Mude seus Planos lança o clipe da faixa “Gatilhos”

 O single antecede o lançamento do aguardado álbum de estréia da dupla

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Antecedendo o lançamento do álbum de estreia, o duo Mude seus Planos- formado por Plano B e Mud, ambos membros do coletivo Hó Mon Tchain, acaba de soltar o clipe da faixa “Gatilhos”.

Dirigido por Johnny Germano, o vídeo traz uma estética monocromática, crua e nebulosa, aliada as rimas ácidas e sagazes de Plano B e Mud acerca da temática Gatilhos, trazendo um turbilhão de possibilidades metafóricas e transitando entre os “gatilhos de ideias” e a nocividade dos gatilhos que foram e infelizmente ainda serão puxados.

Velhos conhecidos da cena, por conta dos dos elogiados álbuns do Hó Mon Tchain – “Ascensão”, de 2012, e “Assim que Nois Trabalha”, de 2016, Mud e Plano B estão com o álbum “Gatilhos de Brinquedo” já engatilhado para o mês de abril, contando com produção totalmente autoral do próprio produtor/Mc, Felipe Thiago Mud.

Álbuns que você precisa ouvir: It’s Dark and Hell Is Hot

Chegou o grande momento! Um dos álbuns mais polêmicos e aclamados dentro do estilo gangsta rap/ Hip Hop Hardcore. Estamos falando do clássico It’s Dark and Hell Is Hot que foi lançado no dia 19 de maio de 1998 e foi a estreia de Earl Simmons ou DMX!

O álbum que estreou em #1 na Billboard 200 surgiu em um momento chave na cena do rap. Ele veio após o Hip Hop ter perdido dois grandes ícones, Tupac e Big!

O disco foi bem recebido pela crítica. A revista Hip Hop The Source descreveu como “Uma obra capaz de englobar o apelo de uma das novas sensações do rap”.

DMX surgiu na cena cheio de ódio! Conhecido por sua voz áspera e suas imitações de latidos (é minha gente, se esse homem grita cmg eu fico chorando uns três dias), ele colocou toda essa energia em suas letras. It’s Dark and Hell Is Hot foi lançado pela Ruff Ryders Entertainment e a Def Jam Recordings. Com beats sombrios e letras extremamente violentas o álbum reflete a personalidade, nada fácil, de DMX.

Entre as faixas destaques estão os singles “, “Get at Me Dog”, “Stop Being Greedy”, “How’s It Goin’ Down” e “Ruff Ryders Anthem”.

A faixa Crime Story possui o mesmo sample do nosso clássico Diário de um Detendo. A música é Easin’ In do cantor Edwin Starr.

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Uma das faixas do álbum que gera bastante discussão é a “X-Is Coming”. Assustadora, a música começa com uma contagem semelhante a música do Freddy Krueger. Carregada de violência, a faixa levanta polêmicas em diversos meios, pois fala sobre assassinato e estupro. O próprio DMX tinha um “lifestyle” bem polêmico na época, mas podemos falar sobre sua biografia me outra hora. Voltando a música, que é muito utilizada para ilustrar post de “músicas machistas e agressivas”, eu tenho minhas ressalvas. Assim como um autor ou roteirista, uma rapper também conta uma história em suas músicas. Eles constroem narrativas ao longo de seu disco. Então, devemos consumir o álbum como se fosse um filme narrado.

Ouça aqui o álbum completo

 

 

 

Yannick lança o 1º clipe de 2018

Faixa ‘Também Conhecido Como Afro Samurai Remix’ ganha curta-metragem cheio de efeitos e participações especiais

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 O rapper paulistano Yannick Hara lança mais um vídeo de uma das faixas do EP Também Conhecido Como Afro Samurai. Desta vez, a faixa-título versão remix, última música do trabalho, ganhou um clipe cheio de efeitos e participações especiais.

 Gravado em estúdio, o vídeo apresenta os dançarinos Danilo Martins e Dartlita Double-Lock em performances intercaladas com a presença do próprio artista. O cenário alterna as cores azul, vermelha e branca, gerando uma sensação de drama e suspense, como sugere a letra.

