Programação de rap da Virada Cultural 2016

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A Virada Cultural acontece nos dias 21 e 22 de maio. Criada para refletir o espírito tipicamente paulistano de uma cidade que “nunca para”, a Virada Cultural é promovida pela Prefeitura de São Paulo. Com duração de 24 horas, que oferece atrações culturais para pessoas de todas as faixas etárias, classes sociais, gostos e tribos que ocupam, ao mesmo tempo, a mesma região da cidade.

Para você que acompanha o Rap em Movimento e quer curtir um bom rap nesse megaevento mapeamos alguns eventos. Confira!

Dj Hum

 

DJ-Hum

Local: Rua Dom José de Barros X Rua Barão de Itapetininga (Happy Hour)

Endereço: 01038-000

Data: sexta-feira, 20 de maio de 2016

Horário: 17:00

HipHop na praça e espetáculo paz, união e diversão

Local:CCJ – Centro Cultural da Juventude

Endereço: Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641 – Vila Nova Cachoeirinha

Data: sábado, 21 de maio de 2016

Horário: 17:00

Criolo

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Local: Palco Júlio Prestes

Endereço: praça júlio prestes s/n – são paulo – sp

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 15:00

Lei Di Dai

Local: Palco São João (Dedicado às mulheres) 

Endereço: Avenida São João, alt nº 1.100

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 05:00

Rashid

Rashid

Local: Palco Praça da República

Endereço: praça da república – são paulo – sp

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 07:00

Local: Centro Cultural Palhaço Carequinha

Endereço: Rua Professor Oscar Barreto Filho, 252

Data: sábado, 21 de maio

Hora: 22h

 

Síntese, Akilez, Kiko Dinucci e Thiago França

Local: Palco Alfredo Issa/Beneficência Portuguesa

Endereço: Rua Beneficência Portuguesa, 29.

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 04:00

 

SARAOKÊ – VIRADA DA POESIA

Local:Casa das Rosas

Endereço: Av. Paulista,37 – Bela Vista – São Paulo-SP

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 00:00

Mc Soffia

Local:Casa das Rosas

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 17:00

Dexter e Mc Soffia

Local: Palco Parque Ibirapuera

Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, São Paulo (portão 3 – Parque Ibirapuera)

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 14:00

 

FREE BEATS 4 ANOS

Local: Largo Santa Efigênia

Endereço: Largo de Santa Ifigênia, s/nº

Data: sábado, 21 de maio de 2016

Horário: 20:00

 

Criminal Rap e Mick Azauski

Local: Palco Jardim Helena

Endereço: Praça Craveiro do Campo, Jardim Helena

Data: domingo, 22 de maio

Horário: 16:15

Mano Brown

Local: Palco Jardim Helena

Endereço: Praça Craveiro do Campo, Jardim Helena

Data: domingo, 22 de maio

Horário: 17:00

Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes

Endereço: Rua Inácio Monteiro, 6.900 – Cidade Tiradentes, São Paulo-SP. CEP: 08490-000.

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 01:00

 

Max B.O 

Local:Palco M’Boi Mirim

Endereço: Av. Inácio Dias da Silva – Jardim das Flores

Data: sábado, 21 de maio de 2016

Horário: 20:00

De Menos Crime

Local: Palco Parque do Carmo

Endereço: Av. Afonso Sampaio e Souza, 951 – Itaquera, São Paulo

Data: sábado, 21 de maio de 2016

Horário: 13:00

 

Centro Cultural do Jabaquara

Data: sábado, 21 de Maio

Endereço: Rua Arsênio Tavolieri, 1 – Jardim Oriental São Paulo

Discotecagem de Djs – às 15h

Batalha da Conc – 15h30

Mano Osmir – 16h

Tiago Delau – 16h30

Síntese Rap – 17h

Ndee Naldinho – 18h

Dia: domingo, 22 de maio

Black Ball – 15h

 

