Ice Cube anuncia música nova para Reedição do clássico “Death Certificate”

O Rapper anunciou hoje em seu Instagram que está preparando uma reedição para o clássico de 1991 que irá ter três composições inéditas. O artista está gravando com a Interiscope Records.

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A reedição do Death Certificate estará disponível para pré-venda em 2 de junho junto com o download da música “Only One Me”. Os outros singles são “Dominate the Weak” e “Good Cop, Bad Cop”.

Quando foi lançado o álbum gerou diversas reações entre controvérsias e aclamação. O Rap em movimento fez uma resenha sobre a história do Death Certificate, confira aqui:

https://rapemmovimento.wordpress.com/2016/02/04/albuns-que-voce-precisa-ouvir-death-certificate/

Ice Cube falou sobre a relevância do Death Certificate, 25 anos depois. “Infelizmente, nossa comunidade está lidando com muitas das mesmas questões”, disse ele. “Eu só espero que os jovens milenaristas que se sentem imponentes possam canalizar sua própria raiva e frustração, ouvindo este disco”.

Seu último trabalho solo foi em 2010 o “I am the West”.

Death Certificate 25th Anniversary Edition Track List

The Death Side

  1. “Only One Me”
  2. “Good Cop, Bad Cop”
  3. “Dominate The Weak”
  4. “The Funeral”
  5. “The Wrong Nigga To Fuck Wit”
  6. “My Summer Vacation”
  7. “Steady Mobbin'”
  8. “Robin Lench”
  9. “Givin’ Up The Nappy Dug Out”
  10. “Look Who’s Burnin'”
  11. “A Bird In The Hand”
  12. “Man’s Best Friend”
  13. “Alive On Arrival”
  14. “Death”

The Life Side

  1. “The Birth”
  2. “I Wanna Kill Sam”
  3. “Horny Lil’ Devil”
  4. “Black Korea”
  5. “True To The Game “
  6. “Color Blind”
  7. “Doing Dumb Shit”
  8. “Us”
  9. “No Vaseline”

 

Letícia Picolo lança videoclipe Dias Tristes em San Junipero

O clipe produzido pela KILO INC. e dirigido por André Donato é o último single antes do EP Classic
A cantora de Pop e R&B, Letícia Picolo, lança, nesta terça-feira, 04 de abril, o videoclipe da música Dias Tristes em San Junipero. A música é o último single antes do lançamento do EP “Classic” e serve como prévia do que os fãs de R&B e Pop devem esperar dessa nova promessa da música nacional.

Leticia

A produção foi feita em parceria com a KILO INC. e direção de André Donato retrata uma neurose particular cotidiana. Em meio a uma reflexão um tanto quanto neurótica, a artista transpassa desde o desespero da indecisão, da falta de direção e pensamentos autodestrutivos até o alívio do amor próprio, do encontrar a própria essência e da certeza do caminho certo.

Inspirado no episódio da série Black Mirror, Dias Tristes em San Junipero é um turbilhão de sentimentos e pensamentos reflexivos descritos com toda a classe sempre presente nas composições da cantora.

Letícia é paulistana de 23 anos, e com referências de pop e R&B, a cantora já possui dois singles lançados: Leve e Cansei com a Souto MC.

O seu primeiro álbum irá chegar nas plataformas digitais no dia 17 de abril e promete vir com toda a influências musical da cantora, como; Nina Simone e Etta James na técnica vocal, a sensualidade de Beyoncé e Rihanna na identidade, na composição dos beats, SZA e Kehlani e a força musical brasileira de Ana Carolina e Elis Regina.

Carregado de sentimento em cada composição e uma lírica melódica o primeiro disco da cantora promete vir cheio de classe!

Confira aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=x8qddqOnpu0&feature=youtu.be

 

SITE KILO INC:

https://www.kiloinc.com.br/

Finalmente a discografia do Planet Hemp chega às plataformas digitais!