 Na concepção da música, Yannick conta com a participação de Dieguito Reis (Vivendo do Ócio) e Petrus (OI Darth Bastard). O remix tem uma pegada trap, com uma roupagem eletrônica e mais pesada do que a original. A faixa apresenta, ainda, novas rimas, que lembram uma apresentação de Freestyle.

 O vídeo é o sexto de uma séria de oito. “Pretendo lançar clipe de todas as faixas do EP até o final de 2018”, explica Yannick. O trabalho é totalmente inspirado no mangá e anime Afro Samurai, cujo o enredo narra a saga de um samurai negro chamado Afro que busca vingar a morte do pai, assinado por Justice.

Drake distribuiu quase 1 milhão de dólares por Miami no vídeo de “God’s Plan”. Confira!

“O orçamento desse vídeo foi de U$ 996.631,90 dólares. Nós demos tudo. Não contem para a gravadora”. Com essa legenda, tem início o incrível vídeo de “God’s Plan”, de Drake, que mostra o rapper ajudando dezenas de pessoas nas mais diversas situações em Miami.

Com direção de Karena Evans, a produção retrata o cantor canadense enquanto ele percorre a cidade americana entregando pacotes de dinheiro a desconhecidos e ajudando a comunidade. Além de Drake, também participa do clipe o jogador da NFL Antonio Brown, que nasceu e foi criado em um bairro carente da cidade.

No vídeo, o atleta dança com seu amigo Drake em um shopping de Miami. “God’s Plan” (https://Drake.lnk.to/SHGodsPlan ) já é um dos maiores hits desse começo de ano. A música, que está há quatro semanas no topo da parada britânica e conseguiu a mesma marca no ranking norte-americano, faz parte do EP Scary Hours, lançado de surpresa em janeiro.

A faixa também estabeleceu um novo recorde de reproduções no Spotify, em 24 horas, ela teve mais de 4.3 milhões de reproduções na plataforma, tornando-se assim a canção com o maior número de reproduções em um só dia no Spotify norte-americano. Antes de Drake e “God’s Plan”, o recorde pertencia a “HUMBLE.”, de Kendrick Lamar. “Scary Hours” é o primeiro lançamento do cantor após a mixtape “More Life”, de 2017.

Você pode ouvir e baixar o EP aqui: https://umusicbrazil.lnk.to/ScaryHours .

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Raphão Alaafin vem como uma rajada em seu primeiro single de 2018

Raphão Alaafin veio pesado nas críticas aos últimos acontecimentos do rap nacional e firme nas críticas sociais.

Ouvir vozes diferentes é um negócio muito importante. Prestar atenção no que está ao seu redor engrandece sua narrativa, te dá potência. É necessário ouvir – e viver – o mundo quando você quer falar sobre ele. Isso é Rap e dá pra entender o que temos em mãos.

Com Impulsivos e Sonhadores, primeiro lançamento de 2018, Raphão chega bem livre e faz até o Guina pedir calma, o papo é simples e direto: não queremos suas desculpas. Em uma pegada freestyle, Raphão tira da estrutura o refrão, mas mantém a repetição com o choro da galera: “desculpa, desculpa, desculpa”. Primeiro lançamento de 2018, o Impulsivos e Sonhadores (ou Desculpas, se preferir) é – com o perdão do carnaval – o abre-alas de um ano que, segundo Raphão, vai ser intenso e interessante.

 

Retângulo de ouro lança single Águas Calmas

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O grupo, formado por Alamim, Marcê e ¥€£ Aβ§trato (Daniel), explora as arestas e retas dos polígonos da nossa existência em batidas Lo-Fi e rimas afiadas .

“Águas Calmas”, seu primeiro single, reflete as angústias e as esperanças de quem navega diariamente nas águas nem sempre tão claras e calmas dos rios da vida em São Paulo. Produzido por Blackbird e lançado via Carranca Records (da cantora Larinu e do trio ATTICA!), “Águas Calmas” vem pra mostrar que o Retângulo de Ouro veio pra ficar.

