza trazem toda a influência do Orixá na estética da dupla. Osùn é o Orixá das águas doces, da fecundidade, gestação, do amor, das relações, a mais bela Iyabà de Olodumarè.

Sua cor é o dourado, gosta de jóias, de de embelezar e encantar os homens da Terra. Assistam aos clipes das meninas que vocês vão se ligar na forte influência.

 

Ibeji

Ibeji é uma dupla de gêmeas cubanas, que fazem um som bem parecido com Oshun. O nome vem do Orixá de nome Ibeji, que, assim como as garotas, são gêmeos, segundo a Mitologia Ioruba.

Ibeji é o Orixá-Criança, em realidade, duas divindades gémeas infantis, ligadas a todos os orixás e seres humanos.

Por serem gémeos, são associados ao princípio da dualidade; por serem crianças, são ligados a tudo que se inicia e nasce: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas.

 

3030

O 3030 é um grupo de rap que utiliza elementos de música brasileira, visto como um dos nomes mais promissores da nova geração. A mistura Rap/Mpb se deu depois que os Mcs Lk e Rod se juntaram ao cantor Bruno Chelles, na intenção de inovar no cenário musical nacional, o que acabou culmimando na fundação do 3030, mais tarde fortalecido pela entrada do DJ Rafik, veterano produtor e DJ carioca.

Em uma de suas passagens, gravaram o som Ogum, saudando o Grande Orixã das lutas.

 

Opanijé

Criado em 2005, o grupo Opanijé (Organização Popular Africana Negros Invertendo o Jogo Excludente) é Formado pelo trio Lázaro Erê, Rone Dum-Dum e Dj Chiba D , diretamente de Salvador, Bahia.
Ao contrario do que o nome do grupo diz, Opanijé é uma palavra Iorubá que designa um toque sagrado, entoado para o Orixá Obaluaye, Omolu e Sakpata geralmente tocado para a divisão de um conjunto de comida ritual chamada Olubajé, quando todos em silencio recebem sua porção, e os crentes aproveitam este momento para pedir saúde e longevidade. O orixa dança numa representação simbólica, mostrando sua ligação com os mortos Iku e o seu domínio sobre a terra.

Atotô!

Essas são só alguns exemplos da ligação entre as religiões de Matriz Africana e o Hip-Hop. Mais do que mostrar nossas devoção ou louvar nossas crenças, é lindo podem usar de nossas raízes religiosas oriundas da Terra-Mãe e cultuadas a milhares de anos, para construir uma musicalidade original e homenagear nossos antepassados, tão marginalizados e expostos aos diversos tipos de maus tratos que o branco nos causa a anos. Obrigado a todos os que mantém nossa cultura viva, obrigado,

Asè pra quem é de Asè!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Love songs Internacionais

Quem não gosta de uma baladinha ‘black’ para dançar juntinho. O Rap em Movimento fez uma seleção pesadíssima de love songs, procuramos sair do clichê e trazer umas novidades. Segura que é para machucar o coração.

 1 – Ain’t Nobody – Faith Evans

Quer falar de amor? Se liga na tia Faith Evans. Um R&B direto dos anos 1990 para você se apaixonar de vez. Essa música faz parte do álbum Faith de 1995, época em que ela estava in love com o BIG. Confere ai:

2 – Special Affair – The Internet

Só de ouvir a introdução já arrepia tudo. Uma das minhas favoritas do The Internet (um grupo que vale a pena ouvir)

3 – Get You – Daniel Caesar ft Kali Uchis

Essa é para mexer forte na emoção hein. Declaração de amor. Daniel Caesar é um canadense de apenas 22 anos que tem esse vozeirão da porra que está chegando forte na cena do R&B. Enjoy

4 – Just Friends (Sunny) – Musiq

Vocês acharam mesmo que não teria Musiq Soulchild nessa lista? Essa música é para a fase da conquista, quando começa aquela amizade colorida.

5 – Body – Syd

Essa é para dar aquela sarrada. Olha como a Syd vem nesse som… <3

6 – Let me Love you – Mario

Tinha que exaltar esse hino!! Essa é aquela música de quando toca todo mundo sabe a letra

7 – 21 Questions – 50 Cent ft Nate Dogg

Que música amigos. Que música! Quem disse que 50 cent não sabe fazer love song?

8 – Love on top- Beyonce

Amém Beyonce!

9 – My boo – Usher ft. Alicia Keys

Essa é aquela música de quem está claramente em cima do muro ou de quem viu que perdeu o crush e torce para voltar. Este com certeza tem aquele selo: Que Hino!

10 – Love Never Felt So Good – Michael Jackson, Justin Timberlake

Essa música lindíssima do Justin Timberlake com o Michael Jackson faz parte de um trabalho póstumo de Michael. Se podemos eleger aquela música que só de escutar da vontade de se apaixonar, com certeza é essa.

 

E se você não tem ninguém ou ta na sofrência não se preocupe. Vamos fazer aquela playlist para você ir dormir chorando (zueira). Aquela playlist para você não precisar ouvir sertanejo e chorar ao som de uns bons beats.

Conexão

Texto inspirado na música Conexão, do do grupo Mob79.

Sete da manhã eu acordo com a garganta seca por conta da quantidade alta de cevada ingerida na noite que antecedeu essa manhã, levanto da cama e nela eu vejo meu sol, ela acorda e me olha, eu fico pasmo com o olhar de cigana oblíqua, e não sei o motivo, mas me faz ficar lembrando do som do Don L com o refrão da Flora.

Tomo uma água, lavo o meu rosto e volto para o colchão e ela pergunta se está tudo bem, faço graça para ela dar aquele sorriso que eu sempre elogio só pra deixar ela sem graça, faz aquela cara de quem não leva em consideração o que eu falo, me chama de exagerado por conta de tudo que eu falo dela, essa chatice dela é o que mais encanta.

Lembro da vez que eu fiz força para não falar o que eu sentia por ela, mas a cabeça dela no meu ombro, o carinho que eu recebia nas costas com as pontas das unhas me lesou de forma que soltei aquela bendita boa frase da garganta. Juntando isso ao fato de eu sentir falta de sentir a perna dela sem as calças, as costas sem a blusa e o cabelo com cheiro de chiclete.

Essas sensações me fazem ficar firme quando ela chora sentindo o peso do cotidiano que bate com força, protejo ela de todo o perigo enquanto projeto o nosso futuro, é nítido, vejo isso de uma forma que na frente, decisões podem ser tomadas pelos gestos feitos hoje, não me dou ao luxo de fraquejar com ela insegura.

Depois de conhecer ela, ficou mais claro o quanto não só os olhares falam, o aperto no abraço em uma hora qualquer também diz muito, os beijos roubados depois de umas palavras simples ditas falam bastante sobre o que não precisa ser dito. Me deu segurança para levar ela nos lugares que gosto de frequentar, e esses locais só continuam tão bons quanto se ela gosta de ficar nos mesmos.

E ela sabe como faz, ela encanta, sabe a hora certa de brincar e de falar sério, é maturidade que não se tem em abundância por aí, sabe também o que fazer pra me fazer o que eu não posso fazer, convencimento com malícia depois de goles e fumaças.

E ela vem trazendo a paz que eu sempre pedi
Fazer eu me sentir, como eu nunca me senti
Eu sei que é especial e obrigado por tá aqui
Foi difícil se entregar, mas eu consegui

Escute a música Conexão.