Sony Music disponibiliza álbuns da Banda para streaming e download

A Sony Music lançou hoje nas plataformas digitais os três álbuns de estúdio da carreira do grupo de rap-rock Planet Hemp. Disponíveis pela primeira vez para streaming e download, “Usuário”, “Os Cães Ladram Mas A Caravana Não Pára” e “A Invasão do Sagaz Homem Fumaça” foram lançados originalmente entre 1995 e 2000 e incluíram hits como “Legalize Já”, “Queimando Tudo” e “Ex-Quadrilha da Fumaça”. Os trabalhos de estúdio da banda se juntam ao álbum “MTV Ao Vivo: Planet Hemp”, de 2001, que chegou ao digital em novembro.

Formado em 1993, o Planet Hemp é um dos nomes mais celebrados da cena brasileira, marcado por discursos de cunho social e o posicionamento favorável à legalização da maconha. O grupo apresentou artistas como Marcelo D2, BNegão, Black Alien e Apollo 9 e chegou a conquistar quatro discos de ouro com seus trabalhos ao vivo e em estúdio.

 

Raphão Alaafin lança clipe da música Segundamente RapGame

A faixa faz parte da MixTape “Camelando e Sampleando” de Rodrigues BOMA vs Raphão Alaafin. A faixa vem carregada de ironias, sarcasmo e muita crítica sobre o termo RapGame. O Mc brinca fazendo um paralelo entre o mundo dos games e o ambiente do Rap. Com direção de Tarcio Silva o projeto é fruto de uma parceria com o selo independente Ponarru.

A Mixtape conta com oito produções de BOMA, que vem desde a “Próximo Filme de Zózimo Bulbul” de 2009, até “Segundamente RapGame” de 2016. O iconoclasta dos beats, como é chamado, trouxe sua linha Underground com referências inusitadas, como Naruto, Bastardos Inglórios, Paulo Ricardo e até frases de Tim Maia ironizando o Hip Hop em entrevista.

Raphão Alaafin mesclou rimas nunca lançadas nesse período, como “Telefone”, que agora conta com um refrão virtuoso de JS, e a conhecida Oprah de 2010 que nunca foi lançada oficialmente, mas muito ouvida. “Eu sou Assim” contou com a parceria de Dikampana no Remix e apesar de ficar em estúdio apenas um mês para realizar este projeto, nasceram faixas escritas na semana de produção, como o cypher “Antes de Elvis ser Presley, Chuck já era Berry” com Maique Maia, Luiz Preto e Gegë, a música “Eis a Exceção” com RG do QI e JS, e como de costume uma escrita quente de estúdio, a novíssima “Segundamente RapGame”.

O Mc que fez participação na icônica faixa Mandume do Emicida , com um dos versos mais pesados,teve seu álbum, Eu Gosto, mencionado pelo portal It Pop como um dos melhores de 2016.

Confira o clipe:

O Rap é compromisso não é viagem

Toda periferia chorou quando Mauro morreu!

Mais conhecido como Sabotage por sempre dar um jeito de burlar as leis, cantava desde que era pequeno. Como na canção do Chico Buarque “ele um dia me disse que chegava lá…Olha aí! Olha aí! Ai o meu guri, olha aí, o Mauro chegou lá…”

Nascido na antiga favela do Canão, no Brooklyn, zona sul de São Paulo, sofredor, com uma chance mínima de vencer na vida, seus amigos dizem que ele usou o rap para dar a volta por cima e acabou dando voz à periferia.

Ele nasceu no dia 3 de abril do ano de 1973. A vida nunca foi fácil, e quem disse que seria? Antes de conhecer o rap aquele “neguinho” da favela do Canão era apenas Mauro Mateus dos Santos.  Quando ainda pequeno ele se identificava com o cantor americano Barry White, pois assim como Barry, também havia perdido seu irmão para o crime. Seus amigos próximos contam que ele sempre andava com um caderninho para escrever música. As pessoas à sua volta diziam: “Meu,você é louco. Vai puxar uma carroça, pegar um papelão, jornal, levar um dinheiro pra casa…”.

Mauro seguiu os caminhos do crime antes de se envolver totalmente com a música. Durante sua adolescência já dava trabalho. Foi internado na antiga FEBEM (atual Fundação Casa). Foi assaltante e se tornou até gerente no tráfico. Em 1995 foi indiciado duas vezes, uma por porte ilegal de arma e a outra por tráfico de drogas.

