Incita Records lança sua primeira cypher

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No dia 31 de dezembro, a produtora capixaba Incita Records lançou a sua primeira cypher, a “Incypher #01”, com as participações de Leoni, Sayajin, Mac Crew, Dex, Leacim $aid e Mentor.

A primeira cypher da Incita Records traz uma coletânea de artistas de grupos capixabas de rap. Entre eles o Lenda Pessoal (Leoni), a Mac Crew, o Lacuca 288 (Mentor e Leacim $aid) e o Setor J (Dex, da dupla Dex&Junk).

O videoclipe é produzido pela própria produtora, com a direção de João Paulo Teixeira e edição de Keniel Aquiles Gonçalves Cesario.

As gravações foram realizadas no bairro Centro, em Vitória, na capital do Espírito Santo (ES).

Confere ai:

 

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Minas do Rap: 6 mulheres inspiradoras do Rap Nacional

Para mostrar a pluralidade de estilos e a força feminina dentro do rap, selecionamos para você, no Dia Internacional da Mulher,  6 brasileiras que arrebentam nas rimas. Dá uma olhada:

1. Dina Di

Considerada uma das mulheres mais respeitadas do rap nacional, Viviane Lopes Matias, mais conhecida como Dina Di, faz jus ao título. Sempre armada com rimas intensas, cheias de emoção e realidade, a MC faz muito “rap” parecer música de ninar.

Déborah Diniz rap dina di
A MC começou sua carreira no ano de 1989, foi vocalista do grupo Visão de Rua que emplacaram os clássicos “Amor e ódio”, “Marcas da Adolescência”, “A Noiva de Thock”, “Última Chance” e muitos outros.

Indicada a diversos prêmios e festivais brasileiros, com destaque ao Prêmio Hutúz, onde foi escolhida na categoria Melhores Grupos ou Artistas Solo Feminino da década.

Em 2010, após dar a luz a sua segunda filha, a MC teve uma infecção hospitalar e faleceu.

Passando por cima da pobreza, da ausência da família e do machismo, Dina Di não só conquistou o seu espaço no rap, mas abriu os caminhos para todas as mulheres que querem seguir no movimento.
2. Tássia Reis

Direito de Jacareí, São Paulo para o mundo, Tássia Reis!

Com discurso e estilo empoderado, a rapper traz nos seus sons grandes influências musicais como Jazz, R&B, MPB.

Em 2014 lançou o seu primeiro EP – que leva o seu nome –, apresentando os com os hits “No Seu Radinho”, “Meu Rapjazz” e a deliciosa “Good Trip”. Além das participações de e Tiago MAC, nas produções os Djs Skeeter, Poska, Kibão Beats e outros, a direção geral do EP ficou por conta do Diamantee. Pesadíssimo, né?

Déborah Diniz
3. Flora Matos

Aos 18 anos chegou a São Paulo disposta a viver de música e hoje aos 27 anos é considerada uns dos grandes nomes do rap nacional da atualidade.

flora matos canta pra chamar

A rapper brasiliense, Flora Matos emplacou grandes hits ao longo da sua carreira, como “Pretin”, “Esperar o Sol”, “Comofaz” e o mais novo single, lançado em 2015, “Canta pra Chamar” , som que vai compor o seu novo álbum que provavelmente será lançado ainda esse ano.

Pelas palavras de Mano Brown para o site Exame, Flora é uma das únicas que consegue misturar diversos gêneros musicais de forma natural, sem forçar a barra. A própria já comentou em algumas entrevistas que se identificou com o rap justamente por poder mesclar tudo que ela mais curte e transformar em algo único.

De ragga a MPB, de Brasília para o mundo.

4. Negra Li

Falar de Minas no Rap e não falar da Negra Li é até pecado, né?

Nascida e criada em São Paulo, Liliane de Carvalho, a talentosíssima Negra Li é ex-integrante de um dos maiores grupos do Rap Nacional, o RZO. Um das maiores cantoras não só do Rap, mas na música brasileira.

Déborah Diniz negra li

Com mais de 20 anos de carreira, a rapper conseguiu quebrar diversas barreiras e conquistou o seu espaço, levando a realidade da mulher negra que veio da periferia paulistana, que canta rap e diversos outros estilos musicais.

Na sua lista de parcerias, Negra Li já gravou com Dina Di, Nando Reis, Caetano Veloso, Charlie Brown Jr., Belo, Martinho da Vila, Gabriel o Pensador, Pitty, Skank, D’Black, Akon, NX Zero, Mano Brown, Sabotage, Marcelo D2 e muitos outros.

Ao transitar entre tanto estilos musicais em suas parcerias, a torna única.
Continue assim Negra Li que nós adoramos <3

5. Drik Barbosa

Dona de uma voz encantadora e de rimas pesadas, a jovem MC provou que veio para ficar.

Déborah Diniz

Com apenas três músicas lançadas na sua carreira solo – “Deixa eu te levar”, “Não é mais você” e “Pra eternizar“ -, Drik tem uma lista de parcerias que é evidente que sem a sua presença, faltaria algo em cada uma das músicas, além de tudo ela arrebenta do freestyle, deixando muito marmanjo no chinelo, confere aqui.