Emicida

Local: Centro Cultural Palhaço Carequinha

Endereço: Rua Professor Oscar Barreto Filho, 252

Data: sábado, 22 de maio

Hora: 1h

Local: Palco Parelheiros

Endereço: Rua Terezinha do Prado Oliveira, 300, Jardim Novo Parelheiros

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 17:00

 

Discopédia

Local: Praça Alfredo Issa

Endereço: Praça Alfredo Issa, s/nº

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Horário: 12:00

 

Palco Pirituba

Endereço: Av. Miguel de Castro, 321, Pq. Rodrigo Gaspari Pirituba

Data: domingo, 22 de maio de 2016

Reduto do Rap

Horário: 16:00

Rinha de MCs com o Ogi

Horário: 17h

 

Curtiu? Sabe de mais alguma programação de rap na virada? Manda para a gente! Se você for curtir a virada use a nossa tag #RapEmMovimento.

Quer saber sobre outras programações que vão acontecer na Virada Cultural 2016? Vai lá ná página Roda a Cidade e fique por dentro de tudo!

 

Criolo lança a regravação do álbum Ainda Há Tempo

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Em 2006, num cenário instável do rap paulistano, surgia o “Ainda Há Tempo”, primeiro disco do ainda Criolo Doido. Para comemorar os dez anos do disco, desde março, o rapper está em turnê que revisita o registro, que agora também ganhou uma nova edição.

Ganjaman reuniu grandes produtores brasileiros contemporâneos para reinterpretar o clássico underground. Dividem a lista de créditos nomes consagrados, de grife internacional, como Tropkillaz, artistas em evidência como Papatinho, Nave e Sala 70, e novas apostas como Deryck Cabrera. Sob a batuta de Ganja e do coprodutor Marcelo Cabral, o time cava fundo para transformar pedras brutas em joias perfeitamente lapidadas.

A regravação de “Ainda Há Tempo” (Oloko Records) é um marco por vários motivos A variedade de estilos dos produtores garante interpretações notavelmente distintas, o que poderia transformar o disco em pastiche. O toque de Ganjaman e Cabral, no entanto, opera pequenos ajustes e tece um fio condutor que harmoniza o conjunto. O resultado é enriquecedor.

No final, esse pequeno sumário de 10 anos de rap, Brasil e mundo pode deixar um gosto amargo, uma sensação de que nada mudou substancialmente. De fato, algumas coisas pioraram. Por outro lado, é admirável que um disco composto sem pretensões de grandeza, gestado em rodas de moleques de periferia, numa época de descrédito de um gênero todo, tenha sido o embrião de uma geração que conquistou um espaço sólido e grandioso na música brasileira. “Ainda Há Tempo” era cheio de preocupação e ceticismo, mas também transbordava a esperança de um compositor e de uma comunidade que não queriam sucumbir. “Não quero ver você triste assim, não. Que a minha música possa te levar amor”, Criolo cantava em 2006. Em 2016, ainda há tempo para ouvi-lo.

O lançamento digital do “Ainda Há Tempo” aconteceu no dia 6 de maio e você pode ouvi-lo direto do site: http://www.criolo.net/aindahatempo/

 

Ouça o novo single de Drik Barbosa

A música, “Sem Clichê” fará parte do primeiro álbum do DJ Will e tem participações de Hanifah e co-produção do Dj Nyack. Em suas redes sociais a artista revela que a canção é simples e direta. “A Sem Clichê alerta que temos que dar atenção à paz de espírito e o equilíbrio para que possamos sobreviver e brilhar em meio ao caos dos dias atuais”.

Em entrevista para a RedBull Drik não revela o lançamento do seu álbum, mas avisa aos fãs que em breve eles irão poder contar com novidades.

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Ouça o novo single da artista:

Rodrigo Ogi no Itaú Cultural

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Rodrigo Ogi  apresenta ao público as canções de seu segundo disco, Rá. Produzido pelo curitibano Nave, o álbum se comunica com o primeiro trabalho do rapper, Crônicas da Cidade Cinza (2010), na medida em que cada música funciona como um capítulo de um livro. Considerado um dos melhores álbuns de rap brasileiro em 2015, Rá conta ainda com parcerias de peso, como Rael (“Faro de Gol”), Kiko Dinucci e Juçara Marçal (“Correspondente de Guerra”), Thiago França (“Ha Ha Ha”) e Mao (“Estação da Luz”).

