Ontem, 11 de Dezembro, aconteceu a 17ª Feira de cultura de Santa Tereza, evento que ocorre todo ano na região de Embu das Artes, São Paulo.
E nessa edição o Rap Em Movimento foi prestigiar as apresentações do grupo ATTICA! e o MC NGMA, no palco principal da feira.
Foi um rolê totalmente voltado para a quebrada, aos moradores da região, e foi muito bacana acompanhar o som dos meninos, com mensagens fortes, sobre a vida, a truculência policial, a atual política nacional, o problemas dos pretos e dos pobres na sociedade, o que foi bem recebido por todos ali presentes.
Tanto o ATTICA! como o NGMA tem projetos para serem lançados no ano que vem, mas vocês podem acompanhar os sons já lançados dos caras aqui.
Abaixo vocês podem conferir algumas fotos da apresentação dos caras:
O ATTICA! é um grupo recente, residente na cidade de SP, com integrantes da Zona Sul e Norte da cidade, formado pelo Tiago Moti, Akhim e DJ Guto.
Os manos lançaram hoje seu primeiro single, chamado “Dark Samba”, que trás uma batida TRAP pesada, produzida pelo angolano pretochines e mixado pelo Mud, do coletivo Ho Mon Tchain.
O som saiu pelo selo Carranca Records, que também é novo na caminhada, mas com pessoas de qualidade, que vem trabalhando muito para lançar os trabalhos na rua de todos os MC’s e produtores associados.
O single tem uma levada de rua forte, relatando vivências, rolês e reflexões acerca do que cada um deles presenciam na cidade de São Paulo e sobre suas questões internas.
A música brasileira é rica, isso é incontestável. Vários gêneros se fazem presente em nossa história, mas um deles se tornou especial: A MPB.
O termo surgiu na década de 60, associado à interpretação feita por Elis Regina da canção Arrastão, de Vinicius de Moraes e Edu Lobo.Muitos elementos são associados a MPB, em especial o Soul, Funk e Bossa-Nova.
O RAP surgiu no Brasil na década de 80, onde a maior referência no país eram os grupos surgidos em Nova Iorque, e em outras cidades americanas, um dos berços do ritmo. Na época, com a novidade em nosso país, claro, as referências que tinhamos de produção de letras e batidas eram todas dos EUA.
Com o tempo, nosso RAP foi tomando maturidade, criando seu próprio estilo, e bebendo da nossa MPB para criação de batida, utilizando samples de músicas nacionais. Destaque para Racionais MCs e alguns outros grupos da época que passaram a utilizar essa nova sonoridade em suas músicas, dando uma cara brasileira para nosso RAP.
Porém, nos anos 2000 cresceu um movimento contrário, onde produtores renomados da escola americana, principalmente do underground, se viraram para nossa qualidade sonora, com destaque para a MPB dos anos 70, e demais décadas.
Artistas como Madlib, J Dilla, MFDoom, J Cole, Joey Bada$$, Knxwledge, entre muitos outros que, ao longo desses últimos 20 anos vem valorizando o que há de melhor em nossa MPB.
Abaixo vocês podem conferir um compilado de algumas músicas que utilizam samples, recortes e fazem referência e homenagem a nossa música:
J. Cole – God’s Gift / Milton Nascimento – Francisco
https://www.youtube.com/watch?v=ot0cfLa5vfg
Madvillain – Rhinestone Cowboy / Maria Bethânia – Mariana, Mariana
https://www.youtube.com/watch?v=q-526cbq8z8
Knxwledge – Theyfeelit / Claudia – Deixa eu dizer
https://www.youtube.com/watch?v=sUFOF7GCfSg
Joey Bada$$ – Alowha [Prod. By Kirk Knight] / Marcos Valle – Previsão Do Tempo
https://www.youtube.com/watch?v=3ahg7Fr2aMc
Madvillain – Raid / Osmar Milito e Quarteto Forma – América Latina
Nujabes – The Space Between Two World / Toninho Horta – Waiting For Angela
The Pharcyde – Runnin [Prod. J Dilla] / Stan Getz – Saudade Vem Correndo
A.G. – Yeah Nigga / Trio Mocotó – Não Adianta
Madvillain – Supervillain Theme / O Terço – Adormeceu
https://www.youtube.com/watch?v=aRiLeyjsrdc
Huss und hodn – Reichwerfen / Chico Buarque – Ligia
J Dilla – Brazilian Groove / Ponta De Areia – Earth, Wind, & Fir
https://www.youtube.com/watch?v=JGW2SAOGmHUe
MF Doom – Absolutely / Ponta De Areia – Earth, Wind, & Fire
Madlib Medicine Show No. 2 – Flight to Brazil / Brazil by Music – Brazil by Cruzeiro (1972) / Eduardo Araujo & Silvinha - Opanige (Este trabalho, em especial, é uma coletânea de músicas brasileiras. Vale a pena procurar todos eles.https://www.youtube.com/watch?v=T5vQ1G1bPdc
Madlib – Speto de Rua / Este foi um trabalho gravado em uma viagem do produtor, em 2002, pelo Nordeste Brasileiro. Não está disponível no youtube, mas no link abaixo tem mais informações sobre o trabalho, bem como ele pode ser adquirido.
Enfim, são muitos os músicas gringos que na música brasileira encontram inspiração para suas criações. Esses foram alguns exemplos e amostras, porém, o catálogo é enorme.
Espero que curtam, e vamos valorizar nossa música, que tem uma riqueza e importância enorme.
Mais uma parceria no mundo do hip hop! Agora é pra quem curte música eletrônica.
O dono do sucesso “Harlem Shake”, Baauer, se uniu com o produtor Just Blaze e o rapper Jay Z para o single “Higher (Feat. Jay Z)”. A nova música de trabalho do DJ teve seu clipe revelado nesta terça-feira (13).
A produção ficou por conta do diretor australiano Nabil Elderkin, responsável pelos recentes clipes de Kanye West, Arctic Monkeys, Frank Ocean, James Blake, entre muitos outros aristas.
O novo vídeo, que é um curta de seis minutos, mostra uma comunidade da Índia, onde crianças aprendem kalari payattu, uma arte marcial indiana, para combater e se vingar dos badernistas do local.
O som ta muito bom vale a pena conferir!
Confira a seguir o clipe de “Higher (Feat. Jay Z)” com legendas:
O mundo do hip hop esta sempre em movimento, com parcerias e novidades. Você já deve ter ouvido hip hop com samba, com rock, eletrônica e agora uma parceria inusitada. O Phoenix uma banda indie pop francesa confirmou a presença do astro de R&B R. Kelly no remix de “Trying To Be Cool”. No mais recente álbum da banda quem participa da música é a cantora Kelis.
A amizade entre os dois começou no início deste ano, quando R Kelly fez uma participação especial no show que o grupo fez no festival Coachella.
Christian Mazzalai, o guitarrista da banda, disse que o Phoenix tem o hábito de ouvir as músicas de R Kelly antes de subir ao palco. Sobre o encontro no show ele disse que tudo rolou
quase que de improviso. “Nós criamos um mash-up da nossa música com a dele, lhe enviamos e ele disse sim. O mais engraçado é que a gente se atrasou e só fomos encontrá-lo no palco. Nós não ensaiamos, então havia uma tensão maravilhosa [na hora da apresentação].”
O que será que vai sair dessa parceria hein?! Estou ansiosa pra saber.
Enquanto o novo remix não sai, veja como foi o encontro do Phoenix com R Kelly no palco do Coachella Festival deste ano.