Não foi por acaso que ela lançou essa rima em “Mandume” – música em que fez parceria com Emicida no álbum “Sobre crianças, quadris, pesadelos e lições de casa” – “(…)Xinguei, quem diz que mina não pode ser sensei? Jinguei, sim sei, desde a Santa Cruz, playboys deixei em choque, tipo Racionais, “Hey Boy!”(…)”.

Entre os MCs com quem já cantou estão Marcello GuGu, Rivais, Flow Mc, Mc Bitrinho, Amiri, Slim Rimografia e outros.

6. BrisaFlow

Sem papas na língua, a MC mineira, BrisaFlow ganha destaque por discutir em suas letras temas como igualdade de gêneros, reflexões sobre os clichês apresentados em torno de raças, classes sociais e também de gêneros.

Déborah Diniz

Além do seu vasto conhecimento musical e cultural, por meio de estudos em conservatórios, escolas de música e participações em diversos grupos e projetos, segundo o site Dia de Música.

Foi indicada pelo site Think Olga em 2014, na categoria “Música”, como Mulher Inspiradora ao lado de Flora Matos e Ana Tijoux (presentes no post <3), também participou da trilha sonora do curta “Clandestinas“, dirigido por Fádhia Salomão – documentário que conta histórias de mulheres que abortaram ilegalmente no Brasil – e foi a primeira entrevistada da série “MULHERES MCs”, apresentado pela TV Carta (Web TV da Revista Carta Capital).

Ano passado, Brisa lançou o single “As de Cem” – que teve direção do Diamantee – já citando no post também – que faz parte do seu tão aguardado álbum “NEWEN”.

 

Álbuns que você precisa ouvir: Envelhecido 13 anos

Falar da cena Underground de São Paulo, e até mesmo do Brasil, sem falar de Espião e Rua de Baixo é quase um sacrilégio.

Para quem não sabe o cara é um dos percussores do RAP alternativo no país e está no corre desde 1993. Quando ainda estava na escola fez suas primeiras letras com seu amigo IC e dentre uma dessas composições surgiu o nome viria a ser aclamado pelo publico do “Hip Hop intergaláctico, alienígena”.

Foto reprodução

O álbum “Envelhecido 13 anos” foi lançado em 2006 de forma totalmente independente no “Porão da Casa do Espião” entre outros estúdios. Considerado mais do que um simples CD o trabalho é uma coletânea de todas as produções do grupo durante 13 anos de carreira. O disco contou com a participação de todos os caras que faziam parte da banca Rhima Rara, como Mzuri Sana, Elo da Corrente, Ascendência Mista, mais participações de Parteum e Zorak, além de, é claro, DJ Duenssa. Ou seja, só peso pesado, que faz dessa coletânea uma das minhas favoritas do RAP Nacional.

O que mais chama atenção no disco é o jogo de palavras com o qual, não só o Espião faz, mas todos os integrantes do álbum.  Em uma fase onde o RAP Nacional era tomado por temas como o crime, drogas, a truculência policial, “Envelhecido 13 anos” trouxe uma nova visão, com uma nova roupagem tanto de produção como nas letras, mostrando que é possível se falar de outros temas sem perder a essência do Hip Hop.
Aliás, essa é uma questão interessante do álbum , onde as letras abordam desde fatos do cotidiano, como em “Pra Você”, como toda a cultura Hip Hop, em especial na faixa “Rastro Mágico”. Outra faixa que mostra toda a facilidade do coletivo com as rimas é “O Tempo”, onde o Espião faz um jogo de palavras sem comparação, com um tema reflexivo sobre morte, vida tempo, como no verso:

 “Na beira do precipício, entre a vida e o suicídio/ Se me empurram é o homicídio, se eu caio é acidente, mas pra morte é indiferente/ Porque o tempo é linear esegue a mesma direção, ela tá lá no fim da linha me esperando com um facão, e disso ninguém tá isento/ Mas meu limite não é a morte, o meu limite é o tempo…”.

Esse álbum marcou uma geração, como marcou uma nova caminhada para a cena paulista e nacional, dando caminho para que outros grupos viessem a representar a cena underground, fazendo uma das mais fortes do país e de onde saíram grandes artistas que levaram o nome da cena independente.

Ouça o álbum aqui: https://www.youtube.com/watch?v=vDCTtyLBpb4

 

Melhor disco do ano

Hoje encerra a votação que a a Revista Rolling Stone Brasil promoveu. A escolha do melhor disco nacional do ano. Entre eles estão concorrendo o novo álbum do Emicida “O Glorioso retorno de quem nunca esteve aqui” , que sinceramente esta muito bom! Ele realmente se superou nesse álbum, com participações incríveis e letras fantásticas, vale muito a pena ouvir. Esta concorrendo também o “Contra Nós Ninguém Será”, do Edi Rock seu trabalho solo e está muito bom também.

Também tem nessa lista: Marcelo D2, Karol Conká, Don L, O Rappa e Charlie Brown Jr.

Se você estiver interesse em votar segue o link

http://rollingstone.uol.com.br/enquete/os-melhores-discos-nacionais-de-2013