O Rap em Movimento estará presente neste evento fazendo uma cobertura especial.

 

Serviço

Dia e horário: Dia 8 de Abril às 20h

Local: Itaú Cultural – Sala Itaú Cultural – Avenida Paulista, 149

Valor: Grátis- Os ingressos serão distribuídos com meia hora de antecedência-.

 

Minas do Rap: 5 mulheres inspiradoras para o hip hop internacional

O Rap em Movimento traz um especial para mês da Mulher.Listamos 5 mulheres inspiradoras para a cena mundial do hip hop que você deveria conhecer um pouco mais sobre o trabalho delas.

 

  1. Ana Tijoux

Anita ou Ana Tijoux é conhecida por ser engajada nos movimentos sociais latino-americanos, dá voz à luta dos índios Mapuche em suas letras e também ao movimento estudantil do Chile, que tem ganhado cada vez mais força. Além disso, combate o machismo, a violência doméstica e canta pela liberdade dos povos do mundo, ressaltando sempre a coragem dos latino-americanos de não se curvarem ao imperialismo.

 

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Já recebeu os prêmios de “Melhor Artista Revelação” e “Melhor Artista Urbana” no MTV Video Music Awards. Com seu disco 1977 venceu quatro categorias no Gremmy Latino, entre elas “Melhor álbum rock latino” em 2011. E com seu último lançamento, Vengo, em 2014 repetiu o sucesso ao receber o mesmo troféu.

 

  1. Missy Elliott

Dispensa apresentações né?

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Melissa Arnette Elliott, mais conhecida como Missy Elliott é considerada a “primeira-dama da inovação do hip-hop”.

A cantora já compôs para artistas como: Aaliyah, Nelly Furtado e Ciara. Entre seus hits mais famosos estão as músicas The Rain (Supa Dupa Fly), “Hit ‘Em Wit Da Hee“, “Get Ur Freak On“, “One Minute Man“, “Work It” e “Lose Control“.

Influenciada pelo rei do pop, Michael Jackson, e com uma carreira que já dura 17 anos, Elliot tem um número significativo de 24 milhões de CDs vendidos e atualmente é a rapper feminina mais bem sucedida de todos os tempos.

Quem nunca teve vontade de imitar ela dançando?

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  1. Beyoncé

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Beyoncé Giselle Knowles Carter nasceu em Huston, Texas, nos Estados Unidos, no dia 04 de setembro de 1981.

A Queen Bey é uma cantora, compositora, atriz, dançarina, coreógrafa, arranjadora vocal, produtora, diva master das manas <3

Em 2003, ela lançou seu álbum de estreia em carreira solo, Dangerously in Love. O álbum teve um bom desempenho comercial e os singles “Crazy in Love” e “Baby Boy” alcançaram o primeiro lugar na Billboard Hot 100. No ano seguinte foi premiada com cinco Grammy Awards.

Desde então a carreira da Diva só decolou. Até 2010 Beyoncé possui cinco singles em primeiro lugar na Billboard Hot 100. Ao longo de sua carreira solo ela já vendeu 75 milhões de discos em todo o mundo isso fez dela um dos artistas de música que mais venderam discos de todos os tempos. Se juntar as vendas de discos de Beyoncé e do Destiny’s Child o resultado irá ultrapassar mais de 110 milhões de discos vendidos!

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Os números da carreira de Beyoncé são apenas os resultados que ela vem colhendo de um trabalho impecável. Em seus álbuns sempre está presente a questão do empoderamento feminino e da mulher negra, como em seu novo single “Formation”.

Queen Bey não canta apenas sobre a mulher achar um príncipe encantado ela canta sobre as mulheres dominarem o mundo!!

