Salcity – conheça o documentário que fala sobre a cena do rap em Salvador

O curta tem participações de Baco Exu do Blues, Cintia Savoli, Contenção 33, Vandal, entre outros artistas e produtores

 A produtora de conteúdo Marra lança o documentário “Salcity – Rap de Salvador 071”, produzido por Bruno Zambelli(BA), Carlos do Complexo(RJ), Douglas da Nóbrega(SP), Leandro Lima(BA) e Rodrigo Caetano(SP). Com grandes participações da nova e da antiga geração de artistas como Baco Exu do Blues, DoisAs, Contenção 33, Vandal, Cintia Savoli, Galf (Ugangue), Diego 157, Mobbiu (ex-Versu2), Dimak, Dj Leandro Vitrola e Opanijé. 

O filme fala como a conexão entre a guerra de facções que acontece no estado da Bahia, o racismo sistêmico e a falta de representatividade negra na política tornaram o rap de Salvador mais agressivo. Abordando temas que vão da falta de interesse dos admiradores do estilo musical, da desvalorização dos contratantes de shows e da falta de atenção da mídia até a produção da música “Sulicídio” de Baco e Diomedes. Que transformou a visão do futuro de muitas pessoas que estão na resistência faz muito tempo ali e provocando uma grande onda de xenofobia de opositores.

​O processo de produção contou só com o dinheiro da condução, o apoio de muitas pessoas e apenas uma semana de gravação. O principal intuito é deixar um registro para as gerações futuras.

Confira aqui o documentário completo:

Essa história começou assim:

Em setembro de 2016 Douglas da Nóbrega pegou o dinheiro que juntou com freelas, arrumou uma câmera emprestada e foi do Grajaú (SP) para Salvador (BA) com seu parceiro Leandro. Seu amigo apresentou Dimak, um mestre em graffiti e rap do hip hop de Salvador, que contou diversas histórias do começo do hip hop na cidade e do que estava rolando na cena atual. No momento Sulicídio causava uma grande repercussão e ainda nenhum rapper tinha respondido a música. Todos ficaram frustados que muita gente não entendia o que eles estavam querendo falar e os problemas que passavam lá. Então Leandro e Douglas resolveram documentar o que estava acontecendo no rap de Salvador naquele período com pontes feitas por Dimak.