Nos anos 88 e 89, começou a se inscrever em concursos de Rap. E foi em um deles que conheceu Mano Brown e o Ice Blue, rappers com quem, alguns anos depois iria formar o grupo Racionais Mc’s, que hoje é ícone no rap nacional. Com seu desempenho Sabotage, como ficou conhecido, levava músicas totalmente fora dos padrões do concurso e isso chamava a atenção das pessoas do setor. As músicas eram de sua própria autoria e contavam a realidade que ele havia vivido. “As letras eram carregadas de fé, compromisso, realidade e respeito”, conta uma fã do cantor.

O rapper que morreu no dia 24 de janeiro de 2003 teve apenas um disco gravado. “A favela perdia uma voz, perdia um poeta e ao mesmo tempo nascia uma lenda”, recorda um fã do Sabotage.

Além de deixar um grande legado para o Rap Nacional, Sabotage deixou um álbum! O trabalho que foi lançando apenas no final de 2016 já está em nossa lista dos melhores do ano! 

Mais uma edição do evento que você respeita

No último domingo, 16, aconteceu a terceira edição da festa Punga, organizada pelo coletivo A-Team com shows de Febem, Mob79, Rincon SapiênciaA.L.M.A e os DJs Minizu, Beans, Kalfani e Murillo.

A festa aconteceu novamente na Casa da Luz e mostrou que vem tendo boa aceitação das pessoas, com casa cheia e pretensão de crescimento para as próximas edições, segundo Augusto Oliveira, o Punga tem a ambição de unir o público, não só do Rap, mas também de outros ritmos musicais, buscando unificar cada vez mais os ritmos periféricos em São Paulo e mais pra frente em outras partes do Brasil.

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Foto de Marco Aurélio

Essa intenção de união fica notória na Punga, pois o set – tanto de shows quanto dos DJs – não fica preso apenas a um estilo de música, este domingo inclusive, tocou uma quantidade considerável de funk e a galera curtiu demais, afinal o “funk é filho do gueto, assuma”.

A festa tem uma boa proporção de crescimento e os organizadores prometem coisas maiores vindo por aí, fiquem ligados. Confira aqui a cobertura fotográfica feita pelo Marco Aurélio.

 

 

Festa Punga 3º Edição

No próximo dia 15 de janeiro acontece a 3º Edição da Festa Punga! Criada pelo coletivo A-team a festa já apresentou grandes nomes da cena underground como Victor XAMÃ, Canella Fina, Hó Mon Tchain e Makalister.

“PUNGA é uma gíria africana, que diz que estamos prontos, estamos alinhados.Estamos em PUNGA”, explica uma das organizadoras do evento, Catarina Marçal!

Segundo ela, para esta edição eles esperam que seja mais uma de sucesso, que a galera cole mesmo. Depois de duas edições eles lançaram o evento pela página da PUNGA mesmo.” Já é progresso, que seja daí pra mais!”, completa Catarina.

Essa edição acontece na Casa da Luz e o line-up está pesadíssimo: MOB79, Rincon Sapiência e A.L.M.A!

O Rap em Movimento irá marcar presença mais uma vez nessa ilustríssima festa! Quer saber como foram as últimas edições? Clique aqui

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Também tem texto de uma de nossas colunistas no RND. Confira aqui!

Incita Records lança sua primeira cypher

O Rap em Movimento que sempre traz as melhores notícias do mundo do rap e do R&B também fortalece a cena underground! 

No dia 31 de dezembro, a produtora capixaba Incita Records lançou a sua primeira cypher, a “Incypher #01”, com as participações de Leoni, Sayajin, Mac Crew, Dex, Leacim $aid e Mentor.

A primeira cypher da Incita Records traz uma coletânea de artistas de grupos capixabas de rap. Entre eles o Lenda Pessoal (Leoni), a Mac Crew, o Lacuca 288 (Mentor e Leacim $aid) e o Setor J (Dex, da dupla Dex&Junk).

O videoclipe é produzido pela própria produtora, com a direção de João Paulo Teixeira e edição de Keniel Aquiles Gonçalves Cesario.