 

Conheça mais sobre o grupo

Retângulo de Ouro
https://www.facebook.com/retvngulodeouro/

Carranca Records
https://www.facebook.com/carrancarecs/

 

Pedro Ratão lança a segunda parte do single “Uns amigos” com Froid, Qualy e Xama

Pedro Ratão lançou, essa semana, o clipe da segunda parte do single “Uns amigos” com participação de Froid, Pedro Qualy ( Haikaiss) e Xamã.

 

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O rapper do Rio De Janeiro, representante de Santa Teresa  já vem fazendo um grande barulho no cenário Hip-Hop desde quando lançou seu primeiro disco “CREDITANDO NO BEM”. Esse disco trouxe participações de grandes nomes como Marcelo D2, Black Alien, Filipe Ret, Helio bents (Ponto de Equilibrio).
A primeira edição que teve participação de Sain, Shawlin, Qxô reuniu 2 Milhões de acesos.
Confira aqui o clipe:

Projota lança clipe de “Canção pro Tempo”

Animação de Didiu Rio Branco e Rogério Shareid conta a história da canção, que faz parte do novo álbum “A Milenar Arte de Meter o Louco”

“Canção pro Tempo” é a sexta faixa do álbum “A Milenar Arte de Meter o Louco” que ganha videoclipe oficial. Com animação produzida e dirigida por Didiu Rio Branco e Rogério Shareid, “Canção pro Tempo” narra a história de um jovem da periferia de São Paulo com o sonho de ser cantor de rap, que passa por muitas dificuldades até chegar ao sucesso.

Projota explica que “sempre quis fazer um videoclipe de animação e no Brasil temos profissionais incríveis na área”. “A música conta uma história e enxerguei o momento perfeito de fazer uma animação para contá-la de uma forma diferente dos vídeos que já produzi”, acrescenta.

As imagens aéreas que aparecem no clipe foram gravadas por um drone no bairro Lauzane, Zona Norte da cidade de São Paulo, onde Projota cresceu. “Me emocionei demais quando assisti, vendo as imagens captadas da minha antiga casa onde cresci e vivi até os 20 e poucos anos, a laje onde empinei pipa a vida toda, lugares que marcaram minha infância e juventude”, aponta o rapper.

“A Milenar Arte de Meter o Louco” foi lançado pela Universal Music em agosto deste ano. O álbum aborda questões fortes da vida do artista, principalmente “a milenar arte” dele e de milhares de jovens de periferia que “metem o louco” e superam todas as adversidades que a vida lhes impõe.

Assista aqui:

 

OGI fincando o “Pé no Chão” do ano lírico

Não sei se 2017 é o ano lírico de fato, 2018 pode ser melhor, nunca se sabe não é mesmo? Mas o fato é que, Rodrigo OGI não poderia ficar de fora do ano que ganhou tal apelido.

Digo isso porque o cronista já tem lançado trampos de qualidade lírica invejável a um tempo, e a cada novo disco é perceptível a evolução do artista. Um MC que mantém seu estilo (a gente falou um pouco sobre isso nesse post aqui), no decorrer dos anos sem cair na mesmice e ficar clichê.

O disco já me impactou logo de cara, pois já dá um prelúdio de como vai ser o EP, começa com a voz do escritor João Antônio fazendo um paralelo entre o da escrita com o seu bem estar, é basicamente o OGI dizendo para o ouvinte que para se manter com o Pé no Chão, ele precisa fazer aquilo que sabe fazer de melhor, que é escrever.

É preciso realmente acreditar em escrever
Eu acredito que vale a pena escrever
Como vale a pena viver
No meu caso específico
Como a arte de escrever não é apenas um ato intelectivo ou intelectual
Chame vocês como quiserem
É um ato de vida, é um ato visceral
Eu não sei como é que eu viveria sem escrever
Alias, só vale viver escrevendo
Se eu não estiver escrevendo, a minha vida vai muito mal

Pé no Chão é um disco que mostra um certo amadurecimento pessoal do artista, pois ele narra suas mudanças de hábitos necessárias por conta das novas fases que vêm acontecendo, tanto na vida pessoal quanto na carreira.