 

  1. Erykah Badu

Erica Abi Wright nasceu do dia 26 de Fevereiro de 1971, no Texas, Estados Unidos.

A entrada de Erykah Badu no mercado fonográfico foi triunfal, a imagem da cantora com seus turbantes coloridos se espalharam pelo mundo. Ela foi capa de várias revistas, inclusive a Rolling Stone. Sua consagração aconteceu na entrega do Grammy em que ela levou, na categoria R&B, os prêmios de melhor álbum e melhor vocal feminino. A força das apresentações rendeu um disco ao vivo ainda em 1997, Live, com uma mistura de versões de Baduizm e covers em versões ao vivo.

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Nessa época Erykah era constantemente comparada a Billie Holiday e Bessie Smith. A cantora foi uma das responsáveis pela reinvenção da música soul.

Entre seus singles de sucessos estão “You Got Me“, “Bag Lady”, “on & on” “Tyrone” e “Window Seat” (Tem mais gente é que é difícil escolher) <3

 

  1. Lauryn Hill

Não tem como falar de Divas do hip hop internacional e não lembrar da maravilhosa Lauryn Hill.

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Lauryn Noel Hill nasceu em South Orange, New Jersey em maio de 1975. Com um vocal potente, Lauryn fez parte do grupo The Fugees nos anos 1990. Entre as canções mais famosas do grupo está a regravação Killing Me Softly de um sucesso na década de 1970 de Roberta Flack.

Em seu primeiro álbum solo,The Miseducation of Lauryn Hill (1998), a cantora quebrou barreiras para as artistas negras. O disco vendeu mais de 420 000 cópias na primeira semana, ultrapassando o recorde de Madonna, e desde então já vendeu mais de 17 milhões de unidades no mundo inteiro.

Além de abrir as portas da indústria para as mulheres, Hill, abriu para o hip hop. O álbum The Miseducation foi o primeiro disco de hip hop a vencer o Grammy de Álbum do Ano.

Em 1999, ela foi indicada para 10 Grammys e ganhou 5 deles, na época um recorde para uma mulher. Suas cinco estatuetas criaram uma audiência mais ampla para o hip-hop e ajudaram o gênero a conquistar o mainstream.

 

Bônus

Queen Latifah

Obvio que não podia faltar essa mulher maravilhosa. Para quem não sabe antes de ser atriz Queen Latifa começou sua carreira como rapper.

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Nascida Dana Elaine Owens em março de 1970 em Newak, New Jersey a cantora começou sua carreia na música no final dos anos 1980 fazendo beat box.

Queen Latifah deixou sua marca no hip-hop por ter sido uma das primeiras rappers a fazer músicas sobre os problemas que as mulheres negras enfrentavam nos EUA.

A artista também cantou jazz e soul. No ano de 207 ela lançou o álbum “Trav’lin light”, que teve participações de grandes nomes, como Jill Scott, Erykah Badu, Joe Sample, George Duke, Christian McBride e Stevie Wonder.

Queen Latifah é vencedora de um prêmio Grammy e de um Globo de Ouro. Também foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por Chicago.

Fala sério né gente… essa mulher é maravilhosa <3

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Minas do Rap :Ana tijoux

Para o mês da mulher o Rap em Movimento inaugura sua nova sessão “Minas do Rap”. E para abrir com estilo apresentamos a cantora franco-chilena, Ana Tijoux.

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Ana María Merino Tijoux nasceu na França durante o exílio de sua família devido à ditadura de Augusto Pinochet, no Chile. Filha de uma destacada cientista política, María Emilia Tijoux,  Anita voltou ao Chile já no meio da adolescência, aos 15 anos. Começou sua carreira no rap como Mc do grupo Makiza durante os anos 1990.

A rapper que é engajada nos movimentos sociais latino-americanos, dá voz à luta dos índios Mapuche em suas letras e também ao movimento estudantil do Chile, que tem ganhado cada vez mais força. Além disso, combate o machismo, a violência doméstica e canta pela liberdade dos povos do mundo, ressaltando sempre a coragem dos latino-americanos de não se curvarem ao imperialismo.