As gravações foram realizadas no bairro Centro, em Vitória, na capital do Espírito Santo (ES).

Confere ai:

 

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Yasiin Bey, A.K.A Mos Def, anuncia novo álbum

Na véspera de seu show no Brasil (2/12), que seria a turnê de despedida, Yasiin Bey, anteriormente conhecido como Mos Def, anuncia um novo álbum.  Dezembro 99th está programada para ser lançado no dia 9 de dezembro.

O álbum de nove faixa é uma colaboração com o produtor Ferrari Sheppard, de acordo com a nota que foi divulgada na imprensa, o álbum foi gravado na África do Sul.

Além de dezembro 99th , Bey anunciou recentemente que iria realizar encerrar sua carreira em dezembro nos EUA . Esses shows, agendada para de New York City Apollo Theater em 21 de dezembro e Washington DC do Concert Hall Kennedy Center de 31 de dezembro a 02 de janeiro, incidirá sobre catálogo Mos Def de Bey. Os shows também irão incluir material novo e surpreender os convidados especiais.

No início deste mês, Bey finalmente foi concedida a permissão para deixar a África do Sul na condição de que ele não voltar a seguir sua prisão janeiro por tentar viajar em um “passaporte mundo.”

Após as apresentações, Bey vai se mudar para a África para se concentrar em um artes, cultura e estilo de vida coletivo chamado um país chamado Terra.

Dezembro 99th  inclui o lançadas anteriormente ” Seaside Panic Room “, ” Local Time “, e “N.A.W. “Leia a lista de faixas abaixo.

Dezembro 99th  lista de faixas:

  1. “N.A.W.”
  2. “Blade In The Pocket”
  3. “SPESH”
  4. “Local Time”
  5. “Tall Sleeves”
  6. “Seaside Panic Room”
  7. “Shadow In the Dark”
  8. “It Goes”
  9. “Special Dedication”

 

Fontes: http://www.spin.com/2016/11/yasiin-bey-december-99th-album/

http://www.rollingstone.com/music/news/yasiin-beys-december-99th-project-announces-debut-lp-w452490

 

 

O Rap e o mundo precisa do Sabotage

É muito suspeito pra qualquer um que goste de Rap (du bom, tipo aqueles do Rappin Hood), falar do Sabotage e seu disco póstumo. Pois ele – infelizmente – faleceu ainda em um nível muito elevado de lírica, e das mais avançadas que já se viu, então era óbvio que esse disco seria foda.

A ideologia não morre.

Essa obra só mostra que o Sabotage foi o que aconteceu de melhor no Rap nacional, pois fez todo mundo lembrar que o que tem rolado de “inovador” na cena em tempos recentes, o maestro do Canão já fazia de forma muito mais avançada. Tanto o flow quanto a lírica, a visão de mundo… Tudo que a gente vê, hoje na cena (de bom), foi evoluído pelo Sabota. Por essas e outras que o cenário precisava dele hoje, pois só ele poderia dizer que os outros MC’s copiam seu flow, sendo assim, ele saberia como direcionar essa geração do Rap que só quer mostrar o tênis novo no Snapchat.

Os que apavora, apavorados serão na quebrada.

Ser malandro não é marcação jão, se joga!

Se na questão musical ele foi atemporal, no quesito social não seria diferente, o disco tem uma mensagem geral muito importante, com frases que são comuns dentro da poesia do Rap, mas a forma como o Sabotage construiu essas letras tem um impacto diferente e um entendimento mais específico.

Quem não pode errar sou eu, que se foda o Zé Povinho.

Vi e ouvi algumas pessoas dizendo que se esse disco, com letras de 13 anos atrás é atual, é porque nada no Brasil mudou, eu acredito que pensar dessa forma é desmerecer a obra, pois artistas geniais conseguem fazer composições atemporais que podem durar mais de 100 anos, e Sabotage é um desses artistas, suas músicas vão (e devem) continuar atuais, pois sua mensagem não pode ser esquecida jamais.

Obs: Mais um motivo pra entender o quão grande foi esse rapper:

Para ouvir o disco póstumo do Sabotage, é só clicar aqui ou aqui.