O artista sempre manda muito bem na narrativa, com jogos de palavras bem colocados entre situações cantadas que podem ser vistas ao serem ouvidas, e sempre usando muito bem as referências, seja do mundo musical, dá nona arte, filmes… Enfim, vovô OGI sabe fazer um bom Rap mantendo seu estilo.

O disco foi produzido pelo Nave, mesmo produtor do aclamado “Rá!”, e conta com as participações de Bruno Dupre, Kiko Dinucci, Laudz, Marcela Maita, Emicida, Coruja BC1 e Diomedes Chinaski.

O EP “Pé no Chão”, na minha humilde opinião já tem lugar cativo na lista de grandes discos do tal “ano lírico”, pela qualidade do artista, dá produção, das participações e porque é um disco de alguém que não precisa ficar gritando pra ser notado na cena (tem quem precise disso), ele é visto porque é bom.

Ouça abaixo o EP “Pé No Chão”:

Dois anos de “Bad Neighbor”, colaboração entre Madlib x Blu x MED

2 anos do lançamento de “Bad Neighbor”, a colaboração entre Madlib, Blu e MED.

30 de Outubro de 2015 era lançado o álbum “Bad Neighbor”, uma colaboração entre o produtor Madlib e os MCs MED – parceiro de longa data do produtor e também membro da gravadora Stones Throw, e Blu, outro grande MC com grande um clássico na rua, “Below The Heavens”, que esse ano completou 10 anos.

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Madlib, Blu e MED

O trio já havia lançado um trabalho anterior, “The Burgundy EP”, e chegou com uma proposta muito boa nesse disco: rimas sem muito compromisso ou temática específica e uma produção impecável do Beat Konducta. Gosto da forma como Madlib se reinventa a cada trabalho, fazendo o boom bap bater de formas cada vez mais inesperadas.

 

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Para as participações, um time de peso: MFDOOM chega com o bom e velho flow brilhante em “Knock Knock” que soa como uma faixa de Funky músic dos anos 70. Anderson Paak compôs um refrão maravilhoso para a faixa “The Strip”, mesmo eu sendo apaixonado confesso nos versos e a entrega do Blu no som. Em “Burgundy Whip” temos Jimetta Rose com um vocal lindo no refrão e mais uma vez o Blu arregaçando nas rimas. O clipe dessa faixa é outra coisa que vale muito a pena dar uma conferida, parecendo um filme 70′ analógico.

Aloe Blacc (aquele mesmo da “Blue Avenue”, faixa do Jazz Liberatorz e de tantos outros trabalhos bacanas) participa de “Drive In”, que soa como uma música de amor e para amar. Clima esse que também aparece em “The Buzz”, com participação de Mayer Hawthorne. Além desses nomes de peso, temos Hodgy Beats na faixa “Serving”, com um instrumental fudido. Porém, para mim, a cereja do bolo é “Streets”. Nela temos DJ Romes e Oh No, DJ, produtor e irmão de Madlib. Esse instrumental já existia há alguns anos em alguma versão da Medicine Show, e foi adaptado para o disco. Aqui é só mais um exemplo do que Otis Jackson pode fazer com uma SP404 e alguns discos de jazz

Apesar de não ter passado pelos holofotes do mainstrem, “Bad Neighbor” teve avaliação 7.2 no Pitchfork, 81/100 no site Metacritic e uma nota 4/5 nos sites HipHopDX e AllMusic, assim como foi muito bem recebido por várias outras mídias especializadas em música. O grande atrativo dele são os instrumentais impecáveis, as rimas de dois dos grandes MCs da cena underground e o peso das participações, fazendo o “Mau vizinhos” ser lembrado com muito respeito e admiração, 2 anos depois teu lançamento.

Ouça “Bad Neighbor”.