O trabalho da Tijoux é tão rico que em seu novo álbum, Vengo, ela convida uma Mc palestina, Shadia Mansour, para cantarem juntas pela liberdade da América Latina e Palestina na música Somo Sur. Anita Tijoux é considerada uma das principais Mc’s da América Latina.Em seu álbum Vengo ela usa bastante elementos da cultura latina e flautas indígenas.

 

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Foto Reprodução

Já recebeu os prêmios de “Melhor Artista Revelação” e “Melhor Artista Urbana” no MTV Video Music Awards. Com seu disco 1977 venceu quatro categorias no Gremmy Latino, entre elas “Melhor álbum rock latino” em 2011. E com seu último lançamento, Vengo, em 2014 repetiu o sucesso ao receber o mesmo troféu.

 

Ana Tijoux esteve no Brasil ano passado na Virada cultural e nós do Rap Em Movimento fizemos a cobertura do show. Confira!

 

 

 

 

Álbuns que você precisa ouvir: Death Certificate

No segundo álbum solo de Ice Cube, Death Certificate, é possível sentir a fúria do rapper

Para quem curte gangsta rap o álbum Death Certificare de O’Shea Jackson não pode faltar em sua playlist. Carregado de fúria e metáforas o disco é uma verdadeira crítica a situação em que os negros americanos viviam na época e uma resposta ao seu antigo grupo  – N.W.A – que duvidaram que Ice iria construir uma carreira solo.

O álbum foi lançado em 29 de outubro de 1991 e estreou em segundo lugar na Billboard e em número 1 na Billboard R&B/Hip-Hop Albums com 105.000 cópias vendidas na primeira semana e acabou vendendo mais de 1,6 milhões de cópias.

icecube

Na época da produção do álbum, Cube se associou à Nação do Islã e isso teve um grande impacto na maior parte do conteúdo do álbum. Durante toda duração do disco é possível ouvir mensagens melódicas, mas verdadeiras do falecido ativista Dr. Khalid Abdul Muhammad.

A divisão do Death Certificate é conceitual e ao invés de ter Lado A e Lado B ela fala de lado da morte e lado da vida:

“The Death Side” (faixas 1-11) “uma imagem espelhada de onde estamos hoje”

A ‘death Side’ começa com a faixa “The Funeral” e termina com uma faixa chamada “Death”. Essa primeira metade é repleta de contos de tráfico de drogas, prostituição e violência. Um estilo comum do gangsta rap dos anos 1990.

A segunda parte é intitulada de “Life Side” (12 faixas) “uma visão de onde precisamos ir”.

A Life Side começa com “The Birth” (o nascimento), e fala de ressureição, versos fortes de conscientização. Esse lado continua com o gansgta rap, mas com mensagens mais profundas.

ice back

A própria capa do álbum em si já demonstra uma prévia do conteúdo do álbum, um cadáver branco com uma tag “Tio Sam”.

O disco foi produzido por Sir Jinx, , the Boogiemen e Ice Cube. Canções como “Black Korea” e “A Bird In A Hand” abordam questões da vida real na comunidade urbana e que são ignorados por artistas.

A faixa “Black Korea” – Life Side-, prega a rebelião como uma resposta à predominância das mercearias coreanas nos guetos dos Estados Unidos. No fim de seus versos Cube diz que eles nunca irão transformar os guetos americanos em uma ‘Coreia Negra’.

“Cause you can’t turn the ghetto into black Korea”

A faixa foi vista como uma resposta à morte de Latasha Harlins, a garota Afro-Americana de 15 anos que tinha sido morta com um tiro na cabeça por uma proprietária coreana de uma loja em 16 de março de 1991 porque a dona da loja achou que Harlins estava tentando roubar um suco de laranja.

A faixa mais famosa desse álbum é a “No Vaseline” que ataca diretamente os seus antigos companheiros de grupo.

Ao contrário de outros álbuns de Ice Cube, Death Certificate não foi lançado em uma versão censurada. Porém, as faixas “Steady Mobbin’,” “True To The Game,” e “Givin’ Up The Nappy Dug Out,” foram gravadas em versões limpas e lançadas para o rádio.

Polêmicas

A venda de Death Certificate foi proíbida no estado de Oregon. Foi considerada ilegal devido ao seu conteúdo.

Em 1992, como resultado da controvérsia do álbum, o estado do Oregon declarou qualquer exibição da imagem de Ice Cube em lojas de varejo ilegal. Este banimento também incluiu os comerciais da cerveja St. Ides, que Ice Cube apoiava na época.

No Reino Unido, devido às leis contra incitamento racial, foram removidas as faixas Black Korea e No Vaseline.

Na edição de setembro de 2006 da FHM, Ice Cube afirmou em uma entrevista que ele não se arrepende das declarações polêmicas feitas no álbum. Quanto à ofensa causada aos coreanos, ele disse: “Se ainda há um problema, é problema deles.”.

Ice Cube sendo Ice Cube

Visão da autora

Quando me perguntam sobre o gangsta rap dos anos 1980/90 eu sempre gosto de referenciar Ice Cube e a N.W.A. Particularmente eu gosto de sentir essa fúria no rap, essa revolta. Afinal eles foram os primeiros a contestar esse “American dream”.

Quando era criança eu tinha uma visão romântica dos EUA, creio que assim como muitas pessoas. Quando você ouve as músicas de Cube e da N.W.A você acaba recebendo um choque de realidade e mostra que esse sonho americano é só para quem é branco.

Sempre indico para quem quer começar a ouvir esse estilo não se prender no conteúdo de violência e nem nos palavrões, mas tentar focar no contexto do álbum inteiro. Ouvir uma faixa solta de um trabalho desses sem entender o conceito do artista é a mesma coisa de abrir um livro em uma página aleatória.

Ouça o álbum aqui:

 

Festa Insound Nos Trilhos

Já organizou sua agenda de festas de fim de ano? Que tal participar de uma festa de Natal em um cemitério de trens?

Com o objetivo de trazer experiências únicas aos seus frequentadores – seja por meio da música, arte ou moda – a festa INSOUND inova mais uma vez! Em sua última edição do ano a Insound prepara um especial de Natal.

O local escolhido foi o “Nos Trilhos”, um espaço cercado por TRENS CENTENÁRIOS da ferrovia da cidade. Papai Noel e suas Mamães, Boneco de neve e Duendes no meio de trilhos e vagões de trens históricos. Um cenário totalmente lúdico que fará você ter o Natal mais INSANO da sua vida! E claro com muito hip hop.

A festa conta com os Dj’s da Discopédia – Dj Nyack, Dj Dan Dan e Dj Marco – na pista principal e comandando a outra pista, ou melhor vagão, tem DJ Nuts, DJ Cinara e Dj Eric Jay.

Vai ficar de fora dessa? Para mais informações confira o evento no facebook – https://www.facebook.com/events/200357200303009/203421816663214/

O Rap em movimento sempre selecionando os melhores eventos que acontecem na cidade de São Paulo pra você curtir uma boa música.

Insound

Straight Outta Compton já possui data de estreia no Brasil

Os fãs brasileiros da N.W.A já podem comemorar!

 

Após inúmeros pedidos dos fãs, campanhas com criação de páginas e pedidos nos Instagram do Ice Cube e do Dr. Dre (fui dessas), finalmente atenderam nossos pedidos.

A cinebiografia, ‘Straight Outta Compton’, já possui data de estreia no Brasil : 29 de outubro. A Universal Pictures anunciou essa semana a data de estreia do filme.

A cinebiografia surpreendeu a todos a arrecadar US$ 56,1 milhões em seu fim de semana de estreia, chegando a superar o filme Missão Impossível em público. O filme já bateu o recorde de maior abertura para uma cinebiografia na história de Hollywood, que antes pertencia a ‘8 Mile – Rua das Ilusões’ (US$ 51,2 milhões)

 

Cartaz

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Anote na sua agenda essa data!

O Rap Em Movimento fez um especial com duas matérias sobre o filme e sobre a história do grupo. Confira e fique por dentro dessa superprodução!

Cinebiografia da N.W.A, Straight Outta Compton (Sobre o Filme)

História da N.W.A

 

História da N.W.A

Especial: Straight Outta Compton Movie

Formado em 1986 o grupo N.W.A, sigla em inglês de Niggaz Wit Attitudes (Negros com atitudes), foi o maior representante do estilo Gangsta Rap. Lançou ícones do hip hop e teve uma grande participação nos movimentos sociais da época. A NWA fez história!

N.W.A

O grupo começou com Eazy-E. Um ex-traficante que usou seu lucro com tráfico para abrir sua própria gravadora. Ele fundou a Rithless Record. Seu primeiro parceiro foi Dr. Dre que logo depois acabou se tornando co-fundador do grupo. Dre chamou pra participar o Dj Yella. Depois vieram Arabian Prince, Ice Cube e depois The D.O.C.

Primeira formação - Com The D.O.C e Arabian Prince

O primeiro álbum do grupo, N.W.A and the Posse (1987), não teve muito sucesso. Após esse fracasso The D.O.C saiu do grupo e entrou Mc Ren e após isso foi a vez de Arabian Prince deixar o grupo.

Ele não podia ter escolhido a pior hora para deixar o grupo. Após sua saída o grupo lançou o álbum Straight Outta Compton (1988) que foi o maior sucesso do grupo. O disco é considerado uma das obras primas do rap. Carregado de polêmica e fúria, Straigth outta Compton possui algumas faixas marcantes como, Fuck Tha Police. A música denuncia os abusos policiais com a população negra. A música teve tanta fúria que o grupo recebeu um aviso do FBI sugerindo que o grupo não falasse mais aquilo e maneirasse nas letras. Essa faixa custou a segurança policial do grupo, que parou de ser escoltado em seu shows. Por isso a NWA não fazia turnês.

Capa do ábum Straigth outta Compton

Suas músicas viraram hino das ruas, mesmo não tendo nenhum apoio da mídia. Os membros do grupo se tornaram os mais notórios representantes do estilo Gangsta Rap.

Os desentendimentos

Um grupo com tantos talentos juntos e personalidades fortes, era de imaginar que uma briga de egos poderia estourar a qualquer momento. No ano de lançamento de Straigth Outta Compton, Eazy- E lançou um álbum solo. Ice Cube, frustrado pelo dinheiro e pelo fato de também querer um álbum solo, acabou saindo do N.W.A. Como resposta essa saída o terceiro álbum do grupo, chamado chamado Efil4Zaggin (Niggaz 4 Life ao contrário), veio carregado de ofensas a Ice Cube por causa de sua saída. Na faixa “A Message To B.A.” é visível notar essas críticas. B.A são as iniciais de Benedict Arnold, uma expressão usada como sinônimo de traidor, a tradução seria “Uma mensagem para um traidor”. Quem conhece Cube sabe que isso não iria ficar assim. A afronta foi respondia em seu álbum Death Certificate (1991) com a música “No Vaseline”.

O fim do grupo foi em 1991 quando Dre saiu do grupo alegando que não recebia o que devia. Em 1995 Eazy-E morre e os membros do N.W.A fizeram as pazes. Houve rumores sobre a criação de um álbum-reunião, mas o projeto não foi para frente. Surgiram apenas colaborações em músicas como “Hello” e “Chin Check”. Alguns rappers que tiveram história com o grupo participaram do projeto N.W.A. Legacy que cuminou no lançamento de dois álbuns: The N.W.A Legacy, Vol. 1: 1988-1998 e The N.W.A Legacy, Vol. 2.

Ouça o  maior álbum de sucesso do